Cidades inteligentes, cidades do futuro

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Anonim

Ao longo da história, a distribuição da população evoluiu. Com o êxodo rural, os habitantes mudaram-se do campo para as cidades. As aglomerações urbanas são sinônimos de progresso econômico e industrialização, tornando-se os grandes motores das economias nacionais.

Mas, além do desenvolvimento econômico que ocorre nas grandes cidades, essas grandes cidades geram externalidades negativas como poluição, trânsito ineficiente ou consumo excessivo de energia. Assim, a resposta está nas chamadas “cidades inteligentes”.

Vivemos um modelo econômico que nas últimas décadas se caracterizou por um grande crescimento econômico e que nos tem permitido atingir níveis elevados de desenvolvimento. No entanto, esse crescimento global tem suas desvantagens, já que em muitas ocasiões os recursos foram superexplorados, utilizando grandes quantidades de combustíveis fósseis e degradando a natureza.

É aqui que surge o conceito de desenvolvimento sustentável, que propõe uma utilização mais racional e eficiente dos recursos naturais, com uma visão mais de longo prazo caracterizada pelo respeito pelo ambiente. E, claro, junto com o desenvolvimento sustentável encontramos o conceito de “cidade inteligente”.

Cidades inteligentes e desenvolvimento sustentável

O que é essa nova ideia de “cidade inteligente”? Em que consiste? Pois bem, cidade inteligente é aquela que usa intensivamente as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para solucionar seus problemas e administrar sua rotina. Com essas novas tecnologias, essas cidades poderão oferecer serviços com maior eficiência, as emissões de carbono serão reduzidas, os recursos serão utilizados de forma eficiente e, portanto, favorecerão o desenvolvimento sustentável. É claro que, neste modelo de cidades, a tecnologia será o elemento central em torno do qual essas cidades do futuro se desenvolverão. E sim, fala-se de cidades do futuro porque até o ano 2050, a ONU estima que 67% da população mundial residirá em cidades.

Mas como uma cidade inteligente pode melhorar o bem-estar da população? Quais são os benefícios dessas cidades regidas pelas TIC? Podemos encontrar vantagens que vão desde a economia de energia a procedimentos burocráticos mais simples, passando por transportes públicos mais eficientes, maior segurança nas infraestruturas ou uma grande abundância de dados que podem ser úteis às empresas.

Como as cidades inteligentes podem afetar a vida dos cidadãos?

Para muitos consumidores, interpretar a conta de luz torna-se uma dor de cabeça: uma infinidade de números, vários conceitos e um alto valor final. Diante da tradicional conta de luz, como mais um elemento das cidades inteligentes, podemos encontrar os “medidores inteligentes”. Esses medidores são instalados sem custo para o cidadão, funcionam por ondas de rádio e permitem verificar a qualquer momento quanto está sendo gasto em serviços básicos como eletricidade e gás. Desta forma, se os usuários descobrirem que seu consumo de energia está sendo excessivo, eles podem tomar medidas para reduzi-lo.

O congestionamento e os engarrafamentos nas estradas principais testam a paciência de muitos cidadãos que entram e saem de seus empregos. Para piorar a situação, uma miríade de emissões poluentes jorra dos escapamentos de veículos particulares. A resposta para reduzir esse tipo de emissão é um firme compromisso com o transporte público e a redução do uso de veículos particulares. As cidades inteligentes estão entrando em cena novamente no transporte urbano.

Conforme proposto na cidade de Nova York, a solução seria ter uma frota de ônibus elétricos. Já o usuário do transporte público conta com um aplicativo que mostra o trajeto do ônibus que percorreu. Além disso, este projeto também envolve sensores nos semáforos, para que quando os ônibus se aproximam o sinal verde avance ou dure. Tudo isso contribuiria para um transporte urbano mais eficiente e rápido, uma vez que teria prioridade nos cruzamentos.

Na economia de livre mercado, um dos grandes obstáculos encontra-se nos obstáculos burocráticos com as administrações públicas. Licenças, autorizações e pagamento de impostos envolvem uma papelada significativa que consome tempo e dinheiro para empresas e indivíduos. Para resolver este problema, existiriam aplicações em cidades inteligentes que permitem o pagamento de faturas locais, permitem solicitar acesso a serviços públicos e facilitam a notificação de incidentes ou infraestruturas em mau estado. Estas aplicações podem até facilitar a vida dos cidadãos ao disponibilizar informações sobre os locais onde existe maior disponibilidade de estacionamento.

Um conceito vinculado a cidades inteligentes é chamado de Big Data, ou seja, a capacidade de gerenciar grandes quantidades de dados que permitem às empresas tomarem decisões. Nesse sentido, as administrações locais poderiam coletar dados sobre consumo, turistas, seu orçamento e tráfego. Esses dados, sempre anônimos, são uma fonte valiosa de informações para empresas que permitem às empresas identificar oportunidades de negócios.