Uma reforma trabalhista é uma modificação dos regulamentos cujo objetivo é modificar as relações de trabalho de um país de forma significativa. Normalmente, visa uma regulação melhor, mais eficiente e justa do mercado de trabalho.
Portanto, consiste num conjunto de regras que alteram as relações entre empregadores e empregados, mas também o faz em profundidade. Se modificarmos apenas um aspecto do direito do trabalho, não é uma reforma como tal, por exemplo, a demissão adequada. Além disso, sempre visa solucionar um problema relacionado ao mercado de trabalho, como a falta de flexibilidade ou correção das desigualdades.
Qual é o objetivo e como se realiza a reforma trabalhista?
Em primeiro lugar, é necessária uma análise prévia da situação dos trabalhadores no país. É preciso saber quais são os possíveis problemas e, acima de tudo, ter clareza sobre as opções para poder resolvê-los. Tudo isso deve ser desenvolvido por meio de uma norma que mais tarde será elevada à categoria de lei.
Os principais objetivos são facilitar a criação de empregos pelas empresas. Assim, geralmente ocorrem quando existe um problema significativo de desemprego. Um dos temas em estudo é o custo da demissão, que também faz parte dos custos com mão de obra. Se o empregador prevê que ficar sem trabalhador pode sair caro, ele escolherá contratar o mínimo possível.
Por razões de rapidez e necessidade que estão na base do mercado de trabalho, a forma usual de realizá-lo é por meio de um decreto legislativo real. Portanto, é o executivo (o governo) que pode promovê-lo e, por sua vez, deve ser sancionado pelo rei nos sistemas de monarquias parlamentares ou pelo presidente da república nos demais. Também deve ser endossado em um curto período de tempo, normalmente 30 dias, pelo Poder Legislativo (Parlamento).
Exemplos de reformas trabalhistas
Todas as reformas trabalhistas visam melhorar o mercado de trabalho e geralmente ocorrem quando uma crise econômica estala ou nos anos seguintes. Usamos dois exemplos, o da Espanha e o do México.
Na Espanha, houve duas reformas trabalhistas nos últimos anos. A primeira foi realizada em 2010 e teve origem na alta do desemprego provocada pela crise de 2008. A reforma buscou flexibilizar o mercado de trabalho, com medidas como a redução das verbas rescisórias. O segundo, de 2012, visava a estabilidade no emprego, maior flexibilidade interna e a importância da qualificação dos trabalhadores como direito.
O México teve um em 1º de maio de 2019. O Senado o aprovou, publicando-o no Diário Oficial da Federação. Surgiu devido às mudanças que deveriam ocorrer no mercado de trabalho após o tratado com os Estados Unidos e Canadá (T-MEC). Seu objetivo era promover a igualdade perante a lei e garantir as condições para uma vida digna. Claro, ele não se esqueceu da proteção da saúde dos trabalhadores.