Uma alegoria é uma representação pela qual uma ideia, história ou imagem diferente daquela que é literalmente mostrada inicialmente é expressa.
Uma alegoria expressa uma ideia diferente daquela inicialmente representada em uma história ou imagem. É uma metáfora e é muito útil para expressar sentimentos ou idéias de uma maneira diferente da forma como seria feito literalmente.
Tipos de alegorias
A seguir, explicaremos os principais tipos de alegorias.
Alegoria filosófica
A alegoria mais famosa da filosofia é conhecida como o mito da caverna de Platão. Na imagem em que está representado, várias pessoas são observadas no fundo de uma caverna acorrentadas e olhando para a parede. Nele, as sombras são projetadas com o auxílio de uma fogueira, provocada por alguns homens que estão localizados atrás de uma parede.
Na história, um homem tira as correntes que o prendem e tenta sair da caverna, ao sair, descobre que é o mundo real e não o que os homens projetavam como sombras. Mais tarde, o fugitivo desce para contar o que aconteceu com seus companheiros e para libertá-los, mas eles zombam dele.
O que essa história nos conta, essa alegoria, é um conhecimento real. Ou seja, o homem se sente confortável em sua ignorância e em suas avaliações e opiniões, mesmo que estejam erradas. Segundo Platão, é preciso fazer um grande esforço e ser constante na busca pelo conhecimento. Trata-se de duvidar de tudo o que nos rodeia ou damos por certo para, através do estudo e da pesquisa, encontrarmos o verdadeiro conhecimento.
É disso que trata a alegoria, por meio de uma história ou história para formar outra diferente daquela contada literalmente.
Alegoria na pintura
A Consagração de Napoleão (1804). É uma pintura de Jacques-Louis David na qual está representada a cerimônia de coroação de Napoleão como Imperador.
Na pintura, Napoleão usa a coroa de louros na cabeça, que era a dos antigos imperadores romanos. Ele também segura a coroa que vai colocar na esposa. Napoleão não deixa que seja o Papa quem o coroa, como tradicionalmente acontecia com os diversos reis franceses. Ele se coroa a si mesmo, o que implica que sua legitimidade vem do povo e não da Igreja ou da herança da coroa. E que o estado francês não depende do papado romano.
O resto dos personagens são figuras importantes, mas espectadores da coroação de Napoleão, representando assim o poder que ele representou sobre os outros.
A pintura de Guernica (1937) de Pablo Picasso também é um exemplo de alegoria. É uma obra que, através da representação abstrata de inúmeras figuras, reflete o bombardeio realizado por alemães e italianos durante a Guerra Civil Espanhola de 1936.
A senhora da justiça
Na mitologia grega, Themis é a personificação da justiça. É sobre a figura de uma mulher com uma espada e uma balança e com os olhos vendados.
A espada significa o caráter imperativo e obrigatório das medidas tomadas pela justiça. O equilíbrio é o símbolo da justiça, e a venda é a objetividade que deve ter nos tribunais, garantindo a igualdade dos cidadãos perante a lei.
Como podemos ver, esta simples figura ou estátua de uma mulher com essas características realmente descreve a adequação dos sistemas de justiça modernos.
