A globalização política é o processo pelo qual as regulamentações são criadas para atingir um alcance global. Assim, grande parte dos países do mundo se compromete a seguir certas diretrizes.
Vista de outra forma, a globalização política é um fenômeno pelo qual surgem mecanismos e instituições internacionais aos quais cada vez mais nações decidem aderir. Eles então prometem seguir certas normas, por exemplo, em relação ao respeito pelos direitos humanos.
A globalização política anda de mãos dadas com a globalização social, que é o processo pelo qual todas as pessoas do mundo buscam o reconhecimento dos mesmos direitos.
Da mesma forma, não devemos negligenciar o papel fundamental da tecnologia que torna possível a comunicação remota em tempo real. Isso tem um impacto na globalização política porque, no caso de um país violar, por exemplo, seus compromissos internacionais, isso se espalhará instantaneamente.
Alguns exemplos de globalização política são as Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Vantagens da globalização política
A globalização política tem principalmente as seguintes vantagens:
- Ele permite que os países cooperem para combater problemas comuns, como pobreza, aquecimento global ou desnutrição.
- Soluções diplomáticas para conflitos entre países podem ser buscadas por meio de organizações internacionais.
- Graças à globalização política, existem organismos internacionais aos quais os cidadãos podem recorrer, caso seus direitos sejam violados. Isso pode ser de extrema importância, por exemplo, se um governo age de genocídio contra seu próprio povo. Diante dessas situações, temos entidades como a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
- Por estar sob o escrutínio da comunidade internacional, o risco de autoritarismo será reduzido. Nesse ponto, lembremos que os processos eleitorais costumam ter observadores estrangeiros.
Desvantagens da globalização política
No entanto, a globalização política também tem algumas desvantagens:
- Ao assumir acordos internacionais, os países renunciam a parte de sua soberania. Ou seja, o Governo não tem liberdade para aplicar medidas que vão contra os acordos previamente assinados.
- Continuando com o exposto, a perda da soberania pode gerar o descontentamento de um setor da população. Isso acontece principalmente em contextos de crise econômica ou política, e pode levar ao surgimento de movimentos nacionalistas.
- Pode acontecer que países com maior poder econômico e político alcancem maior influência nos organismos internacionais, impondo sua agenda e suas condicionantes. No entanto, pressupõe-se que todos os países filiados a uma entidade supranacional devem nela ter representação, contando, em tese, com voz e voto.