Escola Mercantilista - O que é, definição e conceito - 2021

A escola mercantilista foi uma escola de pensamento econômico que surgiu e se desenvolveu entre os séculos XVI e XVIII na Europa. Esta recebe o seu nome por ser a escola que defende e desenvolve ideias comerciais.

A escola mercantilista é uma das principais escolas do pensamento econômico. Embora se desenvolva até o século XVII, suas ideias também influenciaram a primeira metade do século XVIII. Os mercantilistas, portanto, caracterizavam-se por ser uma escola que defendia a forte intervenção do Estado na economia, ao mesmo tempo em que consideravam o capital como principal fonte de riqueza e prosperidade das nações. Tudo isso, além de promover o comércio internacional.

Muitos autores consideram a escola mercantilista como aquela que dá, de certa forma, origem ao protecionismo econômico e à intervenção do Estado nos negócios econômicos.

Entre os autores mercantilistas mais proeminentes estão Tomás de Mercado, William Petty e Martín de Azpilcueta.

Origem da escola mercantilista

A expressão máxima do mercantilismo, como corrente de pensamento, ocorre na França no século XVI. No país gaulês, sob o mandato de Jean Baptiste Colbert, ministro da Fazenda, o mercantilismo consegue prevalecer com a proteção e o impulso das empresas industriais e agrícolas do país pelo Estado.

Essa proteção se materializou por meio de créditos e subsídios que permitiram às empresas prosperar. Tudo isso, somado a fortes restrições às importações e outras práticas protecionistas que mantiveram a balança comercial positiva.

A postura protecionista começa a perder força em meados do século XVIII. O surgimento de novas teorias, mais liberais e voltadas para o livre comércio, floresceu nas mãos de economistas importantes, como Adam Smith. Isso fez com que as ideias mercantilistas fossem perdendo força, à medida que surgiam novos postulados que questionavam e refutavam certas ideias mercantilistas.

Princípios da escola mercantilista

Os princípios nos quais as ideias mercantilistas se baseiam são os seguintes:

  • A acumulação de riquezas (principalmente metais preciosos) é essencial para o desenvolvimento econômico de um país. Quanto maior for o acúmulo de riqueza, maior será a prosperidade e o poder político.
  • O Estado tem o papel de utilizar e impor todos os mecanismos necessários para atingir o objetivo de acumulação de riquezas (controles, restrições, subsídios, etc.) A sua intervenção terá um caráter protecionista, incentivando a produção local e protegendo-a. produtores.
  • O comércio global é inalterável. Para que o comércio ajude a acumulação de riqueza, as entradas e saídas devem ser controladas para manter um balanço de pagamentos positivo (as exportações excedem as importações).

Ideias da escola mercantilista

Dentre as ideias mais defendidas pela escola mercantilista, podemos destacar as seguintes:

  • A riqueza de uma acumulação depende de sua capacidade de acumular minerais preciosos como ouro e prata.
  • Para obter esses metais, a melhor forma é recorrer ao comércio exterior.
  • O comércio exterior, para gerar riqueza, sempre teve que deixar um saldo positivo no país. Em outras palavras, se vende mais no exterior do que se compra.
  • A isso somam-se ferramentas protecionistas que garantem o difícil acesso aos produtos estrangeiros.
  • Da mesma forma, a produção é planejada de forma a não depender da produção estrangeira e a abastecer a população com recursos próprios.
  • Por isso, as empresas do país foram favorecidas. Para isso, com créditos e subsídios, além de elementos protecionistas para protegê-los da concorrência.
  • A produção tinha que ser focada no exterior, para poder vender o excedente para o exterior e, com isso, atrair riquezas.

Autores mais destacados da Escola Mercantilista

O autor mais proeminente da escola mercantilista foi Thomas Mun. Era o diretor da East India Company, além de um dos mais reconhecidos pensadores mercantilistas. Para Mun, assim como para os mercantilistas, o país só poderia enriquecer com o comércio exterior e a acumulação de capital.

No entanto, junto com Mun, muitos outros economistas continuaram a enriquecer a teoria mercantilista.

Dentre os autores mais reconhecidos que contribuíram para a escola mercantilista, destacam-se:

  • Martín de Azpilcueta.
  • Antonio Serra.
  • Jean Bodin.
  • William Petty.
  • Tomás de Mercado.
  • Antoine de Montchrestien.

Você critica a escola mercantilista

As ideias mercantilistas, da mesma forma que causaram o impulso e o crescimento do comércio e da indústria, geraram tensões e reações que as opunham. Nesse sentido, o uso feito pelos impérios mercantis das colônias ocasionou um desenvolvimento pouco inclusivo, que apenas favoreceu esses poderes que controlavam e dominavam o comércio global.

Por esta razão, surgiram muitos movimentos separatistas que buscaram alcançar sua independência, bem como sua inserção nos diferentes mercados a nível global. Dessa forma, podendo se enriquecer e acabar com esse domínio dos poderes mercantis.

Entre as escolas mais críticas do mercantilismo está a escola fisiocrática ou fisiocracia.