Mercado livre - O que é, definição e conceito - 2021

Um mercado livre ou mercado livre é aquele em que os preços de bens e serviços são determinados pela interação de fornecedores e demandantes sem a intervenção do governo ou de qualquer outro agente externo.

Em um mercado livre, não há limitação sobre o preço pelo qual ele pode ser vendido ou a quantidade a ser produzida. Os vendedores são livres para vender o que desejam e os consumidores são livres para escolher de quem comprarão. O preço de equilíbrio será o resultado da interseção da oferta e da demanda. Veja a lei de oferta e demanda

O fundamental para a existência de um sistema de livre mercado é que não há força ou poder que possa intervir no mercado. De forma que a base para o estabelecimento do preço é a livre interação entre fornecedores e demandantes.

Nesse tipo de mercado, produtores ou fornecedores têm total liberdade para decidir sobre os fatores produtivos. O que, quanto e para quem produzir é decidido pelo empregador. Por sua vez, os consumidores são livres para escolher quanto comprar, quanto comprar de um determinado bem e de quem irão comprá-lo.

O livre mercado pressupõe condições econômicas essenciais, como a livre concorrência. Em que não haja restrições à livre entrada e saída de empresas e onde prevaleça a soberania do consumidor.

Então, de um lado está o produtor e do outro, o consumidor. Tanto o produtor quanto o consumidor resolvem suas necessidades de troca de bens e serviços com total liberdade.

Economia de mercado

Características do mercado livre

As características essenciais do mercado livre são:

  • Não há intervenção governamental na forma de regulamentos, preços, cotas ou qualquer forma de intervenção.
  • Licitantes e candidatos interagem livremente.
  • Os licitantes podem escolher o que, quanto e a que preço vender.
  • O consumidor pode escolher, considerando as informações que tem à sua disposição e suas preferências pessoais, o que, quanto e de quem vai comprar.
A mão invisível

Quando o mercado livre é eficiente?

O mercado livre resultará na alocação eficiente de recursos quando estiver próximo de uma concorrência perfeita. Ou seja, quando há um grande número de vendedores e compradores de forma que nenhum deles possa afetar o preço de mercado. Além disso, não deve haver barreiras significativas à entrada ou saída, de modo a garantir a livre concorrência.

No entanto, o mercado livre não será eficiente nas seguintes situações:

  • Quando há falhas de mercado: como assimetrias de informação, externalidades, etc.
  • Onde as condições para a livre entrada e saída de empresas não existem: por exemplo, quando um alto investimento é necessário para entrar no mercado, a existência de fortes economias de escala, etc.
  • Em mercados onde existem acordos ou práticas anticoncorrenciais.

Vantagens do mercado livre

O preço e a quantidade resultantes serão adequados para atender às necessidades dos consumidores e os recursos serão utilizados da melhor maneira possível. O mercado livre é o mecanismo mais eficiente de alocação de recursos quando existe um mercado competitivo. De acordo com Hayek, a prosperidade é impulsionada pela criatividade, empreendedorismo e inovação, que só são realmente possíveis em um mercado livre.

Entre as vantagens de um sistema de mercado livre está a liberdade de escolha dos consumidores. Assim, o ajuste entre oferta e demanda é, em tese, mais fiel à realidade econômica. Ou seja, o mercado livre permite que os preços sejam precificados muito próximos do verdadeiro valor percebido pelo consumidor, segundo a teoria econômica.

Para isso é necessário que os custos de transação, impostos e regulamentações não sejam eliminados. Assim, isso resultaria em um preço menor ou, alternativamente, na obtenção de produtos de maior qualidade a um preço semelhante.

Além disso, permite-nos evitar os custos da intervenção governamental que incluem erros, corrupção, falta de informação ou inércia, por exemplo.

Desvantagens do mercado livre

O mercado livre não leva em conta as questões distributivas, portanto pode haver grandes desigualdades entre a renda das pessoas e sua qualidade de vida. Além disso, o mercado livre pode falhar quando as condições não são satisfeitas para a competição no mercado.

Nesse sentido, há muitas pessoas, incluindo economistas e líderes políticos, que argumentam que o mercado livre pode levar ao aumento das diferenças entre ricos e pobres. Dado que as empresas, devido ao seu poder econômico, podem ter controle sobre o mercado. Para eles, recomendam que o Estado mantenha certa margem de controle para evitar tendências perversas das empresas que atuam quebrando a ordem do sistema.

Diante dessas possíveis falhas do sistema de livre mercado, muitos argumentam que o Estado não existe apenas para intervir nas soluções de conflitos entre produtores e consumidores, por meio da criação e estabelecimento de leis corretivas.

Adam Smith decretou, entretanto, que o mercado livre atua como uma mão invisível que permite à sociedade alcançar o máximo de bem-estar social, desde que cada pessoa no mercado busque livremente seus próprios interesses.