Para que serve a economia?

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Para que serve a economia?
Para que serve a economia?
Anonim

A economia é, em essência, uma ciência social. Esta disciplina que hoje estrela neste artigo é responsável por estudar como satisfazer necessidades ilimitadas, administrando recursos muito escassos e de uso alternativo. Mas, apesar disso, em muitas ocasiões, a economia foi insultada por muitos outros cientistas, bem como incompreendida pelo público. Por isso, vale perguntar: para que serve a economia?

Portanto, a palavra "economia" vem do grego. Especificamente, a partir da união de duas palavras: "casa" e "administração". Portanto, e em primeiro lugar, esta definição parece expressar algo que faz parte da sua essência, gerir a casa. Mas, da mesma forma, deve-se destacar que esta afirmação não se refere apenas à residência física, por meio da contabilidade doméstica. Bem, na prática, também se refere a cidades, bairros urbanos, diferentes regiões, diferentes países, bem como, em última instância, o planeta. Por isso a economia é importante, porque sem ela esse planeta em operação que ela tem a seu cargo de administrar, como diz a definição, pararia completamente.

Além disso, deve-se notar que esta ciência se baseia na filosofia do pensamento, de modo que, com a evolução da sociedade e do seu pensamento, a economia se desenvolve.

Fréderic Bastiat, por exemplo, foi um economista e filósofo francês que escreveu sobre a chamada "falácia da janela quebrada", algo que já dissemos aqui em muitas ocasiões. Adam Smith, outro grande economista, mostrou como uma "mão invisível" opera no mercado que o regula. Karl Marx, o grande inimigo ideológico de Smith, acreditava que o sistema capitalista que Smith perseguia não era nem o último nem o melhor, uma vez que causa alguma exploração, razão pela qual ele descreveu e propôs sistemas comunistas. E, finalmente, outros grandes economistas, como o proeminente John M. Keynes, defenderam os benefícios do intervencionismo nesta ciência maravilhosa.

E é que, embora falemos de uma ciência que apresenta teorias que podem não ser discutíveis, aquele alto componente social que esta ciência apresenta e em que o indivíduo se situa no centro; aqueles interesses antagônicos que, em muitas ocasiões, são apresentados por indivíduos que convivem em determinada sociedade; e, por fim, essas necessidades ilimitadas, que devem ser satisfeitas com recursos escassos, nos levam a decidir sobre a utilização desses recursos, assumindo aquele custo de oportunidade que, para muitos, essa decisão tem. Razão pela qual esses economistas argumentam, assim como muitos outros, que mencionamos no parágrafo anterior.

Mas para que serve a economia?

Há alguns anos, o economista Milton Friedman trabalhou e gerou um ensaio intitulado "História do lápis". Nele, Friedman mostrou que milhões de pessoas ao redor do mundo se coordenaram no mercado para criar um lápis. Desde aqueles que fizeram grafite ou madeira nos Estados Unidos, até aqueles que os montaram na Índia. Todos usam a economia e, sem ela, o lápis, como a conhecemos hoje, não teria sido possível.

Por isso, é preciso dizer que a economia está presente em quase tudo o que fazemos. Até o lazer, na grande maioria dos casos, é oferecido por empresas que obtêm retorno por seus serviços. Mas é que mesmo a saúde, a educação, a polícia, o exército ou estradas, pontes, trens ou aviões são uma atividade econômica e, sem economia, nada disso seria possível. Portanto, à pergunta inicial, devemos dizer que a resposta é que a economia é muito útil.

Portanto, poderíamos dizer que graças a essa ciência social, tão insultada por muitos, temos sido capazes de nos desenvolver. Bem, a economia, em suma, criou as condições para melhorar a qualidade de vida. Hoje, muitos conseguem ter acesso a um trabalho decente e bem pago, em parte graças a ela. E, embora ainda haja um longo caminho a percorrer, os avanços nesta nossa querida ciência, permitem-nos percorrê-la de forma mais rápida e fácil.

O uso da economia desde a infância

Como dissemos no início, a economia está presente em muitos aspectos da nossa vida. Desde que somos pequenos e vamos para a escola, devemos tomar decisões quanto à administração de capital, bens e serviços. O simples facto de trocar um cartão por outro com um sócio, gerir a remuneração semanal que os nossos pais nos dão, ou a necessidade de escolher os presentes neste Natal, para os quais os nossos pais nos atribuíram um determinado capital, e que devemos atribuir um certo brinquedo entre inúmeras páginas repletas de alternativas. Em tudo isso que comentamos, a economia está muito presente desde o início de nossas vidas.

Quando vamos ao supermercado comprar porque nossos pais pedem, é conveniente destacar o uso de finanças neste contexto. Quando trocamos aquele cromo por outro, de certa forma, estamos administrando nosso patrimônio, ao mesmo tempo em que iniciamos a gestão do estoque - com o cromo que é trocado a duplicata em nossa coleção - e a prática comercial. Quando chega a hora de conhecer um menino ou uma menina, queremos que nosso professor eleve a nota do exame para nós, ou queremos convencer nossos pais a nos deixar ir para a casa de um amigo dormir, estamos desenvolvendo habilidades de negócios, no Ao mesmo tempo, usamos o marketing para expor a visão atraente àqueles de quem, devido à nossa idade, dependemos.

A economia deve se espalhar para todos

Como vimos, a economia está presente ao longo de nossas vidas, em muitas decisões que devemos tomar. Desde o momento em que compramos uma casa até ao pagamento dos impostos por sermos cidadão de um determinado país, a economia está presente em todas estas ações, devendo conhecê-la para tomar a decisão certa, e num contexto em que esta seja a óptima decisão.

Por esse motivo, alguns economistas muito destacados como Mises, Hayek ou Keynes, entre outros, foram grandes divulgadores dessa ciência econômica. Todos eles acreditavam firmemente que isso era necessário e também imperativo. Muitos até acreditavam que todos deveríamos conhecer seus aspectos básicos, como são conhecidos pela matemática ou pela linguagem. Só assim seríamos cidadãos livres, capazes de discernir entre o que eles nos dizem e a realidade. Bem, como vamos tomar a decisão certa se não temos as ferramentas? Você iria remar sem remos?

Assim, os cidadãos devem saber que os impostos que pagamos, pagamos, entre outras coisas, saúde ou educação, por exemplo. Bem, os cidadãos não pagam diretamente, mas não é por isso que são serviços gratuitos. Da mesma forma que exigir qualidade nos produtos que compramos promove eficiência e excelência. Tudo isto, bem como o facto de o banco poder cobrar-nos juros pelo empréstimo daquele dinheiro para comprar uma casa, mas não qualquer juro, são aspectos relacionados com a economia que, se os conhecermos, nos permitem gerir melhor nossos recursos.

Em suma, tudo o que foi dito acima é um exemplo claro da utilidade desta ciência. Portanto, acreditamos que é desejável que, como fazemos em Economy-Wiki.com, a ciência econômica seja disseminada e compartilhada entre todos os cidadãos. Pois somente por meio dessa educação econômica, como disse Nelson Mandela, podemos realmente mudar o mundo.

Uma ciência complexa? Uma ciência completa

Além disso, por último, devemos saber que a economia não é apenas o mercado de ações ou o sistema monetário. A economia não é apenas uma lista de gráficos e dados extraídos de jornais especializados. A economia, como tantas outras ciências, baseia-se em outras ciências, coordenando-as todas em uma. É por isso que falamos de uma ciência tão complexa, mas ao mesmo tempo tão completa.

Assim, como dissemos, a economia analisa o ser humano e usa a psicologia ou a sociologia para complementar o estudo. O marketing, por exemplo, estuda como o consumidor reage a um produto ou serviço. Mas a engenharia também é importante. Por exemplo, teorias de produção ou métodos matemáticos, como simplex, são baseados nele. Enfim, estamos falando da economia não ser uma só coisa, mas ser feita de muitas coisas, ao mesmo tempo estamos falando do fato de que todas são úteis para um determinado fim, todas se complementando.

E não podemos esquecer, tampouco, da matemática ou da estatística. Com relação ao primeiro, ajuda raciocinar e usar a lógica. A segunda, por outro lado, permite analisar dados e compreender, por exemplo, algumas publicações de mídia especializada. E ambas as ciências ajudam o economista a criar modelos macroeconômicos que podem prever, em certa medida, o que vai acontecer.

Então, resta-nos perguntar: o que você está esperando para saber sobre isso?