A função de produção refere-se à quantidade de bens que podem ser produzidos no máximo com uma determinada quantidade de recursos.
Na produção de qualquer bem (ou serviço), as empresas precisam de trabalho (recursos humanos), ou seja, trabalhadores, e capital, como máquinas e outros recursos produtivos (computadores, veículos …)
Assim, construímos a função de produção: Y = f (L, K); o que nos diz que a produção de uma empresa (Y) depende da quantidade de trabalho (L) e da quantidade de capital (K).
Capacidade de produçãoRepresentação da função de produção
A inclinação da curva de produção é positiva, mas decrescente. Positivo porque mais trabalhadores serão necessários com maior produção (há uma relação direta) e decrescente porque mesmo que a produção aumente, o aumento do trabalho o fará em uma porcentagem cada vez menor.
Por exemplo, temos uma tarefa que precisa de duas pessoas para terminar em uma hora, se contratarmos mais duas, a tarefa será feita em meia hora, mas chega um momento em que continuar contratando mais funcionários não contribui em nada. Pode até ficar negativo, se o número de empregados for tão alto que eles atrapalhem uns aos outros, conforme explicado pela lei dos retornos marginais decrescentes.
Variações no trabalho dão origem a movimentos ao longo da curva, enquanto, se a variação for capital, há um movimento da mesma curva. No caso de os recursos de capital aumentarem para uma determinada quantidade de empregos, a curva se deslocará para cima e vice-versa.
Os recursos produtivos de uma sociedade dependem de sua capacidade de economizar. Se houver poupança, haverá mais investimento, aumentando assim os recursos produtivos no longo prazo, gerando assim maior produção.
Mas a função de produção pode mudar se introduzirmos terra (T) e tecnologia (A), deixando a função de produção como: Y = f (L, K, T, A). Em outras versões da função de produção, o fator terra é chamado de recursos naturais (N), como energia, pesca … e em vez de incluir tecnologia, o capital humano está incluído (H), ou seja, o nível de treinamento da população. Somando esses dois fatores de produção, a função de produção seria: Y = f (L, K, N, H). Essas duas variáveis funcionariam da mesma forma que K, ou seja, se houvesse alguma variação em N ou H, haveria um deslocamento na curva.
Função de produção Cobb Douglas
A função de produção Cobb Douglas é uma função de produção frequentemente utilizada na economia, é uma abordagem neoclássica para estimar a função de produção de um país e assim projetar o crescimento econômico esperado.
Para representar as relações entre o produto obtido, utiliza-se as variações nos insumos capital (K) e trabalho (L), aos quais foi adicionada posteriormente a tecnologia (A), também chamada de produtividade total dos fatores (PTF).
Nos estudos de Uzawa (1965) e Lucas (1988), o capital humano foi introduzido como a principal variável da função de produção Cobb-Douglas, substituindo o fator trabalho (L) pelo fator capital humano (H), e mantendo a tecnologia ( A) e capital financeiro (k):
