Engenharia financeira é a disciplina que aplica processos para a inovação, invenção, desenvolvimento e melhoria de técnicas orientadas para finanças.
Em outras palavras, é uma combinação de procedimentos de engenharia adaptados às finanças.
Para que serve
Se a engenharia tradicional tenta transformar o conhecimento em algo de uso prático, neste caso também.
Podemos afirmar que a engenharia financeira é responsável por otimizar, administrar e criar novas formas de fazer finanças, o que nos permite contemplar um cenário em que o avanço dos produtos e instrumentos financeiros andam de mãos dadas com a tecnologia e a digitalização.
Alguns desses avanços consistem em:
- Instrumentos ou estratégias de diversificação de risco.
- Use em favor de ambientes de especulação.
- Arbitragem em decisões puramente estabelecidas em contrato ou não.
Este último avanço, o da arbitragem, é freqüentemente utilizado em instrumentos financeiros, como futuros ou opções. Atualmente esse tipo de produto está sendo aprimorado por tecnologia blockchain, o que nos permite criar os chamados “contratos inteligentes”.
O outro lado da moeda da engenharia financeira
Porém, nem todos são boas práticas no que se refere ao uso desta disciplina, visto que é comum o uso de procedimentos avançados e complexos que legalmente permitem mal práxis.
Exemplos de práticas éticas duvidosas que podem ser legalmente aceitas, se os fatores necessários forem atendidos, são:
- Redes de empresas em paraísos fiscais para evitar o pagamento de mais impostos.
- Estratégias de economia fiscal em torno da personalidade jurídica da empresa.
- Composição das contas anuais das empresas para manutenção do valor das ações.
- Criação e comercialização de produtos financeiros muito complexos sem boa fé.
Estes são alguns dos exemplos que podemos encontrar e que infelizmente são detectados de forma recorrente.
Exemplos reais de engenharia financeira
Aqui estão 2 exemplos que ocorreram no mercado atual:
- 'Neobanks'. O surgimento dessas entidades ‘fintech’ possibilitou uma nova forma de acessar uma plataforma que nos permite funções que qualquer outro banco nos daria, como retirar, colocar ou transferir dinheiro. Essas empresas baseiam-se em uma estratégia totalmente diferente daquela que as instituições financeiras tradicionais vinham oferecendo.
- Preferencial. O caso mais famoso na Espanha é o dos preferidos que foram comercializados na década passada. Consistia em oferecer pouca informação na hora da venda e uma estratégia de incentivo excessivo aos funcionários para venda a todos os públicos. Tudo isso resultou em um dos escândalos mais notórios do país até hoje.