O darwinismo social consiste na extrapolação da teoria da evolução das espécies de Darwin para a história do ser humano. Em outras palavras e segundo Darwin, a história do ser humano é um processo de evolução e sobrevivência dos mais fortes.
O darwinismo social se configura como uma teoria que afirma que o ser humano evoluiu com base em critérios de sobrevivência. Sendo a seleção natural, a base da evolução e sobrevivência dos atuais grupos humanos. Assim, as espécies ou grupos étnicos mais fracos são extintos.
Esta teoria é baseada no trabalho A origem das espécies, em que o autor expõe todas as evidências que sustentam sua teoria da evolução. Algumas teorias que foram coletadas durante sua viagem no Beagle entre 1831 e 1836. Após seu término, ele começou a analisar e tirar as conclusões derivadas de tal experimento.
Essa teoria, mais tarde, foi usada para justificar o imperialismo, o racismo, a conquista de territórios e a subjugação da população. Qual foi o argumento? Se na natureza os animais mais poderosos reinam e predominam sobre os mais fracos, também pode ser aplicada às relações entre os humanos, aproveitando as diferenças étnicas ou raciais.
A seleção natural, a ideia central dessa teoria, é que apenas os mais fortes sobrevivem, prevalecem e se aproveitam dos grupos mais fracos. É algo natural, por isso é apoiado e defendido por um grande número de pessoas.
Origem do Darwinismo Social
O primeiro autor a falar sobre a aplicação das teorias da evolução biológica à sociedade foi o filósofo Herbert Spencer. Mas há controvérsia sobre se Darwin apoiou essa ideia. Algumas pessoas afirmam que Darwin fez uma distinção entre evolução biológica e evolução social no que diz respeito aos seres humanos. Outros não acreditam que o autor fez essa distinção.
O que Darwin escreveu foram alguns postulados como o de que as pessoas se dividiam em raças civilizadas e selvagens, com base na diferença craniana e, portanto, em uma assimetria de inteligência. Ele também escreveu a determinação que as sociedades civilizadas têm em perpetuar os fracos; Isso é feito por meio da criação de hospitais, vacinas, lares de idosos, proteções contra a pobreza, etc. Também, que as raças inferiores têm uma influência negativa sobre toda a humanidade, e que esta mesma, para avançar, teve que exterminar as raças inferiores.
Essas afirmações e teorias são comuns, devido ao etnocentrismo da época, ideia pela qual os fenômenos sociais e outras culturas são estudados a partir do prisma da cultura ocidental. Ou seja, se acreditarmos que nossa cultura é a mais avançada e desejável, para nós, o resto ficará atrasado e passível de ser eliminado.
Características do Darwinismo Social
O darwinismo social possui uma série de características, entre as quais se destacam:
- A aplicação ao ser humano das conclusões tiradas do trabalho A origem das espécies por Charles Darwin.
- A seleção natural é a ideia que explica a evolução do ser humano.
- Como ideologia, inspirou inúmeras incursões e escravizações da população.
- Ele é um racista, acredita na superioridade de algumas raças sobre outras.
Relação entre darwinismo social e nazismo
Essa ideia promovida pelo darwinismo social da superioridade de algumas raças sobre outras, e de que a evolução humana se dá pela sobrevivência dos mais fortes, inspirou Hitler e outros ideólogos do regime. Já em seu livro Mein Kampf, observa-se como exalta a raça ariana alemã e defende que ela deve se expandir e se purificar, proibindo a miscigenação.
Os nazistas consideravam os judeus a causa de todo mal, por isso proibiram os casamentos entre judeus e alemães não judeus e tentaram exterminá-los. Os russos foram considerados uma espécie subumana, pior do que os animais. Também assassinaram numerosos grupos, como homossexuais e deficientes, entre outros, para "purificar" a raça.