A taxa natural de desemprego é aquela que representa um nível de desemprego que não pode ser reduzido e que faz parte do que é considerado normal em uma economia. Esse nível geralmente oscila entre 2% e 5% e faz parte do desemprego friccional da população.
A taxa natural de desemprego existe, em parte, porque alguns trabalhadores largaram o emprego, perdendo renda por um tempo, por diversos motivos. Podem ser, por exemplo, a aspiração a uma melhor oportunidade profissional ou a distância do local de trabalho.
Ou seja, mesmo quando há pleno emprego, certas pessoas podem decidir ficar desempregadas. Isso é conhecido como desemprego friccional, uma vez que as pessoas precisam de tempo para encontrar o emprego certo.
É normal que os trabalhadores mudem de empresa porque o mercado de trabalho é flexível. Por exemplo, imagine que um engenheiro trabalhe para a empresa X, mas outra empresa Y oferece a ele melhores condições econômicas. No entanto, pode haver um intervalo de tempo, suponha que um mês, entre o trabalhador deixar uma empresa e entrar em outra. Isso, porque talvez você precise passar por uma série de entrevistas.
Por outro lado, existem setores com mais mobilidade do que outros. Por exemplo, o setor financeiro ou o setor de informática e comunicações são altamente móveis nas economias desenvolvidas.
Deve-se notar que a taxa de desemprego natural é equivalente à taxa de desemprego de equilíbrio de longo prazo
Desenvolvimento da teoria da taxa natural de desemprego
A taxa de desemprego pode variar devido a imperfeições no mercado de trabalho e é afetada por muitas variáveis. São eles a demanda agregada, a existência de ajuda pública e subsídio ao desemprego, inflação, incentivos fiscais à contratação, o salário mínimo e todo tipo de ajuda social em uma economia com um forte estado de bem-estar.
Regulamentações públicas, como aumento de impostos ou qualquer regulamentação que impeça o bom funcionamento do mercado de trabalho, também têm influência.
Em suma, a taxa de desemprego de equilíbrio de longo prazo está intimamente relacionada à NAIRU, que é a taxa de desemprego não acelerada da inflação. Este foi desenvolvido através da curva de Phillips, onde existe uma correlação negativa entre a taxa de desemprego e a inflação.
Por outro lado, o economista que recebeu um nobel da economia, Joseph E. Stiglitz, disse que os governos devem realizar políticas estruturais que lhes permitam corrigir o desemprego e que a política não deve se concentrar apenas na inflação, pois o mercado de trabalho é instável.
Desemprego estrutural