Notícias falsas estão na ordem do dia, e é importante distingui-las, pois o não cumprimento delas pode gerar muita desinformação nos usuários, sendo este um de seus principais objetivos.
A revolução das novas tecnologias e da internet influenciou muito a sociedade. As pessoas se conectam continuamente aos meios digitais, marcam presença nas diversas plataformas e também todos esses suportes servem de consulta e informação em todo o mundo.
Estamos falando sobre o imediatismo da informação, a geração contínua de notícias que pululam nas redes sociais e a disseminação imediata das chamadas notícias falsas que estão se tornando mais comuns e difíceis de distinguir.
Além disso, os usuários não são mais tributados pelas informações que recebem. Se algo mudou ao longo dos anos, é que as plataformas digitais, as redes sociais, permitem que haja uma interação contínua sobre essas informações. Agora um indivíduo pode compartilhar a notícia, comentá-la e dar-lhe notoriedade graças à divulgação que dá.
Independentemente de ser verdade ou não, esse processo é gerado e, portanto, começa a se espalhar como um incêndio pelo mundo online.
Notícias falsas, termo conhecido mundialmente, ganharam popularidade em 2016, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou a utilizá-las, acusando diversos meios de comunicação de que as informações que publicavam eram falsas.
Como resultado disso, as notícias falsas, embora conhecidas desde a Segunda Guerra Mundial, cresceram enormemente. Nenhum setor se livra deles, especialmente a esfera política ou a vida pessoal de pessoas famosas.
Exemplos de notícias falsas
Aqui estão alguns dos exemplos mais marcantes que ocorreram quando se trata de notícias falsas:
- O ataque terrorista que Donald Trump mencionou que supostamente ocorreu na Suécia e estava relacionado a imigrantes. Nada parecido jamais aconteceu, e o ex-primeiro-ministro daquele país, Carl Bildt, teve que negar.
- A enorme quantidade de boatos que surgiram como resultado do coronavírus em todo o mundo. Supostas vacinas definitivas, remédios e soluções surpreendentes como beber água quente e limão, cozinhar a vapor, gargarejar com água morna ou salgada, a menção de que pacientes assintomáticos não infectam, os supostos suplementos alimentares que previnem o coronavírus e que não são verdade, os supostos curas do coronavírus se forem ingeridos refrigerantes de gengibre, poejo, limão ou alho, mel ou até cebola. A lista é enorme, e todos os dias as autoridades mundiais têm que negar uma grande variedade de boatos relacionados a esta pandemia.
Tipos de notícias falsas que existem
Notícias falsas podem ser agrupadas de acordo com os objetivos que buscam. Por este motivo, podemos distinguir as seguintes opções:
- Notícias falsas com o objetivo de causar danos. Típicas das campanhas políticas, já que costumam ser utilizadas para enfraquecer o adversário e para que o partido da oposição obtenha o voto que tanto almeja.
- Notícias que pretendem gerar desinformação, mas não visam causar danos. Neste caso, podem ser incluídas as relacionadas com o lazer e o entretenimento, aqui podem ser incluídas as notícias do coração, aquelas que se referem à vida pessoal de celebridades, que pretendem entreter e viralizar essas informações mesmo que não sejam verdadeiras. Mesmo assim, não podemos esquecer que as celebridades também são pessoas.
Que elementos constituem uma notícia falsa?
É importante enfatizar isso para distingui-los. É necessário citar os elementos que participam do processo e como são compostos:
- Agente emissor. É a pessoa que o cria, pode ser alguém individualmente, ou um grupo que se reúne para gerar esse tipo de informação. Pode servir a interesses políticos, sociais ou humanitários. Além disso, a infraestrutura e a forma como será compartilhada também são decididos. Aí vêm os chamados bots que podem cuidar desse tipo de trabalho, e cuja tarefa é simular pessoas e participar da propagação da mensagem.
- A informação. A mensagem é fundamental, e para criar uma notícia falsa, os responsáveis cuidam do formato, criam manchetes grotescas que chamam a atenção dos usuários, imagens chocantes, um vídeo editado para gerar mais empatia, e sempre tentam agradar mais à mente dos usuários do que a razão. Dessa forma, às vezes é difícil distinguir entre notícias falsas ou não.
- Agente receptor. É o público ao qual a mensagem é dirigida. Por exemplo, se a mesma ideologia é compartilhada, se pretende gerar ódio ou apoio a uma determinada causa. Tudo isso é levado em consideração pelos criadores desse tipo de mensagem para atingir aquele público e obter uma resposta imediata.
O que está sendo feito para combater as notícias falsas?
Dada a contínua difusão deste tipo de notícias, procuram-se realizar procedimentos para tentar erradicá-las, oriundas de diferentes setores:
- Do Facebook, por exemplo, já foi habilitada a infraestrutura necessária na rede, para relatar esse tipo de notícia falsa e para que essa rede social seja avisada disso. Além disso, até mesmo seu gerente, Mark Zuckerberg, mencionou que classificaria as diferentes mídias de acordo com sua confiabilidade por meio das respostas dos usuários que compõem esta plataforma.
- A mídia mundial também tomou medidas sobre o assunto. Por exemplo, a BBC criou um plano para ensinar seus alunos a identificar notícias falsas e descartá-las.
- No âmbito governamental, medidas também estão sendo tomadas. Por exemplo, na Itália, eles lançaram uma iniciativa, um site que se conecta com a polícia para que tais publicações possam ser denunciadas.
Embora seja verdade que alguns desses procedimentos tenham sido duramente criticados, alguns meios de comunicação fingem que algumas notícias verdadeiras são falsas.