A divisão de poderes, também conhecida como separação de poderes, é uma forma de organização dos estados baseada na distribuição dos poderes de decisão e controle em três áreas: legislativa, executiva e judiciária.
Embora o conceito de divisão de poderes tenha antecedentes históricos vinculados ao surgimento das democracias, foi a teoria da divisão de poderes de Montesquieu que o resumiu e definiu no século XVIII.
Comumente essa divisão ou separação se situa como uma medida ou ferramenta para a defesa das liberdades em diferentes nações. Isso ocorre porque o acúmulo de poderes ou competências sob os mesmos sujeitos está associado a modelos de estado mais totalitários, como as ditaduras.
Fenômenos históricos como a Revolução Industrial e o desenvolvimento de uma nova cidadania com o papel predominante da burguesia no poder com a queda do antigo regime. Portanto, seu significado está intimamente ligado ao conceito de democracia.
Objetivo principal da divisão de poderes
Através da distribuição de responsabilidades governamentais, o controle mútuo entre os líderes correspondentes é possível. Em outras palavras, se um sistema sociopolítico falha em um de seus aspectos ou áreas, as outras “pernas” devem ter força ou amparo legal para enfrentar sua má conduta.
Por exemplo, o judiciário deve ser responsável por detectar e sancionar casos de corrupção governamental, ou seja, o poder legislativo e executivo.
Desse modo, a divisão do poder em uma sociedade deve estabelecer uma relação de contrapeso em suas elites sociopolíticas como medida de defesa do cidadão. Assim, é possível prevenir circunstâncias de deterioração do sistema ou controlar e punir se isso acontecer.
Propriedades estabelecidas através da divisão de poderes
A estrutura organizacional de um território marcado por uma firme separação ou divisão de poderes deriva das seguintes propriedades:
- Poder Legislativo, constituído pelos órgãos encarregados de realizar a elaboração e adaptação das diferentes leis presentes no sistema.
- Poder executivo, sistema administrativo e governamental responsável pela gestão do estado e tarefas públicas diversas.
- Poder judiciário, que inclui departamentos judiciários e outros tribunais que tenham como objetivo principal a proteção jurídica dos cidadãos e o cumprimento das leis que regem o seu dia-a-dia.