Diferença salarial - O que é, definição e conceito - 2021

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Diferença salarial - O que é, definição e conceito - 2021
Diferença salarial - O que é, definição e conceito - 2021
Anonim

A diferença salarial é a diferença entre o salário médio de homens e mulheres, em percentagem do salário médio dos homens.

Em outras palavras, a diferença salarial é o que uma mulher média ganha menos do que um homem comum.

Existe uma diferença salarial quando o valor do trabalho de um homem e de uma mulher é o mesmo, mas o salário não. O direito fundamental à igualdade de remuneração por gênero é reconhecido desde 1919 pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Existem razões para afirmar que existe uma diferença salarial, mas os dados também podem ser interpretados de diferentes formas e levam-nos a concluir que esta desigualdade não é verdadeira.

A disparidade salarial é expressa como a diferença entre o salário de homens e mulheres em percentagem do salário masculino. Por exemplo, vários estudos de 2018 afirmam que a diferença salarial na Espanha é de 13%. Isso significa que uma mulher, em média, cobra 13% menos por seu trabalho do que um homem que realiza tarefas semelhantes.

Por que achamos que há uma diferença salarial?

Não existe diferença de salário base entre um sexo e outro, mas existem conceitos indiretos que são pagos de forma diferente e têm o mesmo valor. Refere-se a complementos salariais que não estão diretamente relacionados ao trabalho realizado e que, em muitos casos, beneficiam os homens em detrimento das mulheres.

A origem da disparidade salarial vem da desigualdade na educação e nas oportunidades que recebem em muitas áreas do mundo. Tradicionalmente, as mulheres estão associadas à criação dos filhos, por isso suas carreiras profissionais são interrompidas e, em algumas culturas, elas ainda são consideradas mais fracas. No entanto, na Espanha, por exemplo, é surpreendente que as mulheres, especialmente em termos de ensino superior, estejam acima dos homens. E, mesmo assim, há uma diferença salarial.

O exposto é um fator condicionante para que muitos não tenham acesso ao ensino superior ou não lhes dê a oportunidade de progredir no mercado de trabalho. Mesmo em áreas desenvolvidas, onde a paridade na educação já é um fato, ainda existem diferenças no mercado de trabalho por esses motivos.

Por que achamos que NÃO há diferença salarial?

Do ponto de vista do empregador, se um trabalhador pudesse receber menos por fazer exatamente o mesmo trabalho, por que um homem receberia mais do que uma mulher? Economicamente, não faz sentido.

É verdade que na hora de contratar a situação muda. Contratar um homem não é a mesma coisa que uma mulher em idade fértil e com grandes possibilidades de engravidar. A licença-maternidade e a consequente redução da jornada de trabalho são fatores que afetam a discriminação contra as mulheres no local de trabalho.

Nesse sentido, se as mulheres de meia-idade com filhos tendem a ter jornada de trabalho reduzida, é lógico que seu salário seja inferior ao dos homens que, via de regra, trabalham em tempo integral. Pelo mesmo motivo, as mulheres têm menos probabilidade de receber horas extras, uma vez que com a redução da jornada de trabalho é difícil ultrapassar o tempo integral (40 horas semanais).

Estatisticamente, há mais homens do que mulheres em cargos de chefia e responsabilidade, o que acarreta um salário maior. Se a maioria das mulheres exerce trabalhos menos qualificados, é lógico que haja uma diferença entre o salário médio de um homem e de uma mulher, mas aí não estamos nos referindo ao mesmo trabalho. A discriminação começa quando as mulheres não têm oportunidades de progredir em seus empregos.

Por que há mais homens do que mulheres em cargos gerenciais e de responsabilidade? Podemos responder a essa pergunta de duas maneiras. Por um lado, a discriminação histórica contra as mulheres as impediu de acessar esses cargos. Ou seja, foi incorporado, historicamente, posteriormente ao mercado de trabalho. Enquanto, por outro lado, ainda pode haver resistência a mulheres ocupando cargos de responsabilidade pelo fato de serem mulheres.

Medidas para reduzir a disparidade salarial

As disparidades salariais diminuíram, mas não foram erradicadas. Os países em que existem instituições de mercado de trabalho e políticas de negociação coletiva e salários mínimos apresentam menos diferenças. Algumas das medidas aplicadas para reduzir este indicador são:

  • Auditorias salariais: As empresas devem informar o salário de seus trabalhadores, não por nome e sobrenome, mas por gênero e categoria profissional. Essa transparência revelará a possível disparidade salarial entre homens e mulheres que desempenham o mesmo trabalho. Se os regulamentos de igualdade de gênero não forem cumpridos, o caso pode ir a tribunal.
  • Criação de empregos de qualidade: Cada vez mais as mulheres têm expectativas melhores sobre suas carreiras profissionais, portanto, se uma empresa deseja atrair os melhores talentos, não deve discriminar com base no sexo. Simplesmente, você deve adaptar certas políticas para conciliar trabalho e família, mas para homens e mulheres. Desta forma, você pode tirar o melhor proveito de seus funcionários, eles ficarão motivados e seu desempenho aumentará.
  • Educar e promover a igualdade de gênero: Incentive desde tenra idade que, se um homem e uma mulher são capazes de desempenhar as mesmas funções, devem ser considerados da mesma forma. Campanhas que falam desse fato, disseminam conhecimento e fazem a população refletir.

Conclusão sobre a disparidade salarial

Em última análise, a disparidade salarial é simplesmente a ponta do iceberg, a manifestação em termos monetários de um problema na educação e na cultura. A origem dessa desigualdade nos níveis de remuneração vem da própria cultura, da educação e dos estereótipos.

Mudar os fundamentos da educação em igualdade de gênero ajudará a reduzir a desigualdade monetária no mercado de trabalho por sua própria natureza, sem a necessidade de aplicar leis e regulamentos. Mas essa mudança pode compensar com a mudança geracional no longo prazo.