História das Finanças - O que é, definição e conceito

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Anonim

A história das finanças centra o seu estudo na evolução da influência destas na economia ao longo do tempo, bem como nos progressos que tem proporcionado na sociedade.

Do financiamento dos primeiros impérios à exploração de lugares remotos, as finanças têm sido uma parte importante da história. Mas eles não serviram apenas para o avanço da humanidade, as guerras também foram possíveis graças ao dinheiro.

Lembre-se de que o dinheiro e as finanças, como ferramenta, são neutros. Foi seu uso que fez a diferença. Mas vamos dar uma olhada na história das finanças e como a usamos para seguir em frente ou, às vezes, para trás.

A história das finanças. Da Mesopotâmia à era moderna

Especialistas como o professor William Goetzmann, da Universidade de Yale, consideram que isso era necessário para o futuro da humanidade. Sem eles, o progresso não teria sido possível. Por isso, estudou a origem das finanças desde a Mesopotâmia até os dias atuais.

Desta forma, Goetzmann considera que certos parâmetros, como tempo e risco (necessários em finanças), têm permitido financiar projetos muito diversos. As primeiras oficinas de artesãos, revoluções industriais ou explorações de lugares remotos, entre outros.

A história das finanças. Crédito e papel-moeda

Não devemos confundir dinheiro com finanças, pois esta é uma de suas ferramentas. Já havíamos escrito sobre a origem do primeiro. No entanto, a história das finanças não existiria sem uma das operações mais comuns, o crédito.

Continuando com a análise de Goetzmann, os primeiros banqueiros com contratos de crédito surgiram na Mesopotâmia. Os gregos cunharam as primeiras moedas e os romanos aperfeiçoaram os empréstimos e os juros compostos. Este último é a base de muitos tipos de empréstimos, como hipotecas.

Em relação à intervenção estatal, o Rei Rim-Sin, na Mesopotâmia, decretou um dos primeiros perdões de dívidas populistas conhecidos. Por outro lado, a China se destacou pela geração de papel-moeda. Os antigos impérios chineses foram os precursores do capitalismo de estado. Sua burocracia agia como intermediária, ou parceira de empresários privados, garantindo suas dívidas.

A história das finanças. Roma e a inflação monetária

O Império Romano tinha moedas como o denário, feitas principalmente de prata. Este metal precioso foi usado neles em uma alta porcentagem. Mas na história das finanças também houve inflação monetária e alguns imperadores a causaram.

Nero fez uma gestão desastrosa, adulterou esta moeda com mais quantidade de outros metais. Desta forma, ele financiou seu império e seus caprichos. Os comerciantes perceberam que eles não valiam o mesmo e aumentaram os preços de seus produtos. Dessa forma, evitaram perder poder aquisitivo.

Assim, por exemplo, uma libra romana de ouro custava cerca de 50.000 denários e, 37 anos depois, eram necessários 20 milhões. Esse problema, como sempre aconteceu, acabou afetando os menos favorecidos. Na história recente, moedas como o dólar perderam valor em relação ao ouro ao longo dos anos.

A história das finanças. Bolhas e crises

As finanças ou o dinheiro são neutros, tudo depende do uso que fazemos deles. Um aspecto negativo foram as bolhas. Estes são formados quando ocorre um crescimento exponencial da economia, muitas vezes causado por excessos financeiros.

Nos séculos XVI e XVII, houve emissões excessivas de dívidas que levaram à falência de impérios como o espanhol. Outros exemplos são as empresas das índias e seus excessos para conseguir financiar suas longas campanhas marítimas.

Na Idade Moderna, uma das primeiras e mais conhecidas foi a tulipomania holandesa, época em que fortunas eram pagas por essa planta ornamental. Também podemos citar aquele que estourou em 1929 com a quebra da bolsa de Nova York, ou o de 2008 com as hipotecas ninja.

Em suma, a história das finanças está repleta de bons momentos e outros que não são. Mas devemos insistir, o dinheiro é neutro e é o seu uso que faz a diferença.