Desemprego jovem: uma encruzilhada para a economia espanhola

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Anonim

A taxa de desemprego juvenil em Espanha continua a apresentar resultados muito distantes em comparação com os restantes países da União Europeia. Apesar do grande compromisso do país com a figura do empresário, as demais políticas realizadas podem agravar a situação.

Nos últimos anos, na Espanha, muita ênfase tem sido posta na necessidade de promover o empreendedorismo e a criação de negócios, a fim de continuar gerando um modelo produtivo para sustentar a economia nacional. O “boom empresarial” que o país tem vivido nos últimos anos, bem como o grande empenho que as empresas e o Governo têm assumido no domínio do empreendedorismo, tem despertado em muitos jovens o entusiasmo por começar na criação de empresas e negócios. .

No entanto, apesar dos esforços do Governo, o país continua a apresentar taxas de desemprego juvenil bastante elevadas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre de 2018, o país apresentava uma taxa de desemprego juvenil de 33%. Posicionando o país, desta forma, como o segundo país com maior desemprego juvenil da UE. Sendo superada, apenas, pela Grécia, com uma taxa de 42%. Números que mostram uma clara vulnerabilidade dos jovens espanhóis que, apesar de terem níveis de formação superiores aos da UE, não conseguem encontrar emprego.

Estes dados põem em causa se os trabalhos desenvolvidos pelo Governo espanhol, designadamente, têm repercussões na economia nacional. Pois bem, apesar de todos os esforços mencionados, a taxa de desemprego juvenil ainda é muito elevada. Apesar da redução que tem sofrido nos últimos anos, está a ocorrer de forma muito gradual e sem atingir o ponto óptimo para o país, o que reflecte os incentivos insuficientes que, por parte do Governo, estão a ser aplicados para corrigir este problema.

Como disse, se olharmos os dados divulgados pelo Governo em 2015, 2016 e 2017. A taxa de desemprego juvenil apresentou, respetivamente, níveis de 48,3% em 2015, 44,2% em 2016, 39,8% em 2017, portanto até 33 % que é apresentado em 2018. Como vemos, valores que ultrapassam, de longe, a média que a União Europeia lança, que se situa nos 16,8%. Como comentamos, uma redução muito progressiva e insuficiente que nos afasta dos principais países da UE, sendo a mesma taxa para a Alemanha de 6,6%.

Políticas de baixo impacto

Nos últimos meses, a OCDE, assim como outras organizações econômicas, instou o Governo espanhol a tomar medidas para reduzir, de uma vez por todas, esses problemas de desemprego. Para algumas organizações, os níveis de crescimento que a Espanha está experimentando não estão suficientemente ajustados às melhorias que o país está tendo em certos aspectos como o emprego e a capacitação dos jovens talentos.

Para o Governo, esses incentivos das agências acima mencionadas surtiram efeito. Por este motivo, alguns planos já foram colocados em prática para reduzir estes níveis, bem como os níveis de desemprego total, que também são bastante elevados em comparação com os restantes países membros da União Europeia. Para tal, o Presidente optou por penalizar alguns aspectos que agravam a situação, sendo os primeiros os contratos temporários.

A excessiva carga tributária e penalidades que o país vem aplicando, até o momento, pode levar a uma paralisação na geração de empregos. Para o presidente, penalizar o contrato temporário, ao invés de liberalizar e incentivar o contrato permanente, é a opção correta.

Como aconteceu com os orçamentos. O Governo continua a propor estratégias baseadas no aumento de impostos e intervenção governamental para melhorar a situação económica do país. Para o presidente, aumentar a contribuição previdenciária para os autônomos, para aumentar a arrecadação de impostos, tem sido a opção correta. No entanto, não foi levado em consideração o impacto que essa série de decisões poderia ter na taxa de afiliação ou no início de novas empresas.

Por último, embora os resultados obtidos não sejam tão negativos, visto que a Espanha está na vanguarda da criação de emprego juvenil, se é que me refiro ao referido. Pois bem, a Espanha continua apresentando parâmetros de emprego juvenil distantes de seus pares, como a Alemanha, que apresenta cifras de 6,6%. Como já foi dito, embora a Espanha seja um líder na geração de empregos para os jovens, devemos entender que também é um dos jovens mais desempregados do país, portanto a margem de crescimento é maior.

A isso devemos agregar o maior crescimento que o país experimentou. Pois bem, seria irresponsável dizer que todo esse emprego que o país tem gerado só é causado pelas políticas de governo adotadas. Se observarmos o crescimento dos países que integram a União Europeia, a Espanha apresenta valores de crescimento que, embora já tenham sofrido reajustes, ultrapassam os 3%, enquanto os restantes países desenvolvidos da área do euro ultrapassam significativamente os 2%.

Como estão os outros países?

Se olharmos para os países que lideram o crescimento econômico da União Europeia, um fator comum pode ser visto em todos eles. Factor que se repete nas suas políticas e que mostra um dos principais motivos que o levam a apresentar taxas de crescimento superiores às de outros países da União Europeia. Esses fatores são a redução de impostos, bem como a liberalização burocrática do país. No entanto, com base na fórmula simples de pressão tributária aplicada pela OCDE, que também é utilizada pelo Governo da Espanha, isso mostra uma falsa percepção da elevada carga tributária que o país possui.

Además, si echamos un vistazo a los Estados Unidos, podemos apreciar como la gran rebaja fiscal que llevo a cabo Estados Unidos a principio de año, ha llevado a la economía norteamericana a liderar el crecimiento económico, así como a registrar cifras de pleno empleo en o país. Portanto, a execução de uma série de políticas confiscatórias, baseadas no aumento de impostos, além de penalizar o maior percentual de contratos celebrados no país, pode ter um impacto negativo na economia.

Em conclusão, podemos constatar que, apesar do boom que teve a capacitação de jovens talentos, canalizando-o através do empreendedorismo, as taxas de desemprego juvenil continuam a ser muito elevadas. Os parâmetros do desemprego juvenil ainda estão longe dos valores apresentados pelos homólogos europeus.