Deflação - O que é, definição e conceito

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Anonim

A deflação é uma contração da oferta de moeda em uma economia, que pode causar um declínio geral dos preços em uma economia. Ou seja, o oposto da inflação.

A queda dos preços ocorre em decorrência da redução da oferta monetária, o que aumenta o valor da moeda, aumentando assim seu poder de compra. Com a mesma quantidade de dinheiro podemos comprar mais coisas. Quando há deflação de preços, os bens e serviços disponíveis em uma economia caem de preço. Em outras palavras, os produtos ficam mais baratos.

Na teoria econômica, a deflação é a redução da oferta de moeda. Seu efeito imediato é geralmente a deflação de preços. Por esse motivo, o conceito de deflação é frequentemente usado coloquialmente para se referir ao declínio geral dos preços de bens e serviços. Como nosso objetivo é simplificar a economia, vamos chamar a queda geral dos preços de deflação.

Deflação e a lei da oferta e demanda

A deflação de preços não surge apenas da contração da oferta monetária, mas também pode ocorrer quando a oferta de bens e serviços em uma economia é maior do que a demanda. Portanto, para vender todos os seus produtos, os empresários são obrigados a baixar os preços.

Isso pode ser causado por uma queda na demanda como resultado de uma contração na economia. Provocado, por exemplo, pelo medo de uma recessão econômica que reduza a demanda por bens e serviços, o que é negativo para a economia.

Mas também pode ocorrer como resultado de um aumento na produção, que faz com que a quantidade disponível de bens e serviços aumente mais rápido do que a oferta de moeda, levando a um excesso de oferta de moeda. Nesse caso, a deflação é boa para a economia. Em suma, a deflação evolui (entre outros fatores) de acordo com a lei da oferta e da demanda.

Vantagens da deflação

Ao baixar os preços dos bens e serviços, se os salários forem mantidos, a quantidade de coisas que podem ser compradas com o mesmo salário aumentará, ou seja, o poder de compra aumentará. Quando isso acontece, os empregadores decidem investir mais em bens de capital e menos nos trabalhadores, gerando uma mudança do emprego para empregos mais produtivos e de maior valor agregado.

Além disso, a deflação incentiva a poupança, o que faz com que os preços continuem caindo e menos seja consumido. Essa economia também renderá mais dinheiro para emprestar (mais oferta de moeda), o que fará com que as taxas de juros caiam.

A deflação compensa os desalinhamentos nos ciclos de negócios e aumentos de preços excessivamente altos. Como consequência do ciclo expansionista de uma economia, muitas vezes ocorrem aumentos exagerados de preços, o que favorece os vendedores. Portanto, uma deflação de preços será um ajuste que traz os preços ao equilíbrio, favorecendo os compradores.

Causas de deflação

A deflação tem apenas duas causas possíveis:

  • Demanda reduzida. Quando a demanda é reduzida em uma determinada economia, os preços tendem a cair, gerando deflação.
  • Excesso de oferta. Ao contrário, quando há um aumento da oferta que o mercado não consegue absorver, ocorre uma redução dos preços.

Consequências da deflação

Entre os diferentes efeitos da deflação, destacamos os mais importantes:

  • Consumo desincentivo. O consumidor considera que é melhor esperar do que comprar porque os preços caem.
  • Aumente a economia. Isso ocorre porque o dinheiro economizado valerá mais no futuro do que no presente.
  • O valor real da dívida aumenta. Quando o valor do dinheiro aumenta, o valor real da dívida aumenta.
  • O desemprego aumenta. Isso se deve a uma redução na receita do negócio.

Desvantagens da deflação

À primeira vista poderíamos pensar que é bom, que para o nosso bolso seria melhor, pois com a mesma quantidade de dinheiro poderíamos comprar uma quantidade maior de mercadorias. No entanto, a deflação cria uma espiral viciosa de queda de preços, salários e produção, que em muitos casos prejudica as economias e pode criar ou agravar recessões.

A deflação pode ser perigosa, pois gera um ciclo vicioso de preços mais baixos e isso provoca a estagnação do consumo da economia. As empresas reduzem a produção porque há menos consumo e, portanto, são obrigadas a despedir trabalhadores. O que, por sua vez, produz menos consumo e novamente um excesso de oferta, o que faz com que os preços caiam. Isso é conhecido como espiral deflacionária.

A deflação é um problema de expectativas de preços futuros. Se um banco central anuncia que os preços vão cair, os agentes que nele atuam decidiriam adiar suas compras até que essa queda fosse real, pois pensariam: por que comprar hoje se amanhã será mais barato?

Por essa razão, os bancos centrais de todo o mundo têm como objetivo a estabilidade de preços, buscando uma inflação em torno de 2% (ela difere entre os bancos centrais, mas nunca está muito próxima de 0).

Inflação excessiva é ruim, mas é ainda mais perigoso cair em deflação, daí o esforço dos bancos centrais para obter sempre uma inflação baixa, mas positiva. Principalmente pelo fato de a deflação ser um dos maiores temores de qualquer gestor econômico de um país, pois provoca crises econômicas de longo prazo.