O software proprietário consiste naqueles programas com um autor definido que negam de qualquer forma o livre acesso ao código-fonte, seja para modificá-lo, estudá-lo ou distribuí-lo.
Este tipo de software também é muitas vezes referido como "software proprietário", uma vez que, além de ter um ou mais proprietários específicos, o que realmente torna o software não-livre é sua natureza proprietária.
Além disso, geralmente se presume que o software proprietário é de uma entidade privada que busca lucratividade direta com ele. Não precisa ser assim. Pode haver um cenário em que uma pessoa ou empresa desenvolve software cujo código-fonte não pode ser acessado, mas cujo uso é gratuito, embora não seja gratuito.
Quando falamos em uso gratuito, queremos dizer que pode não haver contraprestação monetária direta, mas, caso contrário, pode haver compras dentro do mesmo programa e até pagamentos em forma de dados, neste caso pessoais.
Origem do software proprietário
O início do software proprietário ocorreu entre as décadas de 70 e 80. IBM e Microsoft foram as empresas que promoveram as práticas de criação e desenvolvimento de programas com acesso restrito ao código ou, em outras palavras, código fechado.
Foi ao mesmo tempo que surgiram os movimentos a favor do software livre, que até o surgimento do software proprietário era o modus operandi mais difundido de colaboração, desenvolvimento e distribuição de software. Assim, encontramos duas figuras totalmente diferentes na forma de conceber o software. Por um lado, temos Richard Matthew Stallman, criador da ‘Free Software Foundation’. Por outro lado, teríamos Bill Gates, fundador da Microsoft.
O software proprietário é de longe o tipo de software mais amplamente distribuído. Sem ir mais longe, o sistema operacional mais usado no mundo, o Windows, ultrapassa em muito o número de usuários que usam Linux ou uma de suas variantes.
Recursos de software proprietário
Embora seja verdade que o manifesto e as regras que cercam o software livre são inclusivos e não discriminam com base no poder de compra, existem certas vantagens que caracterizam o software proprietário:
- Suporte ao cliente: Consiste no suporte especializado prestado pela empresa proprietária do software aos seus usuários com atualizações e manutenção dos mesmos.
- Especialização e segmentação: Quando uma empresa cria e desenvolve software, concentra seus recursos em fazer de sua utilidade e valor agregado um elemento diferenciador em relação a outras alternativas de software, sejam eles proprietários ou de uso livre.
- Controle a favor do autor e uso malicioso: Este é talvez o fator mais importante do software proprietário, pois estabelece uma autoria e, portanto, um crédito a favor do autor. Por outro lado, o controle do uso fraudulento ou antiético do software é garantido com o fechamento do código.
Embora o software livre seja regido pelo copyleft, o software pode ter características proprietárias e livres. Um exemplo seria um programa que só permitisse o acesso ao seu código para estudo e também fosse distribuído gratuitamente, mas não modificado livremente.
Exemplos de software proprietário
Alguns dos exemplos mais conhecidos de software proprietário no mundo da computação são:
- Sistemas operacionais: Windows, Chrome OS e macOS.
- Programas de segurança cibernética: Norton, Kasperski ou Panda.
- Software empresarial: SAP, SAGE ou Matlab.
- Aplicações comerciais: Google Drive, Skype ou Microsoft Edge.
- Software de videogame e entretenimento: FIFA, Spotify ou Netflix.
Cada software citado possui direitos autorais de uma empresa que está por trás de sua criação e desenvolvimento.