Expansão econômica da China permitirá que sua moeda se iguale ao dólar em 2020

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Expansão econômica da China permitirá que sua moeda se iguale ao dólar em 2020
Expansão econômica da China permitirá que sua moeda se iguale ao dólar em 2020
Anonim

Apesar da desaceleração econômica pela qual a China está passando, o yuan se tornou uma das maiores moedas do mundo em consequência do crescimento financeiro que o país viveu nos últimos anos.

A inclusão do yuan asiático na cesta de moedas do FMI (Fundo Monetário Internacional) trará ao gigante uma participação maior no comércio mundial, razão pela qual os Estados Unidos temem perder seu papel. A iniciativa entrará em vigor a partir de 1º de outubro de 2016, agregando assim a moeda asiática ao dólar norte-americano, ao euro, ao iene e à libra esterlina, ou seja, ao cesta de moedas que o FMI usa como referência para suas operações financeiras.

Porém, a decisão do Fundo não foi fácil visto que a China ainda determina a taxa de câmbio da moeda e continua a aplicar controles de capital que limitam sua conversibilidade; Apesar disso, o yuan atende aos requisitos que o FMI exige: é uma moeda amplamente utilizada nas transações internacionais e está muito presente no mercado de câmbio já que o gigante asiático é o maior exportador do mundo, tanto que sua moeda foi o segundo mais utilizado nas trocas comerciais em agosto passado.

Além disso, de acordo com dados da ICEX - organização que promove a internacionalização de empresas-, 25% das transações comerciais são liquidadas em yuan. Assim, no índice de internacionalização, o yuan subiu de 0,92% em 2012 para 1,7% em 2013, razão pela qual Alex Fusté, economista-chefe do AndBank, destaca que “em 2020 será a segunda moeda mais importante usada e será coexistem com o dólar ”.

Consequências da medida

A inclusão do yuan na cesta de moedas implica, segundo Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário, o integração da economia chinesa no sistema financeiro global e o reconhecimento do progresso das autoridades do país na reforma de sua estrutura monetária. A consequência de tudo isso é o fortalecimento da credibilidade internacional da economia da potência asiática, com suas repercussões evidentes no cenário mundial.

Outro benefício decorrente da iniciativa é a tranquilidade que pode trazer aos investidores, que nos últimos meses testemunharam o crescimento volatilidade dos mercados de ações da China. Da mesma forma, a nova dinâmica reduzirá o custo dos empréstimos e facilitará a expansão estrangeira das empresas chinesas.

A medida também ajudará a concretizar projetos de investimento estrangeiro que estavam pendentes, como o "Nova Rota da Seda" -que visa conectar a China com a Europa por terra e mar-, além de favorecer a construção de infraestruturas comerciais com os estados vizinhos. "Mas sim, para que essas circunstâncias se concretizem e o yuan permaneça na cesta no futuro, a China terá que continuar com as atuais reformas financeiras", dizem analistas.

Porém, o mercado reagiu sem choque a uma notícia que já era esperada mas onde haverá uma reação imediata é no peso que cada moeda tem nesta cesta, que é regida principalmente pelo valor do exportações. Ou seja, com esta revisão, o yuan pesará 10,9% na cesta, enquanto o euro cairá de 37% para 30,9%.