A necessidade de ensinar empreendedorismo em sala de aula

A necessidade de ensinar empreendedorismo em sala de aula
A necessidade de ensinar empreendedorismo em sala de aula
Anonim

Os jovens estão cada vez mais se aproximando do mundo da economia e dos negócios cada vez mais cedo. Em artigos anteriores, falamos sobre a necessidade de oferecer educação financeira nos centros de ensino médio. Desta forma, os alunos começarão a se familiarizar com os conceitos econômicos mais comuns, bem como aprenderão a administrar seu próprio dinheiro enquanto avaliam as consequências econômicas de suas decisões.

Em países como a Espanha, há uma alta taxa de desemprego. Dada a dificuldade de obtenção de emprego para terceiros, pretende-se promover o empreendedorismo, nada melhor do que através do sistema educativo. De acordo com o relatório GEM sobre empreendedorismo publicado em 2016, a taxa de atividade empreendedora na Espanha é de apenas 5,7%, enquanto países sul-americanos como Chile e Equador apresentam taxas espetaculares de 25,9% e 33%, 6% respectivamente. Por esta razão, o governo tem sido instado a promover o empreendedorismo por meio das instituições de ensino.

Os alunos não vão entrar apenas em contacto com a economia através da educação financeira, porque na Lei Orgânica de Melhoria da Qualidade do Ensino (LOMCE) é dado um peso importante ao espírito empreendedor, procurando estimular os alunos no futuro a que se propõem. criar seu próprio negócio.

Neste sentido, o LOMCE apresenta um novo tema denominado “Iniciação à Actividade Empreendedora e Empresarial”. O que esta disciplina oferece aos alunos do ensino médio? A “Iniciação à Actividade Empreendedora e Empresarial” procura suscitar preocupações entre os mais novos, incentivando-os a serem donos do seu próprio destino através da criação da sua própria empresa. A motivação é um aspecto fundamental para trabalhar esta disciplina, pois os alunos aprenderão a buscar os próprios objetivos, a trabalhar em equipe, a planejar, a se comunicar na empresa e a manter a ilusão no dia-a-dia de seus empresa.

Por outro lado, os alunos serão avaliados em duas competências ou aptidões fundamentais, como a competência social e cívica e a competência empresarial. Através da competência social e cívica, pretende-se formar futuros empresários comprometidos com o bem-estar e o desenvolvimento da sociedade, pelo que é importante instruí-los no que implica a Responsabilidade Social Empresarial. No que diz respeito à competência empreendedora, os alunos terão a capacidade de propor ideias, analisar situações, gerir riscos e resolver problemas que possam surgir nos seus futuros negócios.

Para formar uma geração de futuros empreendedores, é necessário despertar nos alunos preocupações, transmitir o empreendedorismo como algo positivo, pois eles serão os próprios patrões e traçarão os seus próprios objetivos, que irão estimular a sua criatividade e dar-lhes grande prestígio social como líderes .da sua própria empresa. No entanto, os alunos também são alertados sobre os riscos envolvidos em iniciar um negócio. Prova disso é que o empreendimento exige muito tempo, um forte investimento, a renda será variável e existe a possibilidade de falência.

Outra questão que se coloca é como ensinar esse conhecimento em sala de aula. Bem, nem tudo tem que ser aulas tradicionais em que o professor faz um monólogo e os alunos se limitam a fazer anotações. Existem exercícios de simulação de negócios, nos quais os alunos podem formar equipas, cada uma lidando com um departamento diferente da empresa, ou as tecnologias de informação e comunicação podem ajudar a conhecer exemplos reais de empreendedores ou a iniciar na gestão de programas informáticos aplicados à empresa.

Por outro lado, convidar os empresários a apresentarem como conseguiram desenvolver o seu próprio negócio pode dar ideias aos alunos, ao mesmo tempo que lhes dá a oportunidade de se aproximarem de uma experiência enriquecedora.