A escola estruturalista é uma escola de pensamento econômico, formada por psicólogos e sociólogos em 1950. É conhecida pelo estudo dos problemas que as empresas sofrem, bem como sua origem. E tudo isso baseado em pilares como comunicação e autoridade.
A escola estruturalista, portanto, é uma escola que concentra seus estudos em um determinado ramo das ciências econômicas: a economia empresarial. Nesse sentido, observa-se que os problemas para as empresas decorrem de quatro elementos-chave que são: a comunicação, a autoridade, a estrutura comportamental e a estrutura de formalização.
Portanto, esta corrente de pensamento visa estudar os problemas vivenciados pelas empresas, com base nos pilares citados anteriormente. Como consequência da baixa produtividade das empresas no final da década de 1950, economistas e membros da escola estruturalista buscam responder aos problemas que desencadearam essa baixa produtividade. Isso, com base nos recursos humanos e na estrutura da empresa.
Em outras palavras, esta escola combina economia com psicologia e sociologia. Desse modo, busca dar respostas com ciências complementares que possam ser relevantes no estudo das corporações.
Assim, esta escola implementa técnicas das ciências sociais, observando se existem outras variáveis que influenciam os problemas empresariais e que devemos ter em consideração, e que, por não terem integrado a análise complementar psicológica e humana, não foram detectadas a priori .
Entre os mais destacados autores estruturalistas, destaca-se o sociólogo e economista alemão Max Weber.
Características da escola estruturalista
Dentre as características mais marcantes da escola estruturalista, destacam-se as seguintes:
- Baseia-se no estudo da Economia da empresa.
- Observe os problemas que as empresas vivenciam, e isso, procurando encontrar os fatores que os destacam.
- Para seu estudo, implementa, além da economia, técnicas relacionadas à sociologia e à psicologia. Assim, baseia-se em quatro pilares que devem ser estudados com técnicas dessas outras ciências. Esses pilares são a autoridade, a comunicação, a estrutura comportamental e a estrutura de formalização.
- Com base nesses quatro pilares, busca responder aos problemas enfrentados pelas empresas em relação à produtividade, lucro e motivação do pessoal, entre outros.
- Os estruturalistas mais importantes basearam suas idéias nas obras do mais proeminente deles, o alemão Max Weber.
Pilares do pensamento estruturalista
Para o desenvolvimento de teorias estruturalistas, os autores desta escola de pensamento basearam essas ideias em quatro elementos comuns que todas as empresas apresentam. Elementos que, portanto, poderiam ter algo a ver com seu comportamento e, portanto, em seus sucessos e fracassos.
Assim, estamos falando de quatro elementos, que são os seguintes:
- Comunicação: A comunicação entre os membros de uma empresa, em maior ou menor grau, condiciona o sucesso da empresa.
- Autoridade: Todas as empresas possuem uma estrutura, que designa a hierarquia nas relações existentes entre os membros da empresa. E nós temos pessoas que cuidam dos outros, por isso é outro elemento a ter em conta.
- Estrutura comportamental: É a forma como se comportam as pessoas que trabalham na empresa, bem como a forma como é efectuada a divisão do trabalho, e isso influencia os trabalhadores.
- Estrutura de formalização: As regras e regulamentos sob os quais a empresa desenvolve a sua atividade. Ou seja, o quadro institucional em que os colaboradores da empresa devem viver e trabalhar.
Como podemos perceber, estamos falando de elementos intimamente relacionados a áreas como a sociologia, com base no estudo do comportamento humano, e também a psicologia, que possui características semelhantes, mas com foco no estudo da mente humana.
Os estruturalistas, graças às técnicas desenvolvidas, concentraram seus estudos na burocracia (e seu efeito nas empresas) e na influência dos recursos humanos no sucesso ou no fracasso das empresas. Em suma, ele focou seus estudos no comportamento das empresas, estudando o fator humano que elas apresentam.
Teorias da escola estruturalista
Como toda corrente de pensamento econômico, a teoria da escola estruturalista se apóia em uma série de pilares que, neste caso, foram desenvolvidos pelo renomado economista Max Weber. Com base nos textos de Weber, os estruturalistas formularam muitas de suas hipóteses.
Assim, esta escola destaca-se pelo estudo de como o componente humano influencia dentro de uma empresa, com base nos pilares citados. Nesse sentido, investiga como as relações de autoridade, comunicação, burocracia e excesso de regras, entre outros aspectos, impactam o funcionamento da firma.
E é que, na empresa, como na vida, o ser humano tem necessidades que podem ou não ser satisfeitas pela empresa, e seus gestores. Quando essas necessidades não são satisfeitas e a administração não apresenta interesses alinhados aos apresentados por seus quadros, podem surgir conflitos com sérios efeitos no sucesso ou no fracasso da própria organização.
Dessa forma, muitas teorias são desenvolvidas que consideram o fator humano como fator determinante no funcionamento da empresa, estendendo-se a muitos outros campos ao longo do tempo.
Autores Escolares Estruturalistas Mais Notáveis
O autor mais conhecido da escola estruturalista, ou o que poderíamos chamar de seu autor por excelência, é o economista e sociólogo alemão Max Weber.
Por meio dos textos de Weber, a escola estruturalista desenvolveu inúmeros postulados a serem levados em consideração no estudo da economia.
No entanto, além de Weber, é conveniente destacar outros nomes de relevância:
- Ralph Dahrendorf.
- Chester Barnard.
- Amitai Etzioni.
- Renate Mayntz.
A escola estruturalista na América Latina
Deve-se notar as diferenças entre a escola estruturalista citada neste artigo, e a escola estruturalista que se desenvolve na América Latina, bem como nos diferentes países que compõem essa rica região.
Nesse sentido, a escola estruturalista na América Latina é aquela corrente de pensamento que considera que os problemas sofridos pela região latino-americana são causados pelo mau funcionamento do sistema em que nos desenvolvemos: o sistema capitalista.
Para resolver os problemas da região, portanto, os estruturalistas consideram necessário fazer frente a reformas e mudanças estruturais que, nesse sentido, permitam o bom funcionamento dessas economias; eliminando, em seu rastro, o componente capitalista e caminhando para um novo modelo menos nocivo para a região.
Dada a natureza emergente e as divergências com as economias desenvolvidas, os estruturalistas consideram que essas economias (latino-americanas) estão estagnadas por vários problemas estruturais que, com reformas do mesmo tipo, devem ser combatidos para alcançar um verdadeiro desenvolvimento que permita a convergência; embora as reformas sejam feitas em detrimento das economias desenvolvidas.
Graças ao surgimento dessa tendência, iniciativas como a criação da CEPAL foram desenvolvidas. Ou seja, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, criada em 1948 pelas Nações Unidas.