A análise da concorrência é o processo que uma empresa coloca em prática para saber como atuar no ambiente competitivo, que começa por reconhecer seus concorrentes para determinar quais são seus principais objetivos, estratégias, pontos fortes e fracos.
No entanto, a análise da concorrência é uma ferramenta muito importante para qualquer empresa voltada para o mercado.
Sem dúvida, para que as empresas tenham sucesso em um mercado altamente competitivo, todas as decisões relacionadas às estratégias e táticas de marketing que vão implementar devem ser baseadas na forma como seus concorrentes agem e reagem.
Por outro lado, os aspectos mais relevantes que as empresas devem saber sobre seus concorrentes baseiam-se no conhecimento de seus produtos, preços, processos de comunicação e distribuição.
Etapas na análise do concorrente
De qualquer forma, as etapas da análise da concorrência são primeiro identificar os concorrentes, depois conhecer e avaliar sua forma de atuar no mercado e determinar com precisão as estratégias de como vamos nos defender ou como vamos enfrentar os concorrentes.
1. Quem são os concorrentes?
Cada empresa pode identificar seus concorrentes e classificá-los da seguinte forma:
para. Concorrentes diretos
Acontece que concorrentes diretos são todas as empresas que produzem um produto muito semelhante ao nosso, visam o mesmo segmento de mercado ou usam uma estratégia de preços muito semelhante à nossa.
Por exemplo, um concorrente direto é o caso do McDonald's e do Burger King, uma vez que ambas as empresas produzem hambúrgueres, o segmento de mercado são as pessoas que apreciam o serviço de fast food e seu nível de preços é muito semelhante.
b. Concorrentes indiretos
Por outro lado, concorrentes indiretos são todos os concorrentes que produzem um produto para atender à mesma necessidade e, por isso, buscam obter a preferência do consumidor e obter receita com as vendas geradas. Eles geralmente produzem produtos substitutos.
De fato, no caso do McDonald's, poderíamos considerar o Kentucky Fried Chicken como um concorrente indireto, neste caso as duas empresas resolvem a necessidade da fome do consumidor, portanto, é um concorrente do McDonald's que espera mantê-la.
c. Concorrentes do mesmo setor
Já um concorrente considerado dentro do mesmo setor é aquele que produz bens e serviços dentro do mesmo setor produtivo.
Em relação ao caso da indústria automotiva, a empresa Toyota concorre com a Nissan por serem concorrentes no mesmo setor, por isso qualquer empresa que fabrique automóveis será considerada concorrente no mesmo setor.
d. Concorrentes no mercado
Portanto, concorrente no mercado é qualquer empresa que produza algum bem ou serviço para satisfazer a mesma necessidade.
Ou seja, para a Toyota, concorrente de mercado acaba sendo qualquer empresa que produza um bem ou serviço que sirva para suprir a necessidade de transporte.
Portanto, o concorrente da Toyota é a empresa Uber que oferece serviços de viagens ao consumidor por meio de uma aplicação tecnológica, o serviço de transporte público como o metrô e o serviço de táxi, entre alguns que podem ser citados. Em qualquer caso, todas essas empresas resolvem a necessidade de transporte para o usuário.
É claro que o concorrente dentro do mercado expande muito a capacidade competitiva de uma empresa, pois permite reconhecer muito mais concorrentes e estar mais atento às ações e estratégias que eles realizam e aplicam.
e. Concorrente real
Enquanto um verdadeiro concorrente é qualquer empresa que possamos identificar facilmente porque atualmente está competindo em nosso mercado, é fácil conhecê-los e saber como eles se comportam no ambiente competitivo.
F. Concorrente potencial
Da mesma forma, o potencial concorrente é o mais perigoso para uma empresa, pois como ele ainda não está presente no mercado fica mais difícil saber como ela atuará dentro do ambiente competitivo e muitas vezes não estamos preparados para enfrentar isto.
Claro, há muitos casos relevantes em marketing, como o da Kodak, que considerou seu maior concorrente a Fuji e acabou sendo a Sony com o lançamento das câmeras digitais.
2. Conhecimento e avaliação da competência
As informações que mais interessam a uma empresa sobre seus concorrentes são as seguintes:
para. Os objetivos e estratégias
Acima de tudo, os objetivos e estratégias de cada empresa permitem determinar a que estão a dar maior importância; isto é, se o que lhes interessa é participação de mercado, lucros, crescimento, liderança tecnológica ou de serviço.
b. Forças e fraquezas
Ao que parece, o conhecimento dos pontos fortes e fracos dos concorrentes permite-nos responder melhor aos seus ataques quando nos defendemos ou se, pelo contrário, tomarmos a iniciativa de ir contra a concorrência, sabemos quais são os pontos fracos que podemos tomar vantagem de.
3. Com quais concorrentes iremos interagir?
Esta última etapa nos permite definir com que tipo de concorrentes vamos interagir e, assim, adaptar nossas estratégias de marketing para melhor responder.
Na verdade, na hora de escolher com quais empresas vamos competir, podemos escolher concorrentes fracos ou subordinados que geralmente são os que perdem, pois têm menos recursos e possibilidades de competir.
Por outro lado, se escolhermos competidores fortes ou dominantes, estes são os que costumam ganhar no contexto competitivo porque estão mais bem treinados e têm melhores possibilidades de atacar ou defender-se.
Em todo caso, se uma empresa quer realmente inovar e evoluir, é melhor que opte por competir com concorrentes fortes, mas também deve medir suas forças para não apenas sair perdendo.
Por fim, para cada empresa é importante conhecer a sua concorrência, pois isso permite-lhes treinar-se melhor para reagir a um ataque e para poderem defender-se da melhor forma possível. Se, pelo contrário, a empresa toma a iniciativa de atacar, deve perceber os pontos fortes e fracos do seu concorrente para tomar as melhores decisões de como lidar com ele.