As consequências econômicas dos problemas técnicos da British Airways

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Anonim

Problemas técnicos sofridos pela British Airways no fim de semana passado levaram a uma grande quantidade de cancelamentos de voos e inúmeros atrasos. Segundo um relatório do Citigroup, esta série de falhas técnicas pode sair muito cara: nada mais e nada menos que 100 milhões de euros.

Por seu lado, o presidente e CEO da British Aiways, Alex Cruz, foi fortemente criticado por uma falha nos sistemas informáticos que deixou mais de 75.000 pessoas no terreno. Apesar de todo o buzz gerado, a agência de classificação Standard & Poor’s melhorou a classificação da companhia aérea, considerando a British Airways como uma empresa sólida e avaliando as falhas de computador da companhia aérea como um problema específico.

Compensação para os afetados

Estima-se que a falha informática sofrida pela British Airways possa ter um custo de cerca de 100 milhões de euros. Estes custos foram obtidos somando os 60 milhões de euros que poderiam chegar à indemnização aos passageiros mais os 40 milhões de euros que não puderam ser pagos num dia.

Refira-se que cada passageiro que sofreu um atraso superior a três horas pode receber 250 euros se a sua viagem foi até 1.500 quilómetros. O valor da indemnização aumenta se nos referirmos a voos até 3.000 quilómetros, para os quais os passageiros terão de ser indemnizados com 400 euros, enquanto falamos em indemnização de 600 euros para voos com distâncias superiores a 3.000 quilómetros.

Apesar de tudo, o relatório do Citigroup prevê que esse não será um problema de longo prazo para a empresa, pois é um problema temporário que pode ser resolvido com uma melhoria nos sistemas de informática.

Fortes críticas a Álex Cruz

O espanhol Álex Cruz, como presidente e CEO da British Airways, tem estado no olho do furacão de todas as críticas. Muitas vozes pediram sua renúncia. Independentemente disso, Willie Walsh, como CEO do International Airlines Group (IAG), mostrou seu apoio a Cruz.

Muitas pessoas condenaram a política de redução de custos realizada sob a direção de Álex Cruz. Muitos acreditam que a busca pela redução de custos causou erros nos sistemas de gerenciamento e TI. Nesse sentido, os sindicatos afirmam que isso se deve à transferência de 700 empregos do Departamento de Sistemas do Reino Unido para a Índia. Por sua vez, Álex Cruz nega que a terceirização dos cargos do departamento de TI para a Índia esteja relacionada às falhas técnicas sofridas pela British Airways.

Cruz, depois de obter sucessos significativos à frente da companhia aérea Vueling, assumiu as rédeas da British Airways em 2009. O gerente espanhol é conhecido por defender as companhias aéreas de baixo custo. Durante a sua passagem pela Vueling, conseguiu um equilíbrio entre companhias aéreas low cost como a Ryanair e empresas do setor com um perfil mais tradicional, como a Iberia. Apesar de tudo, Álex Cruz enfrenta duras críticas de consumidores, imprensa e sindicatos por sua política de redução de custos.

Aumentos de preços de ingressos e melhoria de classificação

As companhias aéreas British Airways e Iberia, comunicam por carta às agências de viagens que, a partir do mês de novembro, será cobrado um suplemento de 8 libras e 9,5 euros respetivamente pela reserva de bilhetes através do sistema GDS (Global Distribution System). Pelo contrário, ambas as companhias aéreas não cobrarão este suplemento se as passagens forem reservadas através do site das próprias companhias aéreas, nos escritórios, por telefone ou através de agências de viagens, desde que utilizem uma ligação NDC (New Distribution Capability).). A razão para a introdução deste suplemento é que a British Airways está tentando recuperar os custos de tecnologia.

O incidente sofrido nos serviços de TI da British Airways, que deixou tantos passageiros no solo, provocou quedas na bolsa da holding IAG (International Airlines Group). Lembre-se de que a British Airways responde por 60% do tráfego aéreo do IAG.

Apesar de tudo, a agência de classificação Standard & Poor’s, melhorou a classificação da British Airways, de BB para BB +. A Standard & Poor’s parece ver a companhia aérea britânica como uma empresa com perspectivas estáveis ​​e uma boa posição competitiva no setor. Pelo contrário, como ameaças à British Airways, a Standard & Poor’s aponta para possíveis variações nos preços do petróleo, vulnerabilidade a mudanças nos ciclos econômicos e outros eventos imprevistos.