Especial de Natal 2020: o último desafio do ano

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Especial de Natal 2020: o último desafio do ano
Especial de Natal 2020: o último desafio do ano
Anonim

Salvar a campanha de Natal deve ser a prioridade. Em um 2020 devastado pela COVID, a contribuição de Natal é fundamental para amortecer o golpe do final do ano.

Como todos os anos, o Natal está chegando e com ele vem a campanha de Natal. Uma campanha em que as empresas se preparam para viver um dos momentos mais especiais e doces do ano. A essa altura, as vitrines já exibem seus enfeites natalinos característicos, enquanto as ruas se enchem de consumidores que vão às lojas comprar os tão esperados presentes de Natal. Os restaurantes, apinhados de funcionários e clientes, estão saturados de almoços e jantares característicos nestas datas, enquanto os aeroportos gerem as inúmeras malas transportadas por todos aqueles cidadãos que, como todos os finais do ano, regressam a casa Para estar com a família.

Como todo Natal, essas datas têm um impacto significativo nas diferentes economias do planeta; produto de um consumo que não para de crescer, à medida que se aproxima a véspera de Natal e, nos locais onde se festeja, o dia dos Reis Magos. Por sua vez, contratar, da mesma forma, o faz com a mesma intensidade; Bem, em um cenário em que o fluxo de clientes está disparando, a equipe necessária é maior do que em outras datas. Portanto, estamos falando de uma data que destaca o fator sazonalidade em seu máximo esplendor; registrando um impulso econômico que veio a deixar em países como a Espanha, um colossal meio milhão de funcionários, além de gastar perto de 11 bilhões de euros, e o mais importante, em apenas um mês.

E é que, se não fosse pela situação que nos acontece hoje, este deveria ser o Natal de 2020, como relatamos na introdução. Porém, num cenário como o actual, é cada vez maior o receio, bem como o risco, de que os referidos ornamentos nas montras, no novo contexto, sejam substituídos pelo sinal de “transferência”.

Com a chegada do último fim de semana de novembro, a Black Friday, assim como a Cyber ​​Monday -com uma representação de 25% dos gastos de Natal-, são dias que marcam o início de uma campanha de Natal que ficará na memória de milhões dos cidadãos em todo o planeta. A presença da COVID em 2020 deixa expectativas que, refletidas nos dados, nos mostram um colapso da atividade econômica nos meses de Natal; pelo menos se o contraste se basear na comparação do referido ano com os anos anteriores. Pois bem, é preciso saber que, atendendo a essas mesmas expectativas, a COVID, como se fosse o Grinch, se propôs a arrebatar todo aquele ar fresco que, como nos anos anteriores, o Natal nos deixou no final do ano.

Um pouco de ar fresco

Considerando variáveis ​​como a despesa, a campanha de Natal em países como Espanha deixa uma despesa acumulada que, em relação aos indicadores disponíveis de anos anteriores, ascende a 11 mil milhões de euros. Em apenas um mês, economias como a espanhola mobilizam cerca de 1% do seu produto interno bruto (PIB) em consumos diretamente relacionados com a época natalícia. Nesse sentido, tomamos como referência a Espanha, porque aquele país, como se refletem nos relatórios da consultoria Deloitte a esse respeito, se situa como a economia em que os cidadãos mais gastam na época do Natal; superando o Reino Unido, que modera seus gastos em relação ao continente.

Mas isso não significa que outras economias, levando em conta esses mesmos indicadores, não gastem tanto quanto o registrado pela Espanha. Nesse sentido, o México, como refletido por esses mesmos indicadores, é outro país que não parou de aumentar os gastos no Natal, naqueles contrastes com os anos anteriores que se publicaram. Assim, estamos a falar do facto de a economia asteca, tendo em conta a taxa de variação dos gastos de Natal nos anos anteriores, ter aumentado os seus gastos em 14% em 2019, ao contrário dos dados divulgados em 2018. Um gasto semelhante ao do ataque pelo Chile, além de outras economias que, como o Peru, lideram o ranking das economias latino-americanas com maiores gastos no Natal. E o fato é que, se levarmos em conta a população desses territórios, estamos falando de uma despesa acumulada bem acima da despesa registrada pela Espanha.

Do lado do emprego, devemos saber que da mesma forma que aumenta o consumo, as empresas, bem como os principais setores que, como este, se interessam, procuram reforçar a sua força de trabalho para poderem absorver este maior afluxo de clientes comentados . Nesse sentido, economias como a espanhola, durante os meses de Natal, registram um crescimento nas contratações que atingiu, em anos como o passado, meio milhão de contratações em apenas um mês. Um volume de contratos que também tem uma conversão para colaboradores efetivos que ronda os 25%, o que se reflecte nos indicadores. Além disso, aliás, estamos falando de uma contratação mais simétrica entre setores, que indiretamente se beneficiam dessa situação.

Mas, como dissemos no parágrafo anterior, estamos falando de contratações que, da mesma forma, ocorrem em outras economias latino-americanas. Nesse sentido, mesmo em tempos de COVID, as contratações para feriados diretamente relacionados ao Natal, como a Black Friday, em países como o México, somavam mais de 200 mil contratos formais; levando-se em consideração uma informalidade trabalhista próxima a 60%, o valor real nos deixaria com um volume ainda maior. Da mesma forma, em outras economias analisadas anteriormente, como o Chile, o volume de contratos estimados em anos anteriores para o Natal aumentou cerca de 25%; Mais uma informação que mostra esta tendência cada vez mais geral de reforçar amplamente o quadro de colaboradores para a época natalícia.

Como podemos ver, a contribuição do Natal para a economia, tomando como referência algumas das economias que foram citadas, como Espanha, Chile, México ou Peru, é bastante volumosa. A factura do Natal, ao contrário dos restantes meses, é mais elevada para todos os agregados familiares do país, da mesma forma que o seu contributo económico para a economia em geral, bem como para os sectores que o compõem, é muito mais dimensionado do que o contributo esperado de outras estações ao longo do ano. Pois bem, é preciso saber que se trata de Natal, data que, além de esperança, deixa grande otimismo nos lojistas que veem como essa campanha se reflete em suas contas anuais de final de ano. Além disso, estamos falando de gastos crescentes, uma vez que a cada ano há aumentos nas perspectivas de gasto per capita que se extraem. Perspectiva que, apesar de ter tido um desempenho muito bom nos anos anteriores, este ano deverá moderar-se muito para baixo.

Um ano diferente

Tanto em termos de gastos como de emprego, o Natal representa uma grande trégua para a economia, assim como para todos os agentes socioeconômicos que dela participam. Porém, no novo contexto, os números que foram tratados a priori, hoje podem sofrer uma reviravolta que, à semelhança de outras festividades ao longo deste ano, põe fim a este breve sonho que, todos os anos, nos permite encerrar o ano. , bem como começar a próxima, com aquele impulso característico que a campanha de Natal nos deixa.

Nesse sentido, é conveniente saber que, para setores como a hotelaria, em países como a Espanha, o Natal representa cerca de 30% do faturamento anual deste setor; Representação que, levando em consideração o ano que o setor está passando, este ano pode disparar para 60%. Por isso, tomando este exemplo, podemos ter uma ideia do quanto essa campanha é necessária em anos como o que estamos passando.

Assim, as perspectivas para a Espanha, no que se refere aos gastos, nos deixam cair nos números que, em relação aos anos anteriores, poderia ser de -48%. Como podemos ver, cerca de metade dos cidadãos do país fingem não gastar tudo o que gastaram nos anos anteriores. Por outro lado, países como o México, e tendo em conta os números fornecidos pela consultoria Nielsen, mostram-nos, como a Espanha, uma quebra generalizada das vendas neste Natal. Nesse sentido, o relatório de que estamos falando reflete que cerca de 60% dos mexicanos vão reduzir seus gastos neste ano, portanto, o gasto da economia asteca, da mesma forma, se moderará no final do ano.

Além disso, estamos falando de uma situação que não ocorre apenas na Espanha e no México, mas também é esperada em outras economias latino-americanas, onde se destaca a economia argentina.

Do lado das contratações, as expectativas apontam para uma queda nas contratações perto de 38% para a Espanha. Nesse sentido, estamos falando do fato de que cerca de 150 mil empregos não serão criados este ano, dados os efeitos do COVID. Situação que, da mesma forma que ocorreu com os gastos, se repetirá em outras economias de língua espanhola da América Latina. E, levando em consideração que a Black Friday em países como o México, segundo o portal Infojobs, já nos deixa com uma queda na oferta de empregos de -62%, pouco se pode esperar de uma campanha de Natal que, ao contrário de outros anos, vai deixe números de empregos inéditos para uma campanha como a que está sendo realizada.

Em suma, estamos a falar de uma campanha que, apesar de mais necessária do que nunca, pretende decorrer de uma forma muito diferente dos anos anteriores. A COVID frustrou um Natal que, pela conjuntura econômica, teria tido grande relevância para as diversas economias do planeta. E não podemos esquecer que temos dias até o Natal e que devemos intensificar as medidas de contenção do vírus; Bem, os dados mostrados aqui, como é o caso das perspectivas, não são de forma alguma os piores dados esperados para este Natal.