Supermercados, um negócio com margens baixas

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Supermercados, um negócio com margens baixas
Supermercados, um negócio com margens baixas
Anonim

Quem não compra no supermercado? Quase todos nós fazemos isso e já nos perguntamos: quanto eles vão ganhar por cada produto que vendem? Em Economy-Wiki.com, esclarecemos essa questão.

Entre os corredores dos supermercados, com uma infinidade de ofertas, descontos e produtos, o consumidor busca os melhores preços ou a mais alta qualidade na hora de fazer a compra. Precisamente em um setor tão competitivo como o de supermercados, esses estabelecimentos lutam para obter boas margens.

Mas como os supermercados ganham dinheiro? A resposta é muito simples: vender o máximo possível para o maior número de pessoas possível. No entanto, essas áreas comerciais trabalham com margens muito estreitas. Estamos falando de margens que variam de 0,5% a 1,5%.

A chave está nas rotações

A realidade mostra que os supermercados trabalham com as menores margens de lucro do setor agroalimentar. E é que, ao preço de custo dos produtos, devemos somar os custos fixos que o próprio supermercado deve arcar, o que acaba deixando o lucro desses estabelecimentos em poucos centavos.

Portanto, como explicamos anteriormente, a chave para o bom funcionamento de um supermercado é vender o máximo possível. Assim, a rentabilidade econômica de uma empresa é calculada multiplicando-se as margens pelo faturamento. Bem, no caso dos supermercados, como as margens são muito baixas, o fundamental são as rotações, ou seja, para escoar o estoque, para vender. A consequência disso será que, para um supermercado obter um bom lucro, precisará vender grandes quantidades de seus produtos e muito rapidamente.

Preços baixos e muita competição

Ao contrário de outras superfícies ou estabelecimentos comerciais, onde se vendem eletrodomésticos, os supermercados trabalham com produtos alimentícios, que são vendidos a preços baixos, dos quais ficam entre 0,5% e 1,5%. Vale ressaltar que a margem que o supermercado assume dependerá de seu porte, seu poder de negociação, suas estratégias comerciais e sua política de preços. Assim, constatamos que a maioria dos supermercados opera com margens abaixo de 1%.

A razão para operar com lucros tão baixos se deve à forte competição que existe entre os diferentes supermercados. Há uma infinidade de ofertas, descontos e os clientes têm muitas redes para escolher. No caso de empresas como a Mercadona, o fundamental é que elas tenham preços baixos, clientes de alta fidelidade e comprem muitos produtos.

Alguns podem pensar que os supermercados podem optar por aumentar os preços para aumentar seus lucros. Porém, tudo o que conseguiriam seria perder clientes, pois buscariam outras áreas comerciais para fazer a compra.

Como são definidos os preços?

Uma nova questão que nos colocamos é como definir o preço. Os supermercados são livres para definir os preços dos produtos, embora seja verdade que seus fornecedores os aconselham indicando um preço de venda recomendado. Bem, devido à alta competição, os supermercados tendem a definir preços muito semelhantes.

Os produtos em que o grau de competição é maior são os de primeira necessidade. Nesse sentido, o leite e o óleo devem ser citados como exemplos.

Seções como peixarias e açougues podem ser o resultado de custos significativos para supermercados. A não venda dos produtos dessas duas seções pode afetar negativamente as contas do supermercado, uma vez que o custo de manutenção do açougue e dos produtos da pesca é alto.

Portanto, com preços baixos, margens baixas e competição acirrada, a estratégia do supermercado baseia-se na busca pela eficiência na tentativa de minimizar os custos fixos.

Os preços serão fixados de acordo com a oferta e a demanda, sem esquecer que isso também influenciará se houve uma boa ou má colheita. Há casos em que a situação é francamente complicada para um supermercado. Isso ocorre quando, diante de uma safra ruim, o agricultor opta por aumentar o preço. Assim, para evitar a perda de clientes por aumento de preços, os supermercados não podem repassar todo esse aumento de preços para o consumidor. Ao contrário, se os supermercados descobrirem que, com uma oferta ampla de seus fornecedores, poderão trabalhar com margens melhores.

Em relação ao preço, uma restrição muito clara deve ser observada: você não pode vender com prejuízo. Em outras palavras, a lei proíbe estritamente a venda abaixo do preço de compra.

Conflitos de interesses na cadeia de distribuição

Mencionamos anteriormente que a estratégia para manter um supermercado funcionando e tendo um bom desempenho era minimizar os custos fixos. Portanto, uma boa negociação de preços com os fornecedores será essencial. Prova disso é que os supermercados lutam por preços de compra mais baixos.

As tensões são comuns na cadeia de distribuição. Os agricultores buscam preços melhores e o custo de logística ou transporte também torna o preço final dos produtos muito caro.

Um elemento que também entra em jogo é o poder de barganha. Nesse sentido, empresas maiores, ao comprarem volumes maiores, poderão ter melhores preços de compra (veja rapel nas compras). Embora seja verdade que uma pequena empresa terá maior flexibilidade, pois não precisa trabalhar com grandes volumes de estoque.

Existem aqueles que afirmam que a economia pode ser obtida para o consumidor por meio de um aumento de preços. No entanto, na maioria das vezes, a economia nos custos de logística se traduz em preços mais baixos para os consumidores.