México, o país da América Latina onde é mais fácil fazer negócios

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O México lidera o ranking dos países latino-americanos em facilidade para fazer negócios, embora seja ainda mais fácil abrir uma empresa no Panamá. O relatório anual Doing Business faz uma classificação anual por país de acordo com os fatores que influenciam o início de uma empresa. Neste caso, analisamos o que acontece em América Latina, uma das áreas com mais empreendedores do mundo.

Este relatório analisa vários fatores a serem considerados ao iniciar um negócio. Vamos analisar os fatores um por um:

Inauguração de negócios

Em termos gerais, O México lidera os países da América Latina em facilidade de fazer negócios, ocupando a posição 47 no ranking mundial dos 190 países analisados, seguido por Colômbia 53 e Porto Rico 55. Na parte inferior, Venezuela e Brasil.

A “papelada” costuma ser um dos obstáculos mais importantes ao se abrir um negócio na América Latina. Se analisarmos as facilidades para abrir um novo negócio, o Panamá permanece com a primeira posição (posição 43 mundial), seguido por Porto Rico (51) e Chile (59). A abertura de uma empresa nesses países leva de 5 a 6 dias. Os trâmites burocráticos são muito mais simples do que no México, que ocupa a posição 93 e o tempo estimado é de 8 a 9 dias.

O Panamá é considerado um "paraíso fiscal" e, em apenas alguns dias, um estrangeiro pode abrir um negócio. Sem selo corporativo, sem auditorias e isenta do pagamento de impostos por benefícios gerados fora do país. Com uma infra-estrutura financeira desenvolvida, boas conexões de transporte e a força de seu canal, o Panamá está na mira de muitos empresários e empresários.

Crédito e financiamento

Se analisarmos a facilidade de obtenção de um empréstimo, fator decisivo para qualquer tipo de negócio ou investimento, os países latino-americanos colocaram as baterias para fornecer facilidades para obtenção de capital. Vários são os países que ocupam as primeiras posições do ranking internacional como a Colômbia; o país que oferece mais possibilidades e ocupa o 2º lugar no ranking mundial, atrás da Nova Zelândia. O México está em 5º lugar no mundo e em 2º na América Latina, seguido por Porto Rico, Honduras, Peru, Jamaica, Guatemala ou Panamá, todos eles entre os 20 melhores do mundo.

Sistema de taxas

Se falamos de agilidade no processamento de impostos, Honduras é o país em que menos tempo é gasto com tributação; 224 horas por ano, ou seja, 11,6% da jornada de trabalho, seguida da Colômbia (239 horas), que representa 12,4% da jornada de trabalho anual. A Colômbia é um dos países que reduziu sua carga tributária desde 2014.

No lado oposto, nos encontramos Brasil; que dedica 2.038 horas por ano à gestão tributária, ou seja, 255 dias úteis. É o país do mundo onde o sistema tributário é mais complexo; Seu sistema tributário é bastante diversificado em seus 26 estados federados e milhares de municípios, cada um com mecanismo próprio. A seguir vem a Venezuela, dedicando 792 horas.

O México ou o Chile, que se destacam por sua situação em outros aspectos do relatório, neste caso, estão em prazos intermediários, gastando 286 e 291 horas respectivamente. A média de toda a região da América Latina é de 342 horas, bem acima da OCDE, que é de 163.

Comércio internacional

O país onde é mais fácil estabelecer relações comerciais no exterior é El Salvador, que está na posição 44 do ranking mundial, seguido pelo panamá em 57. O México ocupa o 61º lugar em termos de facilidades de comércio transfronteiriço, apoiando-se nos anos anteriores, pois não tomou medidas suficientes para impulsioná-lo nos últimos anos.

A Colômbia, em 121º lugar, tem sido o país que mais impulsionou o comércio transfronteiriço, principalmente devido ao poder do comércio eletrônico na região. É o terceiro país com maior desenvolvimento digital da América Latina, segundo o último estudo da consultoria eMarketer.

Do outro lado da lista, estão os países onde há mais dificuldades para o comércio internacional; Venezuela na posição 187 dos 190 países e Brasil na posição 149.

A América Latina é uma região onde o trabalho autônomo e as PMEs ocupam mais de 60% da população ativa. O Banco Mundial chama esta região “A sementeira do jovem empreendedorismo”. Em países como México, Chile, Colômbia ou Bolívia, novas medidas estão sendo implementadas para promover jovens empresários que desejam criar seus negócios por meio; treinamento, auxílio de capital, apoio na definição de sua estratégia de negócios, políticas públicas de desenvolvimento regional

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