Aumento do imposto sobre combustíveis provoca indignação na França

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Aumento do imposto sobre combustíveis provoca indignação na França
Aumento do imposto sobre combustíveis provoca indignação na França
Anonim

A França arde de indignação. O chamado movimento dos coletes amarelos levantou veementemente a voz contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis. Nascido em outubro na rede social Facebook, o movimento do colete amarelo, além de partidos políticos e sindicatos, ecoa o descontentamento com o aumento de impostos e a perda do poder de compra.

Houve inúmeros protestos ocorridos em terras gaulesas. O povo francês está muito insatisfeito com o aumento de impostos que o governo Macron pretende implementar. Infelizmente, uma pessoa morreu após ser acidentalmente atropelada durante os protestos.

Agora, em Economy-Wiki.com, além da frieza dos fatos, trabalhamos para explicar com clareza a situação econômica atual. Então, vamos começar explicando o que é o movimento do colete amarelo.

Desconforto entre os cidadãos franceses

É fato que a classe trabalhadora e média francesa está perdendo poder de compra. Isso, no longo prazo, acaba gerando crescente descontentamento entre a população francesa. E é isso, os salários dos franceses, cada vez dão menos. Para piorar a situação, um aumento nos impostos sobre os combustíveis significaria uma diminuição na renda disponível dos franceses. Um dos efeitos negativos que um aumento dos impostos sobre os combustíveis poderia ter na economia seria uma redução do consumo privado, o que poderia influenciar negativamente o Produto Interno Bruto francês.

O governo chefiado por Emmanuel Macron estabeleceu um aumento do imposto sobre os combustíveis de 3,9 centavos por litro para a gasolina e 7,6 centavos por litro para veículos que consomem diesel. A tudo isso teríamos que adicionar taxas adicionais de 6 centavos para o diesel e 3 centavos para a gasolina.

O problema é que um grande número de trabalhadores residentes nas áreas rurais e nas pequenas cidades precisa de um carro para poder ir para o trabalho. Estamos a falar do facto de 93% dos franceses que vivem na zona rural terem automóvel próprio. É claro que o problema é muito mais grave nas áreas rurais, uma vez que nessas áreas é muito mais complicado substituir o transporte privado pelo transporte público e outros meios de transporte alternativos.

Essa medida tem um forte impacto sobre os cidadãos franceses, pois afeta principalmente seus bolsos. Tamanho é o esforço que as classes trabalhadoras estão fazendo, que segundo o jornal Le Monde, estão gastando mais de 15% de seu orçamento com o consumo de gasolina.

Com a perda do poder aquisitivo e o grande esforço das famílias francesas para pagar o combustível, aumentou a indignação popular, dando origem ao movimento do colete amarelo.

A transição de energia

No entanto, no imposto sobre os combustíveis na França, outro elemento entra em jogo. Trata-se de desenvolvimento sustentável, ou seja, garantir a satisfação das necessidades sem colocar em risco o meio ambiente. É aqui que o Plano de Transição de Energia é estruturado.

Buscando reduzir as emissões poluentes causadas pela queima de combustíveis fósseis e procurando cumprir as disposições dos Acordos de Paris, o governo francês está envidando esforços para combater o aquecimento global.

Cada transição de energia exige um esforço considerável. Supõe a mudança de um modelo de consumo e implica a adoção de novas energias. O problema de mudar para outras formas de energia envolve custos que, no caso da França, estão recaindo sobre os ombros da classe trabalhadora.

Com o governo francês lutando pela transição energética, tudo indica que os carros a diesel e a gasolina serão substituídos no futuro por carros elétricos. Isso significa que toda a sociedade está envolvida em uma grande mudança energética. A indústria europeia, se não quiser perder a batalha com a China, terá que se reconverter para produzir veículos mais respeitosos com o meio ambiente.

Assim, uma transição energética é necessária para preservar o meio ambiente. O problema é que, no curto prazo, o preço do combustível fica mais caro e os salários dos trabalhadores não aumentam. Daí o profundo mal-estar expresso pela população francesa.