O Facebook, plataforma criada por Mark Zuckerberg, mostra-se uma empresa sólida. Seu lucro líquido em 2017, que ultrapassa US $ 15,9 bilhões, é 56% maior em relação ao ano anterior. Apesar dos excelentes dados em sua demonstração de resultados, as ações do Facebook caíram 3% recentemente. E é que o Facebook deve enfrentar desafios como a diminuição dos vídeos virais ou as mudanças que a reforma tributária implementada pelo governo de Donald Trump supõe.
Tudo começou como uma plataforma para estudantes de Harvard. O objetivo era criar um espaço de troca de informação e comunicação entre os alunos da prestigiada universidade. Porém, aquela pequena ideia tomou forma e acabou se tornando a maior rede social: o Facebook.
A chave: dispositivos móveis
Apesar de o Facebook ser uma empresa consolidada, se olharmos seus resultados, encontramos números espetaculares de lucro líquido, que, como dissemos anteriormente, ultrapassam US $ 15,9 bilhões. Em grande medida, o aumento do lucro deve-se à melhoria mais do que notável no seu faturamento, que representa um total de 40.650 milhões de dólares (um aumento de 47% em relação a 2016).
A empresa liderada por Mark Zuckerberg não para de buscar novas formas de aumentar sua receita. Não é uma empresa que, uma vez conseguida uma boa posição competitiva, relaxe. Se buscarmos os motivos do aumento do faturamento do Facebook, vamos encontrá-lo nas receitas de publicidade em dispositivos móveis. Somente no último trimestre de 2017, 89% da receita do Facebook se deve a anúncios em dispositivos móveis.
Continuando com a importância que o Facebook ganhou no celular, é preciso acrescentar que a empresa possui aplicativos amplamente utilizados por seus consumidores, entre os quais WhatsApp, Instagram ou Facebook Messenger.
Reforma tributária e mudança de conteúdo
Devemos também levar em conta os efeitos causados pelas mudanças em matéria tributária levadas a cabo pelo Presidente Trump. O Facebook armazenou uma fração significativa de seus lucros no exterior. Mas a reforma tributária de Trump o forçou a fazer uma provisão de US $ 2,27 bilhões. O objetivo desta provisão de recursos é pagar os impostos correspondentes sobre os valores que o Facebook havia acumulado no exterior. No entanto, assim que os lucros forem repatriados, o Facebook poderá desfrutar de um imposto corporativo mais baixo.
A nota negativa do Facebook se deve à queda de 3% em seu valor de mercado. A reforma tributária por si só não explica a queda de seu preço. O principal motivo é uma grande mudança na política de comunicação e publicidade do Facebook. O próprio Zuckerberg anunciou uma redução nos vídeos virais e no conteúdo publicitário. Aparentemente, o excesso de publicidade prejudica o verdadeiro propósito da rede social, que é o contato e a troca de informações entre seus usuários. Em outras palavras, o conteúdo pessoal é empurrado para o conteúdo publicitário.
Tudo isso fez com que os usuários passassem menos tempo no Facebook. Obviamente, isso prejudica as empresas que desejam anunciar no Facebook, portanto, sua receita de publicidade pode sofrer no futuro. Portanto, a perspectiva de uma receita de publicidade menor fez com que as ações do Facebook caíssem. No momento, as mudanças no conteúdo não parecem ter afetado negativamente o Facebook, que continua a ser a rainha das redes sociais e apresenta excelentes resultados financeiros, mas será necessário ver como a empresa se comporta no longo prazo.