William Stanley Jevons foi um economista e lógico inglês, conhecido por ser o pioneiro da Revolução Marginalista e por seu uso do cálculo diferencial na economia.
William Stanley Jevons (1835-1882) nasceu em Liverpool em uma rica família de comerciantes. Ele entrou no University College London, mas devido à falência dos negócios da família, ele teve que se afastar dos estudos e viajar para Sydney, Austrália, para trabalhar por vários anos na Casa da Moeda.
De volta a Londres, ele terminou seus estudos em 1859, escreveu textos sobre teoria econômica, economia empírica e lógica. Entre 1866 e 1876 foi professor na Owens College Manchester e mais tarde no University College London.
Para a posteridade, o que o tornaria mundialmente famoso seria sua abordagem matemática da teoria econômica, em particular o uso do cálculo diferencial, para lidar com as questões de riqueza, valor, utilidade, oferta, demanda e troca.
A revolução marginalista e sua importância
No início da década de 1870, três autores europeus (o inglês Stanley Jevons, o francês Leon Walras e o austríaco Carl Menger) publicaram, cada um separadamente, o conceito de utilidade marginal que desenvolveram a partir da aplicação do cálculo diferencial à teoria econômica.
A noção de marginalidade resulta da aplicação à teoria econômica do conceito matemático de derivada, ou seja, a variação de uma variável em relação à variação infinitesimal de outra.
O tratamento matemático apareceu como o método objetivo por excelência, pela identificação clara das variáveis, das suas relações funcionais e do rigor lógico que permitia deduzir conclusões sem as ambigüidades da prosa. Além disso, a matemática tornou possível encontrar o ótimo (geralmente máximo e mínimo) usando a teoria de otimização do cálculo diferencial.
Suas ideias lançaram as bases para uma revolução no pensamento econômico: a revolução marginalista, que seria a precursora do que conhecemos como economia neoclássica.
Teoria de Economia Política de Jevons
O livro de Jevons é intitulado "The Theory of Political Economy". Neste texto, ele torna explícita sua concepção da economia como uma ciência matemática pela simples razão de que a economia analisa quantidades.
Embora muitos acreditassem que a economia tratava de conceitos não mensuráveis, Jevons acreditava que a audácia era necessária por parte dos economistas para capturar mais dados da realidade econômica e examiná-los cientificamente.
Jevons substituiu o foco no problema de valor. Ele considerou que as teorias objetivas (baseadas nos custos de produção e na teoria do valor do trabalho) estavam incorretas. Ele adotou uma teoria em que o valor dependia da utilidade, ou seja, de sua capacidade de produzir prazer ou prevenir a dor.
Ele chamou de "utilidade total" o conceito de "valor de uso" e de "grau final de utilidade" o conceito de "utilidade marginal". A utilidade total foi modelada como uma função contínua e a utilidade final foi expressa como a derivada dessa função.
Equação de Jevons
O problema enfrentado por Jevons era maximizar a utilidade total de um indivíduo sujeito a uma restrição orçamentária. Quer dizer,
Este problema o resolveu e chegou ao seguinte:
Esta expressão matemática, conhecida como equação de Jevons, mostra que a Razão de Substituição Marginal entre duas mercadorias é igual à razão de preço entre elas.
Este problema se constituiria em um exercício clássico nos cursos de Microeconomia, no qual se ensina a resolvê-lo utilizando o método de otimização com Lagrangianas.
Finalmente, deve-se notar que, embora William Stanley Jevons não tenha iniciado uma escola de pensamento, Francis Ysidro Edgeworth e Philip Wicksteed deram algumas de suas valiosas contribuições à teoria da utilidade, troca, capital e juros.
Referências:
Monsalve, S. (2016). Competição em equilíbrio parcial. Bogotá: Editorial Universidad Nacional de Colombia.