O índice de democracia é um indicador que visa captar quantitativamente o estado da democracia em um grupo de 167 países.
O índice de democracia é produzido pela unidade de inteligência da empresa de mídia The Economist. A publicação do índice começou em 2006.
Metodologia
O índice possui uma escala de 0 a 10, onde os países são agrupados de acordo com os seguintes regimes:
- Democracia plena: entre 8 e 10.
- Democracia falha: entre 6 a 7,9.
- Regime híbrido: entre 4 e 5,9.
- Regime autoritário: abaixo de 4 pontos.
O índice é composto por 60 indicadores, divididos em 5 categorias. Esses indicadores são medidos com um sistema dicotômico e de três pontos. Ou seja, para alguns é 1 e 0, e para outros é 1, 0,5 e 0.
Categorias de índice de democracia
O índice inclui os seguintes parâmetros:
- Processo eleitoral e pluralismo: É levado em consideração se há uma variedade de candidatos e partidos, e se os cidadãos estão livres de ameaças de voto. Também se o quadro legal é adaptado a um processo sem vantagens.
- Funcionamento do Governo: Neste caso, é considerado se algum elemento externo às influências do governo civil eleito, como militares, potências estrangeiras e grupos religiosos. Além disso, outros elementos como confiança no governo, transparência do mandato e influência sobre o território são considerados.
- Participação política: Inclui a participação da população em idade eleitoral e, principalmente, feminina e grupos minoritários. Da mesma forma, considera a pró-atividade do Governo para promover a participação da população.
- Cultura política democrática: Aqui é importante destacar o desejo da população por um líder forte ou governo militar. A tradição religiosa e sua separação do Estado também são medidas, assim como outras formas de governo fora da democracia, como a tecnocracia.
- Liberdades civis: Inclui liberdade de expressão, acesso à Internet, separação de poderes, segurança pública e igualdade perante a lei, entre outros.
Importância do índice de democracia
Não há consenso sobre a definição de democracia, o que limita sua medição. A revista The Economist parte dos elementos comuns que a compõem para desenvolver sua medição. Apesar disso, é necessário ter ferramentas que possam alertar sobre a situação política no mundo.
A democracia consiste na eleição de representantes da população que desenvolvem políticas em favor da sociedade. Portanto, se este sistema for pervertido, indica que os referidos representantes atuam em prol de seus interesses pessoais e não dos da maioria. Nesse caso, é necessário saber quando isso acontece, por que acontece e como se compara com o resto dos países. Aí reside a importância de realizar essas medições regularmente, bem como estabelecê-las em escalas mensuráveis, menos subjetivas do que uma opinião qualitativa de especialistas.
Por fim, deve-se observar que este índice, como todos eles, é aperfeiçoável. Uma crítica recorrente a esses índices é o uso de especialistas para avaliar alguns indicadores. Provavelmente, o principal descontentamento é o preconceito que esses especialistas podem ter, bem como a transparência de suas opiniões. Por outro lado, também utilizam resultados de pesquisas, característica importante por apresentarem a opinião de uma parcela representativa da população.
