Sociologia do trabalho - O que é, definição e conceito

A sociologia do trabalho analisa as relações de trabalho e como elas influenciam e moldam a vida dos indivíduos na comunidade.

Ou seja, estuda os vínculos das comunidades humanas que se constituem por ocasião da realização do trabalho remunerado. Dentro das regras que regulam essas relações.

Características da sociologia do trabalho

Em seus primórdios, o trabalho ocorre na agricultura e na caça, que nascem do instinto de sobrevivência, pois é um esforço dedicado à satisfação de uma necessidade básica, neste caso a alimentação. Quando a humanidade deixa de ser nômade e se torna sedentária, diversifica-se e adquire uma característica de complexidade no esforço de satisfazer as diferentes necessidades.

Por isso o trabalho, além de ser uma atividade que transforma o estado natural das coisas para transformá-lo em bens e serviços, também amplia o conhecimento humano. Portanto, ele cria relações interpessoais entre os indivíduos e gera status na sociedade.

Por outro lado, e após a industrialização e as carências dos modelos de produção taylorista e fordista, surge a necessidade de novas formas de organização que coloquem o trabalhador sob o escrutínio como parte fundamental para o alcance da eficiência e da competitividade das empresas. O que introduz a ideia de envolvimento do trabalhador e flexibilidade para alcançar maior produtividade.

É por isso que a sociologia do trabalho examina e deduz o processo adaptativo que ocorreu no comportamento dos indivíduos de acordo com sua atribuição ou atividade.

Importância da sociologia do trabalho

A sociologia do trabalho busca prevenir e resolver os conflitos nas relações humanas que ocorrem devido às relações de trabalho. Isso fornece análises que evitam disfunções e riscos, como:

  • Assédio moral ou assédio no local de trabalho.
  • Discriminação trabalhista baseada em raça, credo, inclinação política.
  • Desigualdade de oportunidades de emprego por gênero, idade, grupo étnico.
  • Insegurança contratual. Ou seja, a falta de um contrato que estipule os direitos e obrigações dos trabalhadores. Pois se não existe e o trabalhador é demitido sem a existência de infração de sua parte ou ignorância sem qualquer indenização ou acordo.
  • Instabilidade no emprego e falta de salário compatível com as capacidades do trabalhador.
  • A existência da economia informal.
  • Desigualdade no acesso ao mercado de trabalho.
  • Inexistência de sindicatos.
  • Insegurança no local de trabalho, caso não existam as condições adequadas para o trabalho, colocando em risco a vida ou a saúde do trabalhador.

Todas as implicações anteriores mostram que, dados os efeitos que as relações de trabalho têm na sociedade, requer uma análise astuta que vai além da relação social de emprego.

Desafios da sociologia do trabalho

Os desafios que a sociologia tem pela frente derivam em grande parte da evolução dos processos de produção e da maneira como eles podem lidar com essa transição. aqui estão alguns exemplos:

  • Mudanças na forma de organização do trabalho face às mudanças tecnológicas, que por vezes deixa fora do mercado de trabalho quem não investe na sua especialização e adaptação às novas condições.
  • Adaptações na legislação trabalhista em função das mudanças tecnológicas e demográficas. Por exemplo, o envelhecimento da população ativa e a redução da taxa de natalidade que retoma essa população ativa.
  • Imigração de refugiados que aumenta a competição por um emprego e pressiona artificialmente o mercado de trabalho.
  • Modificações nas empresas para garantir a sua permanência no mercado, face ao aumento da concorrência devido à globalização e seus efeitos sociais.
  • Necessidade de tolerância e inclusão da população, por razões de gênero, idade, etnia.

Ferramentas da sociologia do trabalho para enfrentar os desafios

Repensar o sistema produtivo visando a melhoria das relações de trabalho é o que a sociologia do trabalho busca e para isso exige, entre outras coisas:

  • Aprofunde a análise crítica do ambiente que cerca o trabalhador.
  • Examine as políticas das organizações e a legislação que servem de base para o diálogo entre empresários e governos.
  • Apoiar-se em estudos com fundamentos estatísticos e metodológicos que flexibilizem os sistemas produtivos, os tornem mais inclusivos, desenvolvam as potencialidades dos trabalhadores, melhorem as relações de trabalho, reivindiquem o papel do trabalhador na sociedade e gerem uma maior contribuição produtiva que melhore não só os benefícios para as empresas, mas para o rendimento dos trabalhadores.

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