Princípio de acumulação - O que é, definição e conceito - 2021

O princípio de competência é um padrão contábil que estabelece que as transações ou eventos econômicos foram registrados no momento em que ocorrem, independentemente da data de pagamento ou recebimento.

O objetivo do princípio de competência é que as contas anuais de uma empresa reflitam claramente o patrimônio, a situação financeira e os resultados econômicos por ela alcançados naquele período, alocando despesas e receitas ao período a que as contas anuais se referem e afetam o mesmo, independentemente da hora de cobrança ou pagamento.

Mesmo que a empresa tenha uma receita ou despesa que ainda não tenha sido cobrada ou paga, a operação deve ser contabilizada no momento em que é feita e não quando há movimento de dinheiro (não quando é arrecadado ou pago). Além disso, o princípio de competência garante que, em cada exercício contabilístico, a empresa leve para a demonstração do resultado (conta de ganhos ou perdas) exclusivamente as despesas e receitas que correspondem a esse período.

No caso de subsídios, deve-se observar que quando um subsídio é concedido, ocorre a cobrança monetária do mesmo, mas sua destinação ao resultado não deve ser feita até que esse subsídio seja definitivo: quando os requisitos estabelecidos na própria concessão o mesmo.

Exemplo do princípio de competência

Vejamos este exemplo como exemplo: no mês de dezembro de 2012, a empresa ZZ vende uma frota de camiões, pelo que a venda será registada no mesmo ano mesmo que o cliente pague no ano seguinte. É fácil chegar a este ponto, mas vamos complicar um pouco mais o assunto.

A mesma empresa - a empresa ZZ - contrata uma agência de publicidade para fazer uma campanha de marketing. Os referidos serviços foram prestados em novembro de 2012, data em que foi emitida a respetiva fatura; No entanto, o contrato firmado entre a empresa e a agência de publicidade prevê que o pagamento seja feito três meses após a emissão da fatura, ou seja, em fevereiro de 2013.

Como vimos, o princípio de competência exige o registro das transações com base no fluxo real de bens e serviços, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. No exemplo que nos diz respeito, tendo em conta que o serviço foi prestado e faturado em 2012, o registo contabilístico deve ocorrer em 2012 e não no momento do pagamento, em fevereiro de 2013.