Robôs criarão novos empregos

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Robôs criarão novos empregos
Robôs criarão novos empregos
Anonim

Não podemos descartar que a implantação de robôs acabe criando sinergias que reforçam setores que a princípio parecem ameaçadores.

Independentemente das limitações que as novas tecnologias de automação possam encontrar, o sucesso parece ser a tendência geral na maioria destas iniciativas, o que nos permite assegurar que os robôs irão, sem dúvida, desempenhar um papel cada vez mais decisivo na economia dos próximos anos. Naturalmente, isso possivelmente significará uma mudança qualitativa em um grande número de empregos, mas não necessariamente seu desaparecimento se tivermos flexibilidade suficiente para nos adaptarmos à nova situação.

Uma imagem errada de robotização?

É verdade que no imaginário popular ainda existe uma memória, talvez herdada dos primeiros anos da Revolução Industrial, segundo a qual todo processo de automação envolve o deslocamento de um trabalhador para colocar uma máquina em seu lugar, mas talvez essa ideia nos apresente uma imagem incompleta da realidade. Não contempla, por exemplo, que justamente graças à industrialização, surgiram novos setores (químico, siderúrgico, automotivo etc.) que acabaram demandando muito mais mão-de-obra humana do que as antigas oficinas artesanais, e que a redução dos preços das a venda acabou se traduzindo em maior poder aquisitivo para a população como um todo.

Um caso que exemplifica claramente esse fenômeno é o da fotografia, cujo surgimento ameaçava tirar do trabalho pintores especializados em retratos de família. Neste caso, embora houvesse pessoas gravemente afetadas pela nova invenção, a maioria dos artistas soube se adaptar à nova situação e a procura de retratos (embora reduzida) não desapareceu. Enquanto isso, a fotografia e as invenções dela derivadas (como o cinema) acabaram criando muito mais oportunidades de trabalho do que poderiam destruir.

Robôs podem fortalecer setores

Por fim, não podemos descartar que a implantação de robôs acabe criando sinergias que reforçam setores que a princípio parecem ameaçadores. Nos últimos anos, assistimos a um caso verdadeiramente paradigmático com o surgimento da Internet, que parecia prever o desaparecimento de todos os serviços de entrega postal. A realidade, depois de vários anos de digitalização, mostra o contrário: não só as atividades de correio e mensagens não desapareceram, mas estão a viver o seu melhor momento graças ao facto de as compras online terem desencadeado a procura dos seus serviços.

A robotização das economias será, portanto, um desafio, mas não temos motivos para esperar o pior dela. Ao contrário, a história econômica mostra que os saltos tecnológicos acabam beneficiando a população quando há agentes econômicos capazes de aproveitar as oportunidades que eles apresentam, mas o mesmo não se pode dizer de países que veem uma ameaça a cada mudança, aferrando-se mais a medo do que por convicção de sua própria obsolescência.