Competição - O que é, definição e conceito - 2021

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Competição - O que é, definição e conceito - 2021
Competição - O que é, definição e conceito - 2021
Anonim

Em economia, entende-se por competição aquela situação em que existe um número indefinido de compradores e vendedores que procuram maximizar seu lucro ou satisfação. Assim, os preços são determinados unicamente pelas forças da oferta e da demanda.

A concorrência é inerente às relações entre os agentes económicos no quadro de uma economia de mercado, constituindo o fundamento da economia liberal.

Na verdade, uma empresa é considerada competitiva na medida em que consegue resistir à concorrência de outras empresas do mercado.

Em um mercado competitivo, as empresas devem baixar seus preços para estimular ao máximo as decisões de compra. Assim, produtores e comerciantes não obtêm grandes margens de lucro.

Nessa perspectiva, a competição perfeita - um regime hipotético descrito pelos economistas clássicos - é composta de uma convergência de múltiplas condições. Em primeiro lugar, parte-se da ideia de que existem muitos agentes presentes no mercado - vendedores e compradores - e que as suas forças impedem o surgimento de desigualdades muito marcantes, para que ninguém possa impor os seus objectivos.

Além disso, a homogeneidade e divisibilidade dos produtos expostos permitem que as mercadorias apresentadas à venda sejam comparadas e substituídas, no tempo e no espaço.

Competição imperfeita

Na realidade, testes históricos de mercado revelam o predomínio da concorrência imperfeita, em que alguns agentes podem, em determinados momentos, exercer forte pressão no processo de ajuste entre oferta e demanda.

Em outras palavras, a dinâmica da competição (cujos dois extremos são a competição perfeita e Monopólio) correspondem a condições de concorrência imperfeita que, passando do oligopólio (poucos vendedores e muitos compradores) ao oligopsônio (grande número de agentes fornecedores e poucos demandantes), demonstram a rigidez das estruturas de mercado.

A análise de formas imperfeitas tem levado muitos autores a uma nova abordagem do fenômeno, introduzindo a ideia de competição praticável, na qual empresas de dimensões desiguais podem se manifestar.

Nesse sentido, o americano John Kenneth Galbraith levou em consideração outros fatores além daqueles que normalmente ocorrem na oferta e na demanda. Para este analista, o verdadeiro equilíbrio de um mercado não decorre dos mecanismos de competição, mas das estruturas e, sobretudo, da resistência que pode ser oferecida tanto por compradores agrupados (cooperativas) como por certos agentes de produção fora do capital. (sindicatos).

Governos e competição

Por sua vez, os entes públicos têm procurado reagir ao estrangulamento da concorrência criando legislação relacionada com as normas antitruste. No entanto, essa tentativa esbarra na evolução geral das economias modernas.

Assim, os governos ficam presos entre o desejo de sustentar sua indústria nacional - diante de empresas estrangeiras altamente competitivas - e seu desejo de proteger os consumidores tentando manter alguma competição no mercado interno para estabilizar os preços.

Intensidade dos competidores

À medida que aumenta a intensidade da competição, a possibilidade de obtenção de maiores receitas é menor e, portanto, a atratividade do setor diminui. Esta dinâmica é determinada por:

  • Número de competidores e o equilíbrio entre eles.
  • Taxa de crescimento da indústria: Emergente, em crescimento, maduro ou em declínio.
  • Barreiras de mobilidade: São aqueles obstáculos ou dificuldades que impedem as empresas de passar de um segmento a outro dentro do mesmo setor.
  • Barreiras de saída: São fatores que impedem ou dificultam o abandono de uma indústria.
  • Estrutura de custos das empresas: Um peso maior dos custos fixos sobre os custos variáveis ​​leva as empresas a operar a plena capacidade, para tentar reduzir os custos médios. Desta forma, a concorrência é aumentada, aumentando os volumes de produção e forçando a sua venda no mercado.
  • Diferenciação do produto: Quanto maior a diferenciação dos produtos, menor é a concorrência e vice-versa.
  • Custos de troca: Refere-se ao custo que um cliente tem ao mudar de fornecedor. Por exemplo, no setor de telecomunicações, os clientes têm custos de permanência na empresa, mas uma vez que esses custos desapareçam, o cliente fica livre para mudar a custo zero.
  • Capacidade de produção instalada: São desequilíbrios na capacidade produtiva instalada que obrigam muitas empresas a realizar movimentos competitivos agressivos para produzir grandes volumes de produção.
  • Diversidade de concorrentes: Quando os concorrentes diferem em tamanho, estratégias e outros, a competição se intensifica.
  • Interesses estratégicos: Como os objetivos das empresas são semelhantes, a competição se intensifica.