Como são financiados os grandes clubes de futebol?

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Anonim

Basta dar uma olhada nos principais jornais esportivos para perceber as quantias astronômicas que os clubes de futebol gastam em transferências. Tomemos por exemplo a contratação de Cristiano Ronaldo pela Juventus de Turim, que totalizou 112 milhões de euros. Também não devemos esquecer os altos salários desses atletas de elite. No entanto, muitos se perguntam, como os clubes de futebol podem custear despesas tão exorbitantes?

Pois bem, convém referir que as principais fontes de financiamento dos clubes de futebol são os direitos televisivos, o patrocínio, o merchandising e a venda de jogadores. De referir também que existem muitos clubes que por vezes recorrem a empréstimos bancários.

Direitos de televisão

A grande fonte de financiamento dos clubes de futebol são os direitos televisivos. O futebol é um esporte de mídia tão grande que as redes de televisão são capazes de colocar um bilhão na mesa para transmitir competições de alto nível, como a Premier League ou a Champions League.

A audiência está no comando e as redes de televisão são capazes de desembolsar somas colossais de dinheiro para ganhar os direitos de transmissão das melhores competições de futebol.

Assim, os direitos televisivos, como principal fonte de financiamento das equipas de futebol, registaram um aumento notável nas últimas temporadas. Os valores que os clubes recebem de competições como a Série A, Bundesliga, La Liga, Premier League ou Ligue 1, aumentaram nos últimos anos. Vale a pena ler um relatório da Deloitte sobre o financiamento de clubes de futebol. E é que, pelo menos 50% de sua receita vem dos direitos pagos pelas redes de televisão e rádios.

Patrocínio

Em segundo lugar, encontramos patrocínio. Essa atividade representa entre 20% e 30% da receita. Para as marcas de roupas esportivas, a forma de ganhar prestígio e visibilidade é fornecer equipamentos esportivos aos melhores times de futebol e às maiores estrelas.

Não são apenas os fabricantes de roupas esportivas que procuram um lugar nessa grande vitrine que é o futebol. Companhias aéreas, casas de apostas, montadoras de automóveis, bancos, seguradoras, empresas de energia ou de telecomunicações lutam para aparecer na frente dos elásticos dos clubes de maior sucesso. Então a mídia é o chamado belo esporte que o futebol acaba se tornando mais um meio para a estratégia de marketing de grandes empresas.

Grandes competições

O sucesso nas grandes competições é fundamental nas contas de resultados dos clubes de futebol. Só nesta época da UEFA Champions League, cada equipa terá receitas de cerca de 15 milhões de euros apenas pela participação. As vitórias são pagas a 2,7 milhões de euros, sendo que cada sorteio significa um rendimento de 0,9 milhões de euros.

Conforme uma equipe passa por baterias, ela é recompensada com uma quantia crescente. Portanto, quanto mais sucesso, maior será a receita na demonstração do resultado. Neste sentido, importa referir que o vencedor da Liga dos Campeões receberá 54 milhões de euros. Daí a importância de fazer um bom trabalho nas competições europeias.

Transferências

A venda de um craque representa, sem dúvida, uma grande fonte de receita para os clubes de futebol. Recordemos a transferência de Neymar para o Paris Saint-Germain em 2017 (o mais caro da história), que ascendeu a um total de 222 milhões de euros. No entanto, grande parte dessa receita acaba sendo absorvida pelo alto custo do pagamento dos salários dos jogadores de futebol.

A chegada de uma rachadura não é um grande dispêndio. As estrelas do futebol, economicamente, são ativos muito lucrativos. Prova disso foi a chegada de Cristiano Ronaldo à Juventus de Torino no verão de 2018. Somente no dia de sua chegada, as ações da seleção transalpina subiram 40%.

O exemplo de Cristiano Ronaldo também ilustra perfeitamente o impacto de uma estrela do futebol nas vendas de camisetas. Também no primeiro dia da sua chegada, a Juventus vendeu cerca de 520.000 camisolas, o que resultou em vendas de 67 milhões de euros. No entanto, desse total, a Juventus entrou apenas 6,7 milhões de euros. Em todo o caso, é mais do que comprovado que as grandes estrelas estimulam de forma espetacular as vendas de merchandising dos clubes de futebol.

Financiamento bancário

Quando os direitos televisivos, o patrocínio e a venda de camisolas não bastam, os clubes recorrem frequentemente a financiamentos bancários. De referir que, embora os bancos concedam financiamentos aos clubes, não demonstram confiança excessiva neste tipo de entidade desportiva. Portanto, os clubes devem enfrentar taxas de juros mais altas. Estamos falando de taxas que podem variar de 3,5% a 10%.

Para conceder crédito aos clubes, os bancos exigem garantias. Porém, às vezes, alguns clubes não desejam divulgar informações financeiras, pois não desejam divulgar seu modelo de negócios.

No entanto, a chegada do fair play financeiro, embora não seja uma garantia, foi bem recebida pelo mundo bancário e financeiro. Lembre-se de que o fair play financeiro é uma série de restrições econômicas impostas pela UEFA para evitar dívidas excessivas e falências, permitindo aos clubes despesas razoáveis.

A cada temporada, os dirigentes das grandes entidades do futebol tentarão equilibrar as contas. Assim, as directivas vão tentar fazer grandes contratações, pagar os salários dos jogadores e pagar as instalações desportivas com receitas de patrocínios, direitos de televisão, venda de merchandising e se a situação o exigir, com empréstimos bancários.