A Espanha produz 40% mais energia do que consome, mas os preços continuam subindo

A Espanha produz 40% mais energia do que consome, mas os preços continuam subindo
A Espanha produz 40% mais energia do que consome, mas os preços continuam subindo
Anonim

Já faz vários anos que nos cansamos de ouvir políticos que se gabam do setor energético espanhol, que nos colocamos na vanguarda mundial e elogiamos o forte impacto das energias renováveis ​​em nosso país. Parece bom, certo?

A Espanha tem capacidade sobressalente de mais de 40 por cento, Resultado da bolha de infraestrutura e geração de eletricidade que se formou com os aplausos de todos.

Os governos criaram efeitos de chamada com subsídios suculentos que tudo o que conseguiram foi gerar excesso de capacidade, clientelismo, excesso de custos e dívida.

Com a “economia verde” por meio de subsídios e sem nenhuma substituição de tecnologia, foram gerados 26.000 MW. Somente na energia solar fotovoltaica foram construídos 3.243 MW, oito vezes mais do que o planejado, atingindo menos de 6% da eletricidade gerada e 26% dos prêmios concedidos.

Em linha com o exposto, entre 2002 e 2012, foram construídos 27.000 MW homologados pelo governo para garantir a “segurança do abastecimento”. Todos esses investimentos somam mais de 1 por cento do PIB cada ano.

Em resumo, se a Espanha teve e tem mais de 40% de sobrecapacidade, os custos deveriam cair, certo? Em qualquer mercado, se a oferta for muito superior à demanda, os preços caem, estamos no caso oposto (ver Lei da oferta e demanda).

Entre 2008 e 2011, a Espanha passou de um custo médio de eletricidade para pequenos e médios consumidores ligeiramente superior à média europeia, para um custo médio 20 por cento superior à média europeia, que por sua vez é 45 por cento superior ao custo em os Estados Unidos.

Os estouros de custo não apenas se acumularam, mas não foram pagos. O défice tarifário cresceu a uma taxa de 4.000 milhões de euros por ano de 2008 para 3.000 milhões de euros em 2014, além disso esta expansão tem sido financiada com base em grandes apaziguamento financeiro, que deixou as empresas espanholas de eletricidade e renováveis ​​com uma dívida equivalente a 4 vezes a EBITDA.

Apesar desse excesso de capacidade de 40%, nenhuma região permite o fechamento de suas fábricas. Sindicatos, governos regionais e opinião pública protestam contra qualquer possibilidade de eliminação da geração excedente (a Alemanha com sobrecapacidade de 17 por cento, muito inferior à nossa, aprovou o fechamento de mais de 4.700 MW em 2014).

O que precede significa que de cada 100 euros de factura de electricidade, 62 por cento são fixados pelo Estado (36 euros de impostos e 19 de prémios de energias renováveis), o resto são custos das redes eléctricas (12,5 euros) e o custo da energia consumida (25,5 euros).