Conselho de Cooperação do Golfo - 2021

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Conselho de Cooperação do Golfo - 2021
Conselho de Cooperação do Golfo - 2021
Anonim

O Conselho de Cooperação do Golfo é uma organização supranacional composta por seis países do Oriente Médio. Criado em 1981, reúne Arábia Saudita, Omã, Kuwait, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Ao longo das últimas décadas do século 20, o Oriente Médio foi uma região marcada pela instabilidade política e conflitos armados. Esta é a origem da criação do Conselho de Cooperação do Golfo em 1981.

Precisamente em 1979 estourou a guerra entre o Irã e o Iraque e, temendo que a revolução iraniana se espalhasse para outros países do Oriente Médio, um total de seis países firmaram uma aliança em busca de segurança. No entanto, não era apenas uma organização de cooperação em questões militares e de segurança. Assim, o Conselho de Cooperação do Golfo reúne um grupo de países pertencentes a uma mesma área geográfica, com fortes laços culturais e com uma série de objetivos econômicos e comerciais comuns.

Organização interna, segurança e defesa

Em relação à sua organização interna, deve-se notar que a autoridade suprema corresponde ao Conselho Supremo. Esta instituição reúne-se uma vez por ano e tem um conselho de ministros e um secretariado geral.

Graças à existência do Conselho de Cooperação do Golfo, os estados árabes puderam ter uma estrutura de diálogo que lhes permitiu resolver suas diferenças em questões territoriais.

Em questões militares, a organização conta com uma força de combate conhecida como Peninsula Shield Force. A razão para a criação deste exército é simples, se um Estado membro for atacado, os outros virão em seu socorro.

Integração econômica

Dentre os elos econômicos, cabe destacar que todos são exportadores de petróleo. Esses países se caracterizam pela dependência do ouro negro como grande fonte de renda e praticamente o único recurso natural.

Continuando no plano econômico, um dos grandes objetivos é conseguir uma maior integração econômica. Se analisarmos a integração dos países do Conselho de Cooperação do Golfo, vemos que eles tentaram seguir os passos da União Europeia.

Dessa forma, os Estados membros iniciaram uma série de negociações para tentar lançar uma moeda comum. Mas a integração econômica é sempre um processo complexo e requer grande consenso. A prova de como é difícil chegar a pactos foi a impossibilidade de se chegar a um acordo comercial com a União Européia.

Apesar de o Conselho de Cooperação do Golfo tentar reunir vários países com valores comuns, existem discrepâncias importantes. Na verdade, há receios em relação à Arábia Saudita, já que seu PIB supera o dos outros cinco países e, portanto, é a maior potência econômica da organização. Por isso, sempre se suspeita de qualquer acordo econômico que melhor satisfaça os interesses da Arábia Saudita.

No entanto, além das discrepâncias, houve avanços importantes na integração econômica do Conselho de Cooperação do Golfo. Nesse sentido, vale destacar a criação de uma união aduaneira. Isso significa que os Estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo criaram um mercado comum com livre circulação de mercadorias e pessoas e uma política comercial comum em relação a países terceiros.

Ao mesmo tempo em que há um impacto sobre o fortalecimento dos laços entre seus povos, também se trabalha para estabelecer normas justas e uniformes em matéria de finanças, turismo, indústria, agricultura e a forma como os recursos são explorados.

Outro aspecto que não ficou de lado é a área científica. Por este motivo, têm sido tomadas medidas para a criação de complexos científicos e a aplicação dos avanços científicos nas atividades agrícolas, mineiras e industriais.

Aspectos pendentes

Apesar da existência dessa grande aliança entre os países árabes, existem ameaças, desafios e pendências. Portanto, é preciso aprofundar na melhoria dos direitos humanos e das liberdades individuais, sem esquecer que é preciso avançar nas melhorias salariais e nos direitos trabalhistas. E o fato é que, no Golfo, existe um contingente importante de trabalhadores estrangeiros (principalmente asiáticos) que são explorados para o trabalho.

Por fim, não podemos esquecer a rivalidade que mantêm com o Irã, cuja influência no Oriente Médio é vista como uma ameaça aos interesses dos países do Conselho de Cooperação do Golfo.