FMI altera previsão de crescimento para 2015

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Anonim

O Fundo Monetário Internacional cortou mais uma vez as projeções de crescimento global para este 2015, caindo de 3,3% para 3,1%. Desta forma, o crescimento da economia mundial seria inferior a 0,3% ao ano passado 2014. No entanto, o órgão liderado pela francesa Christine Lagarde anunciou que as taxas de crescimento são muito desiguais por região e país, onde existem dois blocos claramente diferenciados.

As oscilações nas projeções (esta é a quarta modificação) do FMI baseiam-se na grandes mudanças que surgiram até agora neste ano, uma vez que tanto a crise premente nos países emergentes como as quedas imprevistas nos países desenvolvidos conduziram a mudanças substanciais.

Por um lado, as economias avançadas verão suas taxas de crescimento desacelerar pela primeira vez desde 2013, enquanto as economias emergentes reduzirão seu crescimento, em grande parte devido aos desequilíbrios internos que surgiram entre as principais economias do BRICS.

Enquanto isso em Europa e EUA começam a ver a luz, em decorrência dos ajustes realizados e da melhoria nas transações comerciais, em China, Rússia e Brasil continuam crescendo negativamente devido ao declínio contínuo de matérias-primas. O impacto da redução do preço do petróleo Foi um duro golpe para a Rússia, que já vivia o fraco crescimento em decorrência das sanções e restrições impostas pela Europa e pelos Estados Unidos devido à guerra na Ucrânia; enquanto na China e no Brasil, os desequilíbrios internos na balança comercial (exportaram menos), bem como o déficit exorbitante e a venda de matérias-primas, agravaram a situação, deixando um futuro incerto no curto prazo. Na verdade, a China teve um verão negro em termos de finanças, com quedas acentuadas nas bolsas de valores e fortes desequilíbrios em sua moeda, o yuan.

As previsões para esses países são melhores para 2016, onde a recuperação do primeiro mundo ficará mais assentada e poderá puxar o consumo internacional, muito tocado neste período de crise.

No resto do planeta, o Sudoeste Asiático continuará a liderar o crescimento, graças aos fluxos e investimentos estrangeiros contínuos e crescentes, enquanto o Médio Oriente e os países produtores de petróleo agravaram a sua situação, devido à queda do preço do petróleo. óleo.

NOVAS PREVISÕES

Já para a Espanha, assim como para a Zona do Euro, suas projeções de crescimento anual serão reduzidas, caindo dois décimos de 3,3% originalmente planejado. Esta redução se deve em grande parte às condições exógenas, mas que afetam plenamente a economia espanhola, como o ligeiro aumento do desemprego e a não consolidação da saída da crise. Além disso, a Espanha aumentou sua dívida no segundo semestre deste ano.

No entanto, alguns dos fatores que podem melhorar a economia para o próximo ano são osredução do preço do petróleo, onde a Espanha é muito dependente; a depreciação contínua do euro em relação ao dólar, o que pode levar a um crescimento ainda maior nas exportações, assim como o queda de juros sobre a dívida e estabilidade das taxas de juros.

As previsões da taxa de desemprego são fixadas no 21,8% no final deste ano, e 19,9% para 2016, muito próximo do Governo, enquanto o crescimento cairia para 2,5% para 2016, resultado de tensões globais ao nível da dívida e restrições.

Para a América Latina as projeções não são nada promissoras, principalmente devido aos desequilíbrios internos de algumas economias locais. Enquanto que Brasil vai contrair 1,5% Neste ano e de 0,7% no próximo, o México verá sua taxa de crescimento reduzida para 2,4%, em função da retração econômica nos Estados Unidos, seu principal aliado comercial. Outras economias como Peru e colombia, também terá suas taxas de crescimento reduzidas, embora com aumentos em 2016, enquanto a Venezuela continuará a aprofundar sua situação econômica devido à contínua queda do preço do petróleo bruto e Argentina seguirá estagnada devido à forte inflação não reconhecido nas suas finanças e na monetização do défice público.