As novas tecnologias avançam sem parar em uma sociedade globalizada. Cada vez mais consumidores recorrem à internet para fazer suas compras. Isso não acontece apenas em grandes potências mundiais como os Estados Unidos, mas na Espanha, um quarto das compras de Natal serão feitas online.
Já se foram as festas de Halloween, com suas abóboras e fantasias. A próxima celebração para os americanos será o Dia de Ação de Graças, quando a campanha de Natal terá início. E é que, de acordo com as estimativas da Deloitte, o cidadão americano médio parece disposto a fazer uma despesa que ficará na casa dos 1.226 dólares por pessoa. Os americanos com rendas mais altas, ou seja, que ganham mais de US $ 100.000 anualmente, excederão os gastos do americano médio em US $ 1.000.
Os Estados Unidos lideram as compras online
Parece que a economia está indo bem nos Estados Unidos, já que 81% dos entrevistados pela Deloitte afirmam que sua situação econômica melhorou em relação ao ano passado. Isso se traduz em previsões que, segundo a Deloitte, apontam que as vendas crescerão entre 4% e 4,5%.
Mas como isso afeta as vendas online? Segundo a Adobe, as vendas online terão um aumento de 13,8%, ou seja, vão aumentar em 107,4 bilhões de dólares. Duas datas serão fundamentais para esse aumento decisivo nas vendas: a conhecida Black Friday e a chamada Cyber Monday, dia em que os americanos voltam ao trabalho após o feriado de Ação de Graças. Bem, essas duas datas vão permitir que ocorram vendas no valor de 6,6 bilhões de dólares.
Tamanho é o impacto das vendas online no consumo de Natal, que segundo a Deloitte, a maior parte dos gastos será feita online e não em estabelecimentos físicos. Pela primeira vez em 32 anos desde que a Deloitte conduziu essas pesquisas, os gastos online excederão os gastos da loja física.
As previsões da Deloitte estimam que 51% dos gastos serão online, enquanto 42% dos gastos ocorrerão em estabelecimentos de varejo. As diferenças são maiores entre os americanos que ganham mais de US $ 100.000 por ano, já que 57% de seu orçamento de Natal irá para compras online, enquanto 39% será gasto em compras tradicionais.
Não apenas os Estados Unidos
O aumento dos gastos online não é apenas uma tendência nos Estados Unidos. Mais e mais espanhóis estão aderindo às compras online. Os espanhóis adiantam suas compras para o mês de novembro, o que significa que 31% das compras de Natal acontecem nesse mês. Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday tem um peso importante nas decisões dos consumidores espanhóis. Dessas compras, cerca de um quarto são feitas online, seja pelo computador, celular ou tablet.
A Black Friday fez com que as compras espanholas avançassem para novembro, e essa tendência aumentará nos próximos anos. Tamanha é a importância da Black Friday que a estimativa é que ela concentre 33% dos gastos do Natal.
De realçar o caso espanhol, que com uma despesa de 633 euros por agregado familiar está bem acima de outros países europeus como Itália (529 euros), Alemanha (484 euros), Polónia (257 euros), Holanda (295 euros) e Rússia (339 euros). Apenas os britânicos, com uma despesa de 614 euros por família, parecem estar mais próximos dos espanhóis.
O comércio eletrónico vive um crescimento francamente notável em Espanha, que se cifrou em um aumento de 10,9% em relação a 2016. Pelo contrário, o crescimento do comércio nos estabelecimentos físicos apenas aumentou 1% em relação ao ano anterior. Tudo indica que o futuro está no comércio eletrônico, setor com excelentes perspectivas de negócios e que, segundo Bruno Rodríguez, sócio da Deloitte, "ainda tem espaço para crescer".
Os produtos estrela nas compras online são videogames, música, tecnologia e filmes. Ao contrário, os consumidores optam por estabelecimentos físicos na hora de comprar produtos alimentícios, roupas e artigos esportivos. Quanto aos meios de pagamento, nas compras online o Paypal é o mais utilizado pelos consumidores, enquanto nos estabelecimentos físicos o cartão de crédito é rei.
Mas como os consumidores distribuem o orçamento? Segundo a Deloitte, 39,8% serão destinados à compra de presentes, a alimentação custará 30,8% do orçamento e as viagens, 12,6%. As restantes compras representarão 16,7% do orçamento dos consumidores espanhóis, que distribuem as suas despesas de forma muito semelhante ao resto dos europeus.
