A economia da Grécia Antiga baseava-se em três grandes atividades: agricultura, comércio e artesanato.
A economia da Grécia Antiga se desenvolveu aproximadamente entre 1.200 aC e 146 aC.
No período helenístico, grandes avanços econômicos foram introduzidos, como o uso generalizado da moeda, a figura dos banqueiros e o surgimento de grandes mercadores.
A agricultura
As três principais culturas da economia grega eram a videira, os cereais e as oliveiras. Porém, devido à natureza do terreno grego, no qual as montanhas eram abundantes, chegou um momento em que as safras gregas não eram suficientes para garantir a autossuficiência. Assim, em face da produção agrícola insuficiente, as safras das colônias foram aproveitadas.
Naquela época, a agricultura grega era caracterizada pelo uso intensivo de mão de obra. Em relação às técnicas agrícolas utilizadas, os gregos recorreram à rotação de culturas.
No entanto, a pecuária não teve um desenvolvimento tão profundo e foi usada para complementar a agricultura. As espécies mais comuns na Grécia Antiga eram cabras e ovelhas, sem deixar de lado os porcos, bovinos, equinos e burros.
Comércio e finanças na Grécia Antiga
Devido à sua localização geográfica e a uma agricultura indígena que não era suficiente para fornecer grãos a toda a Grécia, ocorreu um importante desenvolvimento do comércio marítimo.
Para a Grécia e seu comércio, o desenvolvimento de importantes frotas mercantes foi decisivo. Assim, os principais pontos de troca para os gregos eram Egito, Itália e áreas da Líbia como a Cirenaica. Por outro lado, as ilhas do mar Egeu, tornaram-se pontos intermediários nas principais rotas do comércio marítimo.
A principal importação para os gregos era o trigo, embora a importância de outras matérias-primas importadas, como papiro e madeira, também deva ser levada em consideração. Na exportação, os gregos vendiam azeite, vinho e cerâmica para o exterior.
Não se deve esquecer que, naquela época, não se comercializava apenas matéria-prima, mas também havia um comércio generalizado de escravos. Precisamente a fonte deste comércio de escravos foram os prisioneiros capturados em guerras, pirataria e banditismo.
O crescimento sustentado do comércio na Grécia Helenística levou ao surgimento de um sistema bancário no qual os empréstimos eram feitos em dinheiro. Desta forma, inúmeros mercadores pagavam suas expedições por meio de empréstimos, assim como camponeses pediam adiantamentos para a coleta de suas safras.
O desenvolvimento deste tipo de financiamento permitiu aos bancos armazenar metais preciosos e efetuar operações de câmbio, bem como estabelecer as condições de cobrança e pagamento. Sem dúvida, eles foram de grande importância no financiamento do comércio e do transporte. O banco não era apenas privado, mas por volta do século 4 aC. C. já foram criados os primeiros bancos estaduais, que ofereciam financiamento a Estados e pessoas físicas.
Impostos na Grécia Antiga
Na Grécia Antiga, os despojos de guerra serviam de fonte de renda e riqueza para os reis, aos quais devia ser somada a cobrança de impostos sobre as propriedades alheias.
Havia uma grande variedade de impostos diretos, como os pagos por artesãos, médicos, escritores, advogados e grandes fortunas. Até mesmo estrangeiros e libertos tiveram que pagar impostos pessoais. Também estavam sujeitos ao pagamento de impostos o arrendamento de terras, a pesca, o comércio (alfândega, embarque e desembarque de mercadorias nos portos), a aquisição de direitos de cidadania e a mineração.
Boa parte do orçamento foi destinada à manutenção dos templos religiosos e ao custeio do exército. Outras despesas foram com salários de funcionários públicos e construção de obras públicas.
Artesanato
O desenvolvimento do artesanato teve especial relevância na atividade econômica da Grécia Antiga. Nesse sentido, vale destacar a importância de atividades como a cerâmica e o metal, levando em consideração também o peso de outros artesanatos relacionados à madeira e aos têxteis.
A tudo isto deve-se acrescentar que a unidade básica de trabalho no artesanato grego era a oficina e que, neste setor, às vezes se empregava trabalho escravo.
No que diz respeito à cerâmica, foram modelados produtos como potes, pratos e lamparinas. Deve-se notar que esses tipos de artigos tinham fins domésticos e religiosos.
Quanto à metalurgia, as fundições de bronze eram vitais para a produção de armas, armaduras e escudos, enquanto os artesãos da madeira eram responsáveis pela construção de frotas mercantes e de guerra nos estaleiros.
Da mesma forma, a construção contou também com a participação de numerosos artesãos, entre os quais se destaca o trabalho de pedreiros, carpinteiros e escultores e pintores que se encarregaram dos elementos de adorno e decoração.