O racionalismo é uma corrente filosófica que defende que o conhecimento é obtido da razão e não, como defende o empirismo, da experiência.
O racionalismo se desenvolveu durante os séculos XVII e XVIII, e seu autor mais proeminente foi René Descartes. Embora também tenha sido amplamente desenvolvido por autores como Spinoza e Pascal.
Essa corrente se opõe ao empirismo, já que este pode nos levar ao engano e à confusão de nossos sentidos. Em vez disso, o racionalismo, e de acordo com seus autores, é a doutrina válida para alcançar o verdadeiro conhecimento.
Descartes, em sua obra O discurso do método, propõe um procedimento para obter o conhecimento verdadeiro. Para tanto, ele se propõe a alcançá-lo por meio da dúvida, chamando esse método de "método cartesiano"; inspirando-se na matemática e na geometria para o seu desenvolvimento. Quando o autor o desenvolveu, sua ambição era estabelecer um método global, ou seja, que pudesse ser aplicado a todas as ciências. Consiste em quatro regras, que devem continuar a respeitar a ordem indicada. Assim, essas regras são: evidência, análise, síntese e verificação.
Em suma, o racionalismo propõe que a razão é o valor mais alto na busca pelo conhecimento. E para escapar das armadilhas sensoriais, a matemática passa a ser a disciplina primária nessa busca, uma vez que, ao não falhar, o conhecimento analisado é acurado.
Quando surge o racionalismo?
O racionalismo, como definimos no início, desenvolveu-se durante os séculos XVII e XVIII.
No entanto, para voltar às suas origens, é preciso voltar à França do século XVII, tendo como principal teórico o conhecido filósofo René Descartes.
Características do racionalismo
O racionalismo se distingue de outras correntes por se identificar com uma série de características:
- Conhecimento baseado na razão: A razão, o pensamento e a reflexão são as ferramentas mais úteis que o ser humano dispõe para alcançar o verdadeiro conhecimento.
- Método cartesiano: A investigação é realizada através do método desenhado por Descartes, caracterizado por seguir uma série de regras infalíveis.
- Penchant para matemática: Descartes acreditava que poderia aplicar os métodos usados nas ciências puras às ciências sociais. Ele atribuiu grande importância à matemática e à geometria, por sua precisão.
- Método dedutivo: Trata-se de passar do geral ao particular. Ou seja, observando as regras gerais que ocorrem em diferentes casos, é previsto ou afirmado o que acontecerá em um determinado caso. Através das premissas gerais, a conclusão é obtida.
- Verdades inatas: Existem esses tipos de verdades que o indivíduo não pode alcançar por meio da experiência. Em vez disso, eles estão nele desde o nascimento, e ele pode conhecê-los por meio da razão.
- O motivo é ilimitado: Esta capacidade do ser humano não tem limites e é a fonte de um progresso que não cessou desde o início da humanidade.
- Razão sobre a féApesar das crenças religiosas dos promotores do racionalismo, eles entendiam que a razão estava acima dos dogmas e da imobilidade impostos pelas religiões; especificamente o cristão.
- Oposição ao empirismo: São duas correntes de pensamento totalmente opostas. Um baseado na razão, o outro na experiência.
Diferença entre racionalismo e empirismo
São correntes totalmente opostas.
Em geral, o racionalismo acredita que a razão, o pensamento e a reflexão são as ferramentas pelas quais o ser humano atinge o verdadeiro conhecimento. Ao contrário, a corrente empirista afirma que a experimentação e os sentidos é o meio que nos permite conhecer nosso ambiente e estabelecer postulados, enunciados ou teorias.
O método usado pelo racionalismo é dedutivo. Por outro lado, o empirismo utiliza o método indutivo, este último caracterizado por observar os padrões ocorridos em casos específicos e, por meio deles, formular postulados gerais.
Outra diferença importante é a inexistência, segundo os empiristas, de ideias inatas. É o ser humano, por meio da experiência, que vai adquirindo as habilidades e os conhecimentos que lhe são úteis.