Os países desenvolvidos desenvolveram leis para combater as diferenças salariais significativas que existem entre homens e mulheres. No entanto, a diferença entre os salários recebidos por homens e mulheres ainda é uma realidade e uma questão pendente. Tentando cumprir o princípio da igualdade de remuneração, a Islândia e a Alemanha implementaram uma série de medidas muito inovadoras.
Essas iniciativas enfatizam a transparência, para que as trabalhadoras possam saber o salário de seus colegas homens. A Islândia é precisamente o país mais avançado do mundo em termos de igualdade e acaba de aprovar uma lei que exige que as empresas com mais de 25 trabalhadores publiquem os salários de seus funcionários. As empresas que não cumprirem o princípio da igualdade salarial entre homens e mulheres serão punidas com multa.
Grandes diferenças salariais entre homens e mulheres
A Alemanha também não está muito atrás. A diferença entre os salários recebidos entre homens e mulheres é um dos grandes problemas do mercado de trabalho alemão. Em comparação com 16,3% da média europeia, a diferença é de 21% na Alemanha. Para tentar conter esse absurdo, uma nova lei torna mais fácil para os trabalhadores alemães saberem os salários de seus colegas, desde que façam parte de uma empresa com uma força de trabalho de mais de 200 funcionários.
No entanto, transparência e privacidade devem ser reconciliadas. Portanto, ao invés de indicar o nome de cada trabalhador e quanto ganham, as empresas contribuirão com o salário médio recebido por empregados do mesmo nível.
Isto não esta aqui. A lei alemã não é limitada e impõe obrigações de informação. A Alemanha deu mais um passo na batalha para reduzir as disparidades salariais, já que as empresas com mais de 500 funcionários devem emitir um relatório com todas as ações que serão realizadas para reduzir as disparidades salariais entre homens e mulheres.
É verdade que a Alemanha é uma economia dominada por pequenas e médias empresas, por isso estima-se que o impacto da legislação alemã afete cerca de 18.000 empresas.
Qual é a causa da disparidade salarial?
Mas, qual é a origem de tais iniciativas no combate à disparidade salarial? Na Alemanha, a diferença salarial é a terceira maior da Europa e, como já foi dito, é de 21%. Os alemães ficam atrás apenas da Estônia (28,3%) e da Áustria (22,9%), por isso é urgente começar a trabalhar para eliminar as diferenças importantes entre os salários de homens e mulheres.
Outra razão para a disparidade salarial é que as mulheres tendem a trabalhar a tempo parcial com mais frequência do que os homens. Também é verdade que as mulheres têm menor presença em cargos de chefia e, portanto, recebem menores salários. Apesar de tudo, é preciso reconhecer que em cargos de mesmo nível a diferença salarial entre homens e mulheres é de 7%.
Além de relatórios e obrigações de desempenho, o Parlamento alemão também aprovou uma lei para aumentar a presença de mulheres em cargos de gestão. Nesse sentido, empresas com mais de 2.000 trabalhadores são obrigadas a ter pelo menos 30% de mulheres em seus conselhos de administração, caso contrário, sofrerão sanções.