O modelo de Miller e Orr engloba um conjunto de técnicas e decisões relativas à gestão da tesouraria de uma empresa e com vista a alcançar um equilíbrio considerado ótimo para a mesma com base nas suas características.
Esse modelo originado por Miller e Orr no final da década de 60 do século passado estabelece que em uma empresa as entradas e saídas de caixa geralmente não são constantes, devido ao seu próprio cotidiano. Eles são, portanto, aleatórios.
Isso porque o mais comum é que tanto as receitas quanto as despesas não são regulares e dizem respeito a dias melhores ou piores do ponto de vista comercial.
No nível básico, através da utilização do modelo de Miller e Orr, uma empresa é capaz de avaliar sua capacidade de sobrevivência e adaptação em momentos de escassez de dinheiro líquido ou caixa, podendo manter sua atividade econômica com alguma normalidade.
Neste sentido, a imprevisibilidade dos fluxos de caixa deve afetar a tomada de decisão de investimento da empresa, de forma que através da compra e venda de ativos financeiros temporários (como os seus depósitos) a sua gestão da tesouraria seja equilibrada e responsável.
Representação do Modelo Miller e Orr
Existe um campo delimitado por limites inferior e superior, que representa graficamente a gama de possibilidades entre as quais está o equilíbrio ideal:
Para o cálculo dos limites, Miller e Orr afirmam que:
Onde H é o limite superior e Z é o equilíbrio ideal. Por seu turno, o limite inferior L é regularmente estabelecido pela Direcção Financeira da empresa.
O cálculo do saldo ótimo em tesouraria seria o seguinte:
Onde Z é o saldo ótimo, b o custo de conversão, X2 a variância dos saldos de caixa diários da empresa ei o custo de oportunidade de manter dinheiro em tesouraria
Leituras do modelo de Miller e Orr
Quando o saldo se aproxima do limite acima (há excesso de tesouraria), a empresa deve comprar títulos com o objetivo de reduzir o saldo existente, enquanto se se aproxima do limite abaixo, é necessário realizar a venda dos títulos.
Habitualmente suele considerarse que aquellas empresas con mayor fluctuación en sus flujos deben establecer una mayor separación en sus límites superior e inferior de cara a la consecución de mayor estabilidad y evitar la toma de decisiones de inversión precipitadas o en exceso arriesgadas (por volatilidad de precios, em muitas ocasiões).
Por outro lado, a capacidade de comprar e vender títulos de investimento dependerá em grande parte dos custos associados ou de transação e das taxas de juros existentes no mercado a qualquer momento.
Por fim, o estudo econômico considera que este modelo representa uma evolução do modelo de Tobin e Baumol, no qual a principal diferença conceitual é o surgimento da característica de aleatoriedade dos fluxos.