Caos toma conta da Venezuela novamente

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Anonim

O governador Nicolás Maduro lançou um embargo judicial aos ativos que a General Motors mantém no país venezuelano na semana passada, obrigando a empresa norte-americana a demitir os 2.700 funcionários que trabalhavam em sua fábrica. Os embargos de negócios na Venezuela tornaram-se quase diários, que consequências têm para a sua economia?

A fábrica "foi apanhada de surpresa pelas autoridades públicas, que a assumiram, impedindo o desenvolvimento das atividades", afirmou um comunicado da divisão da General Motors na Venezuela. O governo também apreendeu veículos da fábrica.

As empresas trazem riqueza e empregos para um país. Desta forma, o governo venezuelano está tomando medidas para que qualquer empresa que enfrente seu regime e esteja sediada na Venezuela, tome suas fábricas e saia. Isso significaria desaceleração da economia e perda de empregos, que a Venezuela não está preparada para assumir.

Cada vez mais os cidadãos venezuelanos reclamam da situação precária em que vivem na Venezuela e da baixa qualidade de vida a que estão submetidos.

As consequências das políticas de Maduro na economia nacional

Não é a primeira vez que o governador venezuelano assume o controle de uma empresa de forma ilegal, aliás, todos conhecemos sua famosa frase “Exprópiese”.

Parece que isso é algo que está sendo aplicado regularmente no país e já existem mais de 1.400 empresas privadas, que a Venezuela expropriou desde 1998. Isso está prejudicando notoriamente sua economia. Sua dívida externa cresce a cada minuto e a demanda no país é insuficiente para grandes empresas que podem favorecer a geração de empregos.

Desde a época de Chávez, empresas na Venezuela que não compartilhavam da mesma visão política do ditador foram expropriadas. Atualmente, a situação tornou-se insustentável, já que Nicolás Maduro tem insistido em bater o pulso nas empresas e está virando tudo a seu favor.

Louis Vuitton, Bridgestone, Good Year, são exemplos de empresas multinacionais que fecharam suas subsidiárias no país venezuelano. A fuga de empresas e a geração de desemprego fizeram com que a demanda do país e a renda nominal das famílias venezuelanas fossem reduzidas ao mínimo.

A economia venezuelana em 2016 sofreu o maior revés da história já ocorrido no país, o maior revés do mundo, mas especialistas preveem que a crise será ainda pior em 2017.

Embora neste ano a queda do Produto Interno Bruto (PIB) seja menor que a anterior, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta para este ano de 2017 uma queda de 4,5%. A economia vai continuar caindo e os indicadores vão quebrar históricos nunca quebrados em sua história, agravando muito mais a terrível situação em que vive a maioria dos cidadãos venezuelanos.

A previsão do FMI apontava em outubro que 2016 fecharia com uma inflação de 475%, mas para o ano de 2017, prevê uma inflação de 1.660% no final do ano. Ou seja, algo que agora custa 100 bolívares, no final do ano custará 1.660 bolívares. A inflação elevada levou o presidente Maduro a anunciar um novo aumento salarial, que quadruplicou no mesmo ano.

Dado que as empresas não podem aumentar os preços dos seus produtos devido às políticas intervencionistas venezuelanas, muitas estão fechando porque nessa situação não há viabilidade, e isso está aumentando o desemprego. As previsões de desemprego para 2017 na Venezuela são de uma taxa de desemprego de 21,4% ante 18,1% no ano passado. Um número que contrasta fortemente com os números oficiais oferecidos pelo Governo venezuelano, onde a taxa de desemprego se mantém em níveis muito baixos. Mais um exemplo da manipulação existente por parte dos órgãos de governo do país que estão perpetuando a pobreza de sua nação.

Em todo caso, não devemos esquecer que o FMI anunciou que todas essas previsões podem ficar aquém de uma situação que já é insustentável para as famílias venezuelanas.