A curva de Engel nos mostra como a demanda por um bem varia diante de uma variação na receita, visto que os preços dos bens permanecem constantes.
Para cada nível de renda, existe uma cesta ótima de bens que depende das preferências do consumidor. Em termos gráficos, a cesta ótima para um determinado nível de renda é o ponto de tangência entre a curva de indiferença e a linha de equilíbrio ou restrição orçamentária. Quando a renda disponível do consumidor muda, sua demanda pelos bens se ajusta, esse ajuste é o que se reflete na curva de Engel.
A inclinação da curva de Engel
A inclinação da curva de Engel depende da natureza do bem:
- Quando o bem é normal, a inclinação será positiva porque um aumento na receita é acompanhado por um aumento na demanda pelo bem. Assim, por exemplo, a carne bovina é um bem normal, quando a renda aumenta, esperamos que a demanda aumente e, portanto, a curva de Engel terá uma inclinação positiva.
- Quando o bem for menor, a inclinação será negativa, pois à medida que a renda aumentar, o consumidor preferirá reduzir sua demanda pelo bem. Por exemplo, pão dormido é um bem de qualidade inferior: se o consumidor tiver pouca renda, comprará o pão mais barato que encontrar, mas à medida que sua renda aumentar, ele buscará substituí-lo por outro bem de melhor qualidade. Desta forma, a curva de Engel terá uma inclinação negativa.
Como derivar a curva de Engel, caso com dois bens.
Para simplificar, suponha que haja dois bens (X e Y). Como sabemos, com o aumento da renda, a linha de equilíbrio se desloca para a direita (para fora em paralelo) e o consumidor pode atingir uma curva de indiferença maior.
Se desenharmos todas as linhas de orçamento possíveis e curvas de indiferença do consumidor em um gráfico, podemos obter uma curva que reúne todas as combinações ótimas de bens (X e Y). A partir desse gráfico podemos obter a curva de Engel que apresenta a demanda por um bem (por exemplo, X) em diferentes níveis de renda.
Curva de demanda
