Os testes de estresse são testes realizados nas entidades para avaliar sua situação financeira e verificar a estabilidade do sistema financeiro diante de possíveis cenários de contágio ou risco sistêmico.. O teste de estresse é um caso de cenário extremo na análise de cenário.
Para a realização destes testes, os componentes do ativo e do passivo de um Banco ou empresa são submetidos a diferentes situações tanto em cenários que acompanham a evolução positiva da economia como na macroeconomia., como em cenários mais complicados. Esses tipos de práticas são simulações que visam conter e antecipar momentos de pânico bancário ou corrida ao banco em ingles.
No mundo dos investimentos, é frequentemente usado como um complemento à análise VAR, porque reflete resultados que não aparecem no VAR. O teste de estresse
Os países da União Europeia pretendem demonstrar aos investidores após os apoios públicos concedidos - 4,6 mil milhões de euros entre garantias que as entidades têm de pagar pelas garantias oferecidas, recapitalizações e fusões - que estão a ser tomadas medidas para evitar situações adversas devido ao agravamento da o volume de negócios e o aparecimento de perdas na carteira de crédito, bem como a deterioração da valorização de alguns ativos, especialmente os imóveis.
Os primeiros testes de esforço bancário foram realizados pelo Comité de Supervisores Bancários desde 2009 e são realizados anualmente, com a colaboração do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia (CE).
Método de cálculo de teste de estresse
Para fazer face às crises financeiras em que são satisfeitas determinadas condições, como o aumento do nível de desemprego, o não pagamento dos créditos concedidos pelos Bancos e a perda de valor dos investimentos, os testes de stress seguem a seguinte metodologia geral de cálculo .
Eles são medidos a partir do indicador Tier 1 ou Nível 1. Esse coeficiente mede a solvência dos bancos. Nesse caso, os testes analisam o que cada banco possui de capital mais reservas, lucros não distribuídos e ações preferenciais perpétuas (ou cotas de participação no caso das caixas econômicas) para fazer frente aos ativos, empréstimos concedidos, ações e demais aplicações de risco. Ou seja, o dinheiro que garantiram ou os recursos próprios, em relação ao que comprometeram num investimento que não é totalmente seguro. Como regra geral, os supervisores definiram um mínimo de Nível 1 de 6%. Quanto maior for essa porcentagem, maior será a qualidade de crédito.
Nos acordos de basileia você pode ver a evolução nas diretrizes definidas a este respeito, a fim de corrigir problemas adicionais, como liquidez, risco de não conformidade ou o apaziguamento financeiro.
Possíveis cenários de teste de estresse
Os seguintes cenários são estabelecidos para o cálculo desses testes de desempenho:
- Cenário normal: Este é o mais estável no nível macroeconômico. As contas dos bancos são estudadas e reconciliadas para verificar se estão de acordo com a situação atual do mercado.
- Cenário complicado: Deterioração da situação macroeconômica, os efeitos de uma queda no PIB de 3%, nível a partir do qual deixa de criar empregos de forma sustentável, os ativos dos bancos são ponderados pelo seu nível de risco, por exemplo, um empréstimo concedido sem garantias pesa 100%, porém, um título do Estado alemão como o O Bund pondera em 0% as perdas de valor dos ativos financeiros e o capital final obtido após a contabilização da ajuda pública recebida.
- Crise da dívida de um país: É o cenário mais complicado. Visa estabelecer a solvência caso a dívida de um país tenha cifras avassaladoras, como a Grécia com 25%, Portugal com 15% ou a Espanha com 12%.
Os bancos ou entidades que não passam no teste de estresse possuem mecanismos para sair dessa situação, e são os seguintes:
- Vá ao setor privado e ao mercado para poder se financiar.
- Fundo de emergência da UE para a defesa do euro.
- Fundo de reestruturação bancária ordenada (FROB) no caso da Espanha.
Razão CET 1 (%) | ||||
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País | 15 bancos | 2013 | 2016 | |
Bas. | Adv. | |||
ISSO É | Banco Financeiro e de Poupança | 10,6% | 14,3% | 10,3% |
ISSO É | Bancos de poupança rurais unidos | 9,9% | 10,2% | 8,0% |
ISSO É | Catalunya Banc | 12,2% | 12,5% | 8,0% |
ISSO É | Poupança e M.P. de Zaragoza | 10,0% | 10,6% | 7,9% |
ISSO É | Kutxabank | 12,1% | 13,1% | 11,9% |
ISSO É | Liberbank | 7,8% | 9,4% | 5,6% |
ISSO É | Banco NCG | 10,2% | 13,9% | 9,1% |
ISSO É | MPCA Ronda | 10,9% | 11,9% | 8,9% |
ISSO É | Banco Santander | 10,4% | 12,0% | 8,9% |
ISSO É | Banco Bilbao Vizcaya Argentaria | 10,5% | 10,6% | 9,0% |
ISSO É | Banco de Poupança e Pensões de Barcelona | 10,3% | 11,6% | 9,3% |
ISSO É | Banco Popular Español | 10,1% | 10,9% | 7,6% |
ISSO É | Banco de Sabadell | 10,3% | 10,2% | 8,3% |
ISSO É | Banco Mare Nostrum | 9,0% | 11,5% | 8,1% |
ISSO É | Bankinter | 11,7% | 12,9% | 11,0% |
Exemplo de teste de estresse
Diante de quedas do PIB desde o início da crise até agora perto de 4,5%, um exemplo de transparência nos testes tem sido a Espanha.
Ao publicar os dados de mais de 95% do seu sistema financeiro, entrando mesmo em mais aspectos do que o resto da Europa, como, por exemplo, nas carteiras imobiliárias dos seus bancos. Em 2014, dos 15 bancos espanhóis testados, apenas um, o Liberbank, foi suspenso numa das fases de teste com um défice de capital de 35 milhões de euros (valor relativamente baixo em relação ao semestre). Além disso, após uma análise da qualidade dos seus ativos, o valor foi de 1,6 em comparação com a média da UE, que foi de 3,5%.
Teste ácido