Individualismo - O que é, definição e conceito

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Anonim

O individualismo, ou individualismo filosófico, é uma corrente filosófica que afirma e defende a superioridade do indivíduo sobre o coletivo.

O individualismo filosófico dá uma posição preferencial ao indivíduo ou pessoa. Segundo os defensores do individualismo, esse indivíduo de quem falamos não deve ser arrastado ou subjugado pelos grupos, massas ou coletivos que compõem a sociedade. Bem, eles têm plenos direitos e suas preferências e opiniões são respeitadas em pé de igualdade com os demais componentes da sociedade.

Pelo contrário, o coletivismo é a doutrina que defende que a vontade da sociedade ou do Estado é que deve prevalecer. Algumas pessoas consideram o individualismo como uma corrente egoísta e distante dos problemas que afetam todas as pessoas que pertencem a diferentes grupos sociais.

O individualismo também foi um dos promotores das democracias democráticas liberais, ao proporcionar grandes direitos aos membros das sociedades. A tal ponto que qualquer pessoa pode se opor aos abusos que podem ser cometidos por outros membros da sociedade ou do Estado. Ou, caso ocorra essa violação, essa pessoa é indenizada, como no caso da desapropriação forçada, com um valor econômico do Estado. Isso é mais complicado do que acontece em estados não democráticos.

Origem e história do individualismo

A origem do individualismo é difusa. Alguns autores situam seu início na Idade Média, com a expansão do cristianismo e a visão que reflete que o próprio comportamento é o que leva à salvação individual. Outros o colocam até na Grécia antiga, com base no comportamento de filósofos como Diógenes, da escola cínica, que se baseava na libertação total do indivíduo, independentemente das crenças e julgamentos do resto da sociedade.

O que também é verdade é que, a partir do século XVII, esse pensamento individual se desenvolveu junto com o liberalismo. Hobbes, o filósofo inglês cujo trabalho desenvolveu no século mencionado, era profundamente individualista. Embora seja considerado um teórico do absolutismo, sua defesa desse tipo de Estado era para preservar os direitos e liberdades dos indivíduos e para que nenhum outro membro da sociedade pudesse minar esses princípios.

Contra o coletivismo desenvolvido pela Revolução Francesa, surgiram as ideias de autores como John Stuart Mill, que defendiam uma ampla disposição dos direitos individuais para evitar a tirania do Estado. Alguns desses direitos eram liberdade de expressão, reunião e propriedade privada.

Posteriormente, ao longo do século XIX e, sobretudo, do século XX, ocorreria o grande confronto entre o coletivismo, inspirado em Karl Marx, e as posições individualistas e liberais, baseadas, entre outras, nas reflexões de Adam.

Características do individualismo

Uma série de características emergem do individualismo, tais como as seguintes:

  • Primazia do indivíduo sobre o grupo: O indivíduo está sujeito à lei e deve proteger-se das violações que a massa possa produzir.
  • Provisão de direitos e liberdades: A fim de preservar essa inviolabilidade, você recebe uma série de direitos e liberdades.
  • Oposto ao coletivismo: O individualismo é a corrente oposta ao coletivismo.
  • Individualismo metodológico: A pesquisa social ocorre do ponto de vista de que a sociedade é composta por indivíduos, não por grupos.
  • Liberdade e autorrealização: Esses são seus principais valores.

Individualismo em ideologias

O individualismo, como o coletamos, é um aspecto fundamental de algumas ideologias.

Especificamente, é o eixo principal do liberalismo. Essa ideologia promove a mais ampla provisão de liberdades pessoais e econômicas. Portanto, se o indivíduo possui a mais ampla disposição de direitos, sua vontade passa a ser seu único guia, sempre respeitando os direitos dos outros.

Por outro lado, em outras ideologias, o individualismo está mais ou menos presente. Se falamos de ideologias democráticas, independentemente de sua inclinação no eixo esquerda-direita, seu grau de individualismo será intermediário. Pois a sociedade e o Estado também têm uma grande força.

Se, pelo contrário, falamos de ideologias autoritárias e totalitárias, como o fascismo ou o comunismo, o individualismo é nulo. No caso do primeiro, é a força do Estado e sua defesa que prevalecem. Para o comunismo, seria o bem-estar da classe trabalhadora, independentemente das preferências individuais, que são consideradas sintomas de egoísmo e exploração dos outros.

Individualismo metodológico

O individualismo metodológico é a abordagem usada em pesquisas e estudos em ciências sociais. E isso, por parte dos autores liberais.

Consiste em compreender a sociedade como um conjunto de indivíduos, cujas preferências e comportamentos são únicos. Eles ignoram agrupamentos sociais como coletivos, de qualquer tipo, ou classes sociais.

Para o individualismo metodológico, todos os agentes que intervêm nos fenômenos sociais agem de forma mais ou menos racional. Ou seja, eles têm preferências próprias e atuam no sentido de aumentar esse benefício.

Alguns de seus autores mais importantes são Max Weber, Hayek ou Jesús Huerta de Soto. Esta metodologia é também a que funciona na escola austríaca.