O Conselho Europeu de Risco Sistêmico ESRB: Conselho Europeu de Risco Sistêmico) É o órgão de supervisão competente do sistema financeiro da União Europeia no domínio macroprudencial. É responsável por prevenir, detectar e mitigar o risco sistémico, contribuindo para a estabilidade financeira da UE.
O ESRB é responsável por emitir recomendações e avisos em caso de detecção de riscos, mas não tem poderes jurídicos vinculativos. É um órgão preventivo e não consultivo. A eficácia de sua ação dependerá da capacidade de coletar informações confiáveis e do grau de implementação das medidas propostas.
Para compreender corretamente o funcionamento do ESRB, devemos ter presente o quadro organizacional de que o ESRG faz parte, o Sistema Europeu de Supervisão Financeira, concebido em 2010, e composto por quatro órgãos de supervisão independentes:
- Autoridade Bancária Europeia (EBA: Autoridade Bancária Europeia).
- Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA: European Securities and Markets Authority).
- Conselho Europeu de Risco Sistêmico (ESRB: European Systemic Risk Board).
- Autoridade Europeia de Seguros e Pensões (EIOPA: Autoridade Europeia de Seguros e Pensões Complementares de Reforma).
Após a eclosão da crise financeira, foi decidida a constituição de um órgão encarregado de garantir a estabilidade financeira conjunta do sistema. Por um lado, era necessário reestruturar o modelo de supervisão das instituições financeiras e das suas ações (através da EBA, ESMA e EIOPA). Por outro, era necessária a criação de um órgão encarregado de evitar a repetição de novos episódios de instabilidade do sistema financeiro. Para o efeito, é criado o Conselho Europeu de Risco Sistémico, através do Regulamento n.º 1092/2010.
Funções do Conselho Europeu de Risco Sistêmico
A função que justifica o nascimento do ESRB é calcular e prevenir o risco sistémico e promover a sua mitigação. Entende-se por risco sistêmico o conjunto de perturbações originadas no sistema financeiro em decorrência das interdependências entre seus agentes intervenientes e que podem causar repercussões catastróficas para o mercado. Esse tipo de risco geralmente se materializa como consequência de uma série de falhas na cadeia. Por exemplo, uma instituição financeira não cumpre suas obrigações e, como consequência, o credor também não cumpre suas obrigações, e assim por diante, até que o sistema entre em colapso.
Desta função principal, algumas subfunções são derivadas:
- Detecte ameaças à estabilidade do sistema financeiro como um todo.
- Classifique os riscos detectados.
- Prepare recomendações e avisos.
- Incentive a implementação de suas recomendações pelas autoridades nacionais competentes.
Estrutura do Conselho Europeu de Risco Sistêmico
O Conselho Europeu de Risco Sistêmico tem a seguinte estrutura organizacional:
- junta Geral: É o órgão dirigente e é presidido pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE).
- Comitê de direção: Assessora a Assembleia Geral e fiscaliza os órgãos de assessoramento técnico.
- Secretária: Fornece suporte administrativo e estatístico ao Comitê Diretivo.
- Comitê Consultivo Técnico: Auxilia o Conselho na preparação de relatórios e recomendações.
- Comitê Consultivo Científico: É responsável pelo desenvolvimento de pesquisas na área macroeconômica.