Destaques da reunião do Fórum Econômico Mundial de Davos em 2018

Há poucos dias foi realizada na cidade de Davos a 48ª edição do Fórum Econômico Mundial. Uma edição recheada de grandes lideranças que deixaram suas opiniões e conclusões sobre os principais temas que preocupam o mundo hoje. Em Economy-Wiki.com, queríamos revisar os tópicos mais importantes que foram cobertos neste importante evento.

Alguns dias se passaram desde a 48ª reunião organizada pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) na conhecida cidade suíça, que dá ao fórum o nome de Davos.

Em resumo, o Fórum de Davos é um evento anual organizado pelo Fórum Econômico Mundial onde os principais líderes mundiais, junto com grandes empresários e presidentes institucionais de sucesso, assim como inúmeros professores e personalidades do mundo especializado, vêm à cidade de Davos para realizar um Cimeira e discute os temas mais relevantes da situação mundial.

Incontáveis ​​rostos familiares compareceram ao evento deste ano. De Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ao Rei Felipe VI, monarca da Espanha, passando por Theresa May, Angela Merkel, Emmanuel Macrón e todos os representantes políticos e institucionais dos principais países do mundo.

A grosso modo, poderíamos dizer que compareceram todas as personalidades que hoje dirigem o mundo e os países e instituições que o compõem. O Fórum de Davos representa o evento econômico e político mais importante do mundo.

Muitos foram os temas discutidos nos três dias de cúpula. Nele pudemos ver grandes intervenções da mais alta qualidade, das quais foram tiradas grandes conclusões e ideias muito interessantes e aplicáveis ​​para a melhoria do mundo e das relações entre os países que o compõem …

Como sempre acontece neste tipo de evento onde se reúnem grandes representantes políticos, a tensão entre eles é a curiosidade que percorre os arredores onde foram feitas as apresentações, além de saber que todos os olhares estavam voltados para o Fórum e seu ciclo de conferências, o mórbido era ainda maior.

Como já dissemos, passaram-se alguns dias desde a sua celebração e muitas foram as conclusões que as grandes eminências mundiais nos deixaram. Não é fácil resumi-los todos em um artigo, pois, como já dissemos, mais de 70 palestrantes se reuniram em Davos para compartilhar suas ideias e conhecimentos.

De Economy-Wiki.com quisemos compilar os dez pontos mais importantes do encontro e fazer uma síntese dos principais temas que foram discutidos na cimeira e, sobretudo, os principais temas que preocupam o mundo hoje juntamente com as conclusões extraídas.

Mesmo assim, deixamos aqui um link onde você pode acessar todas as conferências do Fórum e com a possibilidade de visualizá-las e baixá-las.

A Quarta Revolução Industrial chegou

Um dos temas discutidos no Fórum foi a Quarta Revolução Industrial. Uma Quarta Revolução Industrial que já chegou e com ela grandes mudanças que já podemos observar nos costumes das pessoas ou no funcionamento da economia, ao contrário de antes.

As novas tecnologias vieram para ficar e, como já dissemos, temos que iniciar esse processo de adaptação que nos prepara para a grande mudança que o mundo está passando e que nos permite funcionar sem problemas.

Como mencionamos, as novas tecnologias estão mudando o mundo ao nosso redor. O avanço tecnológico significa que nada do que fizemos ontem é o mesmo hoje. O que antes se comprava em uma loja ou estabelecimento físico, hoje você encontra mais facilmente em páginas como Amazon ou Alibaba, que ao contrário do que muita gente pensa, esses avanços facilitam a maneira de fazer as coisas e nos dão uma qualidade muito mais confortável vida.

Qualquer costume, qualquer processo, qualquer metodologia está mudando com as novas tecnologias e pelo que podemos ver, essa mudança não é reversível, por isso devemos nos adaptar e renovar continuamente para não ficarmos para trás.

Como comentei em mais de uma ocasião, o mundo está avançando aos trancos e barrancos, e à medida que maiores avanços tecnológicos são feitos, essa taxa de crescimento está aumentando, razão pela qual uma mente aberta para mudanças e processos de adaptação a ela são necessários ., o que devemos fazer se não quisermos nos ancorar no passado.

Essa foi uma questão que causou grande impacto na reunião de Davos, pois as pessoas tendem a temer esta Quarta Revolução Industrial devido ao ritmo acelerado de avanço das tecnologias e à contínua mudança que nosso meio ambiente está passando.

No entanto, não devemos entrar em pânico, apenas nos adaptar a esta mudança constante que está por vir, estar preparado para ela e ter uma ideia clara: as novas tecnologias vieram para ficar e temos de nos adaptar a elas.

As previsões de crescimento global melhoram

Outro tema debatido no encontro foram as projeções de crescimento mundial para este novo ano, que, segundo as perspectivas do FMI, devem crescer ainda mais do que o previsto.

Segundo o Fundo Monetário Internacional, mais conhecido como FMI, elevou as projeções de crescimento mundial, ainda mais do que o previsto, para 2018. Devido à cooperação internacional, ao comércio mundial e às altas taxas de investimento que vêm ocorrendo devido às recentes reformas fiscais , um dos mais importantes sendo o recentemente realizado pelos EUA, as projeções de crescimento estimadas pelo FMI para 2018 e 2019 foram aumentadas para 3,9%, 0,2 pontos percentuais acima das últimas projeções feitas pelo FMI no outono do ano passado.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, comentou que as previsões para o crescimento econômico mundial melhoraram significativamente suas previsões para os próximos anos, portanto, espera-se que a economia mundial cresça em um ritmo mais rápido e sustentável.

Ele também comentou que essas taxas de crescimento se devem ao impacto gerado pelas novas reformas fiscais que os países aplicaram e que reativaram os investimentos, sendo uma das mais importantes a dos Estados Unidos, que deve impulsionar o crescimento do país até 2020, arrastando seus principais parceiros comerciais com o seu crescimento.

Ele também falou sobre como as principais economias emergentes do mundo têm crescido a um ritmo maior do que o fizeram, destacando a Índia entre elas, projetando para ela um crescimento esperado de 7,4%. Projeções que indicam que a economia mundial já está em trajetória de crescimento.

As 3 grandes ameaças que a civilização enfrenta

Entre os temas mais importantes do Fórum a destacar, vale a pena acrescentar o tema das três maiores ameaças ou maiores desafios que, segundo o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, a civilização enfrentará nos próximos anos.

Esses três grandes desafios são o terrorismo, as mudanças climáticas e uma reação negativa à globalização. De acordo com Modi, estes 3 grandes desafios são as condições que significarão um futuro próspero ou negativo para a economia mundial e o futuro da civilização.

Segundo o líder da maior economia de crescimento mais rápido do mundo, muitos países estão repensando individualmente e para o bem de si próprios e, embora estejamos falando de uma grande globalização mundial e de um planeta cada vez mais interconectado, a globalização está ficando mais lenta e perdendo brilho, devemos trabalhar nisso e mudar essa visão negativa da globalização.

Um mundo cooperativo, interconectado e global nos permitirá trabalhar juntos para alcançar um mundo melhor.

Em relação ao terrorismo, Modi destacou a importância da cooperação entre os países para acabar com esta situação que ameaça a civilização mundial, bem como estabilidade entre países. Temos que trabalhar de forma cooperativa que nos permita não ceder aos terroristas e enfrentá-los.

Por fim, Modi falou sobre a importância das mudanças climáticas para o mundo, enquanto alertava que muitos países não estão cumprindo suas promessas ambientais. Modi insistiu que os países devem mostrar solidariedade e pensar que o clima mundial é algo que nos preocupa a todos e que todos devemos enfrentar com cooperação global.

Embora ele não o tenha mencionado diretamente, esta declaração aludia à recente recusa de Donald Trump em permitir que os EUA continuassem dentro do Acordo de Paris.

Por fim, Modi concluiu dizendo que muitos são os países que falam em reduzir suas emissões de carbono, mas pouquíssimos que apóiam suas palavras com ações, além de não dar recursos para ajudar os países em desenvolvimento a adaptarem suas tecnologias e aderirem. A essa causa. .

Por uma parte justa do crescimento mundial

Devido ao grande crescimento econômico que as grandes instituições preveem para a economia mundial, o Fórum destacou que esse crescimento é generalizado e nenhum país fica para trás, alertando que, nos últimos anos, o crescimento econômico teve uma distribuição muito desigual.

O Fórum de Davos está ciente dos riscos associados ao crescimento econômico desigual e, portanto, enfatizou que medidas devem ser tomadas para tornar esse crescimento eqüitativo e justo para todos.

De acordo com o Fórum, esse crescimento econômico que vem ocorrendo nos últimos cinco anos não tem servido para aumentar a renda das famílias ou reduzir a pobreza mundial, então é preciso agir para que isso mude e que haja uma distribuição justa.

Por essas razões, foi criada uma nova forma de medir o desenvolvimento econômico dos países para controlar que a taxa de crescimento de todos seja mais ou menos semelhante e cresça proporcionalmente, lutando contra uma distribuição desigual do crescimento que, embora represente um progresso para alguns, seria um retrocesso para o crescimento global.

Para identificá-lo, foi estabelecido um Índice de Crescimento Inclusivo que leva em consideração todos os indicadores que permitem uma avaliação objetiva da evolução das economias. Entre esses indicadores estão a possibilidade de encontrar emprego, rendimento médio das famílias, uso do carvão na economia, dívida pública do país ou expectativa de vida, entre outros.

Com este índice poderemos controlar o crescimento de todas as economias do mundo e com ele, poder reduzir a desigualdade existente entre elas, construindo um mundo mais equitativo e justo.

Presidente Donald Trump e os Estados Unidos

A intervenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi uma das mais esperadas e seguidas deste Fórum, pois como já vimos noutras ocasiões como o último G7, a reunião do Acordo de Paris ou algumas reuniões e discursos que foram realizados nos Estados Unidos, o presidente Trump é um dos presidentes mais controversos da história e não é caracterizado por empatia com outros países.

Para nossa surpresa, Donald Trump foi muito colaborativo nesta edição de 2018, iniciando seu discurso com uma correção à sua famosa frase que diz: “America First”. Para o presidente Trump, “America First” não significa apenas os Estados Unidos, mas sim que sua primeira prioridade é a América, como para outros líderes, seus países devem estar em primeiro lugar.

Entre o que podemos destacar do discurso de Trump está a parte em que ele falou sobre a economia dos EUA, onde destacou o forte crescimento que os EUA estão experimentando novamente após anos de estagnação. Segundo o presidente Trumo, "o mercado de ações americano bate continuamente recordes, gerando mais de 7 trilhões de dólares".

Ele também destacou que o mundo está testemunhando o ressurgimento de uma América forte e próspera, tudo isso desde sua eleição como presidente, além de deixar claro que América está aberta para negócios.

Isso foi uma surpresa para o mundo, já que não é normal vindo de Donald Trump. Mesmo assim, ele completou seu discurso destacando a importância do crescimento dos EUA para o mundo, já que segundo o presidente “Quando os Estados Unidos crescem, o mundo também cresce”. E a criatividade da América levou a avanços que ajudaram toda a civilização mundial viver vidas mais saudáveis ​​e prósperas.

Emmanuel Macrón, o favorito de Davos

Se houvesse um prêmio para o favorito do Fórum de Davos em 2018, seria para Emmanuel Macrón, presidente da França, que surpreendeu com a frase de "A França está de volta".

Além de arrancar risos de uns e aplausos de outros, o Presidente Macrón interveio com uma magnífica apresentação no Fórum, tornando-se para alguns países o novo líder do Ocidente.

Em um amplo discurso onde todos os tópicos foram abordados, desde economia até mudanças climáticas, Macron queria enfatizar que a França voltou ao lugar que era, para o qual convidou os restantes países da Zona Euro à cooperação internacional, uma vez que, segundo o presidente francês, "nunca haverá sucesso francês sem sucesso europeu".

O presidente francês relacionou-se muito bem com a chanceler alemã, Angela Merkel, a quem se juntou em várias ocasiões para discutir o risco representado pelo isolacionismo e a desigualdade para o comércio e a estabilidade econômica, bem como a necessidade de pactos multilaterais, em vez de um. lados.

O presidente também deu ênfase à comunidade global, ao fazer um apelo para enfrentar as desigualdades geradas pelo capitalismo global.

Uma zona do euro mais cooperativa do que nunca

Como comentamos no ponto anterior, os países da zona do euro mostraram-se muito otimistas e colaborativos com o resto do mundo, defendendo o estabelecimento de pactos de livre comércio que permitam o aumento do comércio global.

Tanto a chanceler Angela Merkel, o presidente Macrón ou o rei Felipe VI, assim como os demais governantes da zona do euro, destacou a importância de se chegar a acordos que promovam o comércio global. Além disso, destacou que a zona do euro está aberta para estabelecer acordos comerciais com o resto do mundo.

Embora o Brexit e as relações com o Reino Unido tenham estado tensas nos últimos meses e tenham ofuscado o crescimento econômico da zona do euro, os líderes europeus têm se mostrado bastante otimistas e ressaltaram que embora o Reino Unido infelizmente deixe a Europa, isso não afetará a Europa. .

Uma guerra cambial indesejável

Outro tema a ser discutido no Fórum Econômico Mundial foi o de uma possível “guerra monetária mundial”. Desta vez, o responsável pela intervenção foi o assessor francês do Banco Central Europeu (BCE), Benoit Coeuré, que destacou os grandes riscos que representa para a economia mundial.

O representante francês do BCE, considerado o braço direito de Mario Draghi na zona euro, sublinhou que a última coisa que o mundo precisa agora é uma guerra cambial.

As diferenças entre o uro e o dólar criaram tensões entre a Europa e os Estados Unidos, a tal ponto que o presidente do BCE, Mario Draghi, acusou o governo de Donald Trump de desvalorizar sua moeda, violando assim os acordos firmados em o FMI para evitar movimentos bruscos no preço das moedas.

Coeuré destacou a importância de as taxas de câmbio serem refletidas pelo mercado e não pela manipulação de autoridades e governos de alguns países. O conselheiro francês insistiu que essas manipulações não ajudam o comércio global e colocam em risco as relações comerciais entre os países.

Além disso, o conselheiro de Draghi advertiu que se essas políticas levassem a consequências não intencionais para o BCE, como restrições não intencionais à política monetária, o órgão repensaria sua posição e tomaria medidas a esse respeito.

Por outro lado, Coeuré destacou a eficácia das políticas monetárias do BCE, embora tenha admitido que essas orientações têm de evoluir.

A importância do coletivo feminino no mundo

Um dos temas mais esperados do Fórum deste ano foi a mesa redonda das lideranças. Uma mesa redonda onde foi destacada a importância de parar o assédio sexual, a importância do papel da mulher nos ambientes gerenciais e as diferenças entre os sexos.

Esta sessão foi de vital importância para o Fórum, principalmente considerando a situação e o papel da mulher no mundo.A sessão foi baseada nos abusos de poder, na promoção do coletivo feminino e na abordagem de uma mudança social totalmente necessária que valoriza as mulheres no mundo.

Embora na maioria dos países o grupo feminino seja valorizado, ainda há muito a fazer, disse Peggy Johnson, da Microsoft, em seu discurso no Fórum.

Peggy falou sobre a quantidade de tempo que as mulheres perdem evitando confrontos sexuais com colegas de trabalho, amigos e idosos.

Além disso, Peggy ressaltou que agora que está em uma posição de poder, ela não ri mais de piadas sexistas e acrescentou que Com mais mulheres no poder, as coisas no mundo estão começando a mudar.

O conselho da Microsoft não foi o único a falar sobre a importância de uma mudança social que valorize mais o grupo feminino. Embora nesta edição do Fórum de Davos a liderança fosse formada apenas por mulheres para reivindicar a importância desse grupo na sociedade, muitas lideranças enfatizaram esse tema em seus discursos.

Dicas para enfrentar a crise na Catalunha

Por fim, um dos temas também debatidos foi o da Espanha e a crise política que atualmente atravessa com a Catalunha e sua tão esperada independência.

O desafio da independência catalã deixou de ser um problema interno da Espanha para ocupar um lugar prioritário na agenda de riscos que preocupa os participantes do Fórum de Davos em nível global.

Embora pareça haver um primeiro indício de rendição por parte do ex-presidente do Parlamento catalão, a questão da independência catalã tem sido o assunto a ser discutido em quase todas as reuniões dos líderes políticos espanhóis.

Além disso, esta crise levou a Espanha a ter de optar por medidas de extrema urgência, como a aplicação do 155 e a prisão dos dirigentes políticos dos Junts Pel si. Isso com o vôo de Carles Puigdemont para a Bélgica causou muito alvoroço mundial e os países perceberam a importância de resolver a situação.

Aproveitando a visita do Rei Felipe VI ao Fórum de Davos, junto com o atual Ministro da Economia da Espanha, Luís de Guindos, muitos líderes políticos e grandes executivos financeiros e banqueiros aproveitaram a situação para se encontrar com o Rei e opinar sobre a crise. Catalão.

Entre as recomendações feitas ao monarca, os principais executivos dos principais fundos de investimento e bancos estrangeiros, juntamente com os presidentes do Santander, Iberdrola e BBVA, tiveram várias reuniões reservadas para discutir vários temas, incluindo a crise catalã.

Entre os vazamentos ocorridos, foi possível conhecer várias opiniões desses financiadores ao Ministro e ao Rei nessas reuniões.

Entre eles está o impossibilidade de produzir outro governo catalão de independentistas, o que não deixe tudo nas mãos do povo e dos cidadãos, o que não deixe a Catalunha continuar a enganar as pessoas e que a incerteza apenas diminuiu momentaneamente.

Entre outras, estas foram as principais recomendações que os dirigentes dos principais grupos financeiros mundiais fizeram ao Rei Felipe e ao Ministro Luís de Guindos.

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