Monetização da Dívida - O que é, definição e conceito

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Anonim

A monetização da dívida é o processo pelo qual um banco central empresta dinheiro ao governo.

A monetização da dívida é um mecanismo cujo principal objetivo é ajudar o Estado. Não ajudando no sentido de obter mais votos (embora pudesse ser um efeito indireto). Referimo-nos a ajuda no sentido de que o Estado precisa de dinheiro e o banco central o empresta.

Quando falamos sobre o banco central, estamos, é claro, falando sobre o banco central da moeda em que ele opera. Por exemplo, no caso dos Estados Unidos, seria o Federal Reserve (FED). Na Europa, o Banco Central Europeu. E, da mesma forma, no Japão, o Banco do Japão.

Nessa perspectiva, alguns aspectos da monetização da dívida devem ser detalhados. Primeiro, devemos conhecer sua origem, depois os tipos que existem e, em terceiro e último lugar, ver as consequências que esse processo pode gerar.

Origem da monetização da dívida

Uma vez que os bancos centrais existiram como tal, monetizar a dívida era uma questão menor. A ideia da monetização da dívida era dar um adiantamento ao Governo. Por exemplo, se o Estado estimou que arrecadaria 100 milhões, o banco central adiantou esse dinheiro para ele.

A maneira como ele fez foi muito simples. O governo emitiu dívida no mercado primário e o banco central a comprou. Por exemplo, o governo emitiu um título no valor de 100 milhões e o banco central o comprou.

Para comprá-lo, o banco central, que tem o poder de imprimir notas e cunhar dinheiro, simplesmente ganhou dinheiro para comprar essa dívida.

Tipos de monetização da dívida

Embora tenhamos indicado anteriormente que o Estado emite uma dívida e o banco central a compra no mercado primário, esta não é a única forma de monetizar a dívida. Em termos gerais, existem duas maneiras de monetizar a dívida.

  • Direto: Este é o caso de que falamos. É uma compra direta no mercado primário. Os títulos adquiridos pelo banco central são títulos emitidos recentemente.
  • Dica: A rota indireta é praticamente o mesmo processo. Porém, em vez de comprar essa dívida no mercado primário, o banco central compra a dívida no mercado secundário. Ou seja, para outros investidores que já compraram essa dívida do Estado.

A forma direta de monetizar a dívida é proibida em alguns lugares. Por exemplo, na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) não pode comprar dívida de países da área do euro em mercados primários. É uma medida com o objetivo de manter a estabilidade financeira. No entanto, em outros países esta prática é permitida.

Consequências da monetização da dívida

Embora, em princípio, possa parecer uma boa medida para reanimar a economia, monetizar a dívida pode ter consequências indesejáveis. Parece razoável que se um estado precisa de dinheiro para investir em infraestrutura, subsidiar empresas ou pagar pensões, o banco central em questão lhe empreste dinheiro.

Afinal, se o que se costuma comprar são ingressos, podemos pensar que a solução é imprimir mais ingressos. A realidade não é tão simples. Uma das consequências mais temidas do uso desse tipo de mecanismo é a inflação.

O estado precisa de dinheiro e vai ao banco central. O que o banco central faz é imprimir mais cédulas e emprestá-las ao estado. Tudo bem. Claro, se o banco central e o Estado usarem esse mecanismo em excesso, isso pode causar hiperinflação. Com tantas notas em circulação, o dinheiro perde valor. Um exemplo muito simples é o ouro. O ouro é caro porque é pouco e é caro extrair. Se um site imenso e acessível for descoberto amanhã, seu preço provavelmente cairá.

Outra consequência, além da inflação, é a perda de credibilidade. Se um banco central e um Estado praticarem essa prática de forma descontrolada, os investidores (temendo a perda do valor de seu dinheiro) trocarão suas moedas por outra. A troca de uma moeda por outra fortalece a moeda que é adquirida e enfraquece a moeda que é vendida. Isso é conhecido como depreciação da taxa de câmbio.